Capítulo 4.

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Sei que não posso exigir isso de vocês, afinal, fazem isso se realmente gostarem. Mas, por favor... Comentem, curtam. Isso faz com que eu tenha mais animo para escrever.

Desculpe qualquer erro. E só avisando, eu voltei!! Voltei para ficar.

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Passar a manhã toda assistindo filmes sentados no sofá, enquanto comiam pipoca e se abraçavam por baixo do edredom branco de algodão, havia sido, com certeza, a melhor manhã dos últimos meses de Harry. Ele e Louis estavam abraçados enquanto o menor tinha a cabeça apoiada no peito do de olhos verdes e recebia vez ou outra, afagos em seus cabelos macios.

Anne ainda estava fora de casa, o que resultava nos dois jogados em cima do sofá macio sem se preocuparem com a nada a sua volta. E aquilo era bom.

Louis resmungou alto quando sentiu algo vibrar em suas costas e direcionou seus olhos azuis até encontrar os do mais velhos, que o olhava divertidamente. A vibração continuou e Harry se viu obrigado a bufar e revirar os olhos enquanto levava uma de suas mão em direção ao bolso da calça de moletom e retirava de lá seu celular.

Ele tinha a impressão de que estava muito bom para ser verdade, sua mente ainda formulava ocasiões onde ele teria que sair e deixar seu irmão mais novo em casa. Sabia que o conforto que estava tendo naquela manhã de folga, não duraria muito. E foi com esses pensamentos que ele desbloqueou o celular e viu três ligações perdidas de seu pai.

Ele sentiu o celular vibrar, claro que sim. Mas, não o suficiente para três ligações. Louis o deixava tão fora de órbita que nem ao menos conseguia identificar o que acontecia ao seu redor.

– Espere um pouco, boo. Irei atender, mas logo estarei de volta. – Falou enquanto levantava o edredom que estava cobrindo seu corpo e o do irmão e saía de baixo daquele tecido macio. Louis apenas concordou e voltou a prestar atenção no programa de culinária que passava na televisão.

Em passos rápidos, Harry foi em direção à cozinha com o telefone na mão, enquanto discava os números tão bem conhecidos por si. Suspirou alto quando ouviu a voz familiar ecoar do outro lado da linha.

– Alô. – Grave e acentuada, macia mas ao mesmo tempo áspera, o encaracolado ainda se perguntava como seus pai conseguia ter essa mistura em sua voz que a deixava tão bonita. – Harry. – Um suspiro saiu por entre os lábios do mais velho e Harry sabia o que aquilo significava.

– Sim? – Automaticamente sua voz mudou de meiga para formal. Os únicos merecedores de toda sua atenção e sua voz aveludada, eram Louis e Anne. Não Des, nem ninguém naquele escritório.

– Preciso que venha para a empresa. Os negociantes exigiram sua participação na reunião ou então não fecharão o negócio. – Des exclamou cansadamente. Harry podia ouvir o tic e tac do relógio enquanto formulava mil e uma desculpas na mente para dar ao seu pai.

– Não tem nenhuma possibilidade deles fecharem o negócio sem mim? Louis está em casa e Anne saiu. – Proferiu rapidamente.

– Se tivesse eu não teria ligado. A empresa precisa fechar esse negócio, os lucros subiram mais de trinta por cento, Harry. Louis já é grande o suficiente para saber se cuidar sozinho. Se arrume e esteja aqui em trinta minutos. – Antes de conseguir argumentar alguma coisa, a linha já estava muda.

Bloqueou o telefone novamente e guardou-o novamente no bolso de sua calça. Suas mãos foram em direção ao seus cachos macios e sedosos enquanto uma lufada de ar saía por entre seus lábios.

A manhã estava quase no fim, ele sabia. Mesmo assim se não tivesse recebido a ligação de seu pai ainda teria mais tempo com seu irmão, e isso o fez ficar bravo. Por Deus, Des não poderia ao menos o dar um descanso?

Se dirigiu à sala, encontrando o corpo do menor enrolado nas cobertas enquanto seus olhos azuis estavam fixos na televisão - que passava a receita de algum bolo de chocolate - e suspirou. Como poderia deixar aquele ser pequeno e fofo sozinho?

Não gostava de tratar Louis como uma criança, sabia que ele já tinha idade o suficiente de um adulto, mas não conseguia se controlar com os mimos e afagos quando estavam perto um do outro, e isso, foi o que acabara deixando o menor com manhas.

– Hey... babe. – Falou aveludadamente, sentia o olhar do mais novo se direcionar para si e um sorriso brando nos lábios finos, aparecer.

– O que foi, Hazz? – Perguntou manhosamente, sentindo seus olhos ainda pesarem enquanto via o irmão mais velho ir em sua direção. – Está tudo bem? – Pela face do mais velho, Louis conseguia ver que algo estava errado, então rapidamente sentou-se no sofá enquanto arqueava uma das sobrancelhas para o de olhos verdes.

Ele era criança, a criança do irmão, mas quando ele via que precisava ser sério, ele era. Mesmo que Harry achasse sua tentativa de ser sério e adulto, um ato fofo.

– Nada, meu amor! – Pronunciou o de cabelos encaracolados, sentindo as pontas de seus dedos tocarem os pequenos e macios fios de cabelo do pequeno à sua frente. – Apenas um imprevisto – Murmurou rente a orelha de Louis, sentindo o corpo próximo à si, tencionar. – Terei que ir a empresa. Papai precisa de mim.

Deixou um beijo casto no pescoço do irmão, vendo os pelos se eriçarem e suspirou. Seu corpo queria ter contato com o corpo do irmão, mas ele não podia se dar a tal regalia. Des precisava dele na empresa.

– Mas você falou que passaria a manhã inteira comigo. Nós nem fizemos todo o planejado. Nós assistiríamos filme, depois comeríamos pipoca e então voltaríamos para o sofá assistir desenhos. Mas, ainda falta você me ajudar a organizar minhas roupas no guarda-roupa e eu provar minhas calcinhas novas. Você falou que me ajudaria a escolher a mais bonita delas, Hazz. – Louis pronunciou rapidamente, tomando uma lufada generosa de ar assim que falou a última palavra.

Harry sabia que era errado, mas seus pensamentos voaram à um Louis vestido com calcinhas. Como seria? Ele já havia visto seu irmão de cueca, mas sabia que o menor também gostava de usar roupa íntima feminina. Afinal, era ele que ajudava seu irmão a comprar. Anne sabia o gosto do filho, e não julgava, ela o amava acima de tudo, mas se Des descobrisse, seria o fim. Então, Harry sempre ajudava o irmão à respeito desse assunto. Mesmo que Louis jamais tenha deixado alguém vê-lo com essas vestes.

E agora que deixaria, ele não estaria em casa.

Pensou rapidamente em alguma solução, tendo certeza de quê a resposta que havia tido para o problema era um tanto pervertida. Mas o que ele poderia fazer? Sua cabeça de baixo as vezes comandava seu corpo.

– Eu tentarei voltar logo para te ajudar a arrumar suas roupas, tudo bem? – Perguntou vendo o menino assentir com um bico nos lábios. – E à respeito das calcinhas, mande fotos de todas que você provar, para mim avaliá-las. Assim eu te ajudarei, mesmo estando longe, e quando eu chegar em casa, você poderá me esperar com a que eu mais gostei. – Falou

O brilho no olhar do menor, provara a Harry que ele havia dado a solução perfeita. Louis apenas assentiu e sorriu brandamente.

– Tudo bem, Hazz. – Murmurou manhosamente, sentindo os lábios de Harry tocarem suas têmporas - uma de cada vez - e logo depois seu nariz arrebitado.

Seus lábios formaram-se um bico, na esperança de sentir a boca quente e macia do irmão na sua. O mais velho riu suavemente e deixou um pequeno selinho nos lábios rosados do menor.

– Volte à assistir seu desenho, irei me arrumar e daqui a pouco passo aqui para te dar tchau. – Harry falou enquanto levantava do sofá e ia em direção as escadas.

City & Innocent BrotherOnde histórias criam vida. Descubra agora