Capítulo 5: eu te amo

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Setembro de 2015,

Seis meses de gestação.

Com seis meses de vida a garotinha no ventre do pequeno Byun já pesa aproximadamente oitocentos e cinquenta gramas e desfruta de uma altura de trinta e dois centímetros. Fatos que ocasionam no moreno constantes dores pelo corpo. Baekhyun já havia engordado em torno de sete quilos, circunstâncias que proporcionavam no moreno frequentes surtos sobre o próprio peso – certo que o menor nunca desfrutou de uma barriga lisinha, contudo o pequeno sentia que havia engolido uma melancia.

– Você precisa se alimentar Baekkie. – Chanyeol pronunciava a mesma frase pela terceira vez naquela manhã chuvosa.

– Eu já estou gordo o suficiente e você ainda quer que eu continue a comer? – O pequeno indagou irritado.

Ambos os garotos ainda continuavam deitados na cama, entretanto o único que já havia levantado-se anteriormente tinha sido o mais velho – havia preparado especialmente o café da manhã do moreno menor, contudo o pequeno negava-se veemente a alimentar-se.

– Só um iogurte, pela nossa princesinha. – Falava com um biquinho nos lábios fartos, em uma tentativa desengonçada de aegyo.

Não conseguindo negar algo ao maior, o mais novo pegou o alimento de morango citado, imediatamente devorando o conteúdo dentro do potinho – oras, o pequeno apesar de não querer comer esta manhã estava praticamente morrendo de fome. Em consequência da pressa para consumir a substância rosada o moreno "acidentalmente" sujou-se com o iogurte.

Park precisou morder o interior da bochecha para segurar um gemido ao visualizar a imagem do mais novo com o a boca parcialmente lambuzada com a substância de líquido espesso. Os lábios naturalmente rosados encontrava-se mais vermelhos, em virtude do menor passar a língua por estes constantemente. O maior sentiu uma fisgada violenta no baixo ventre quando o moreno praticamente ronronou em deleite pelo alimento.

– Você está todo sujo Baek. – Pronunciou Chanyeol em um tom rouco. – Deixa que eu limpo. – Continuou a falar quando o mais novo tentou passar o rosto com o pijama que vestia.

O mais alto aproximou-se do outro em movimentos felinos, rapidamente sugou o lábio superior deste, deliciando-se com o murmurio satisfatório. Passou a língua aveludada pela extensão de toda a bochecha gordinha do pequeno, logo em seguida voltando para os lábios fininhos do namorado, demorando-se em explorar toda a cavidade bucal alheia.

– Agora você irá comer tudo o que está naquela bandeja. – Indicou com o indicador o objeto ao lado do pequeno. – E se recusar não irá sair desta cama. – Repreendeu ao notar a movimentação do moreno tentando sair de baixo dos edredons.

– Isso é injusto. – Reclamou com um biquinho infantil.

– Injusto será você adoecer. Agora abre a boca.

Então Baekhyun percebeu que fazer manha durante o café da manhã foi talvez a melhor ideia que teve quando o maior passou a levar os alimentos até a sua boca. O pequeno apenas precisaria mastigar sem necessitar esforçar-se. Todavia a felicidade do pequeno durou somente enquanto havia comida, no instante que tudo terminou o mais velho fez menção de levantar-se.

– Fica mais um pouco. – Pediu suplicante o moreno menor.

– Eu preciso trabalhar, alguns programas estão próximo do prazo de entrega. – Informou o mais velho.

– Deixa eu ir com você, por favor. – Pediu como se o escritório do maior fosse realmente distante.

Com um manear de cabeça afirmativo Baekhyun pulou da cama e correu para o banheiro, realizando a sua higiene matinal, em seguida dirigiu-se para o comodo onde o namorado já encontrava-se concentrado em frente ao grande computador.

Byun apressou-se em sentar no colo do moreno maior, ficando então com as costas apoiadas no peitoral do outro, sentindo imediatamente quando este apoiou o queixo no alto de sua cabeça.

Chanyeol já notava o quanto o menor encontrava-se mais pesado, todavia decidiu não comentar sobre o assunto. Aspirou o cheiro adocicado dos cabelos macios do pequeno em seu colo e tentou concentrar-se nos jogos que precisavam ser entregues até o final do mês.

– O que são essas letras Channie? – Questionou Baekhyun curioso, sem entender nada do que era digitado agilmente pelo maior.

– Programação, por eu trabalhar criando jogos para android's eu uso a linguagem Java. – Explicou mesmo que o mais novo não compreendesse.

– Me ensina.

Os olhos pequenos e rasgadinhos do menor amoleceram o coração do mais velho, que mesmo lotado de afazeres disponibilizou uma fração do seu tempo, iniciando um programa simples em outra linguagem mais fácil – em C.

– Eu irei copilar no terminal e quero que você leia o que aparecerá. – Park pediu para o moreno que parecia fascinado com tantas letras sem sentido algum para sua cabecinha.

No instante em que o mais velho abriu uma nova aba no computador para rodar o que foi escrito, o pequeno tratou de concentrar-se para deixar o namorado orgulhoso de si.

– E-U T-E A-M-O. – Surgiu no monitor letra por letra.

A visão do menor rapidamente ficou turva devido as lagrimas que acumularam-se nos cantinhos dos olhos pequenos. Ambos não eram muito de proferir essas três palavras, principalmente o mais velho que sempre apresentava ser mais sério.

– Eu também. – O moreno respondeu virando-se no colo do maior.

O pequeno passou os braços gordinhos pelo pescoço fino do mais velho, em uma tentativa de abraço, sentindo também o moreno maior o apertar fortemente quase tirando todo o folego de seus pulmões.

– Quando você irá continuar o seu livro?. – Perguntou Chaneyol.

– Eu não sei, esses dias eu me sinto muito cansado e isso acaba com a minha inspiração. – Respondeu fazendo um biquinho de chateação consigo mesmo.

– Por que você não começa a escrever algo relacionado a gravidez, poderia chamá-lo de bebê a bordo.

Baekhyun imediatamente abriu um sorriso de satisfação, mostrando todos os dentes pequenos e branquinhos, imaginando escrever sobre sua gestação mês por mês. Teria que esforçar-se para lembrar-se dos primeiros cinco meses, contudo não iria ser tão complicado quanto imaginava.

– Eu irei começar o esboço. – Proferiu contente, rapidamente saindo de maneira desajeitada de cima do namorado (o que lhe resultou em uma quase queda se não fosse o amado para segurá-lo), logo após correndo em direção ao próprio escritório que ficava ao lado do qual encontrava-se anteriormente.


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sorry, o exagero na fofura asdasdasd

bebê a bordoOnde histórias criam vida. Descubra agora