Capitulo 9

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Subimos para o quarto dela e...bom, até que era bonito, porém parecia que eu estava no quarto do Fernando, de tanto de livro que tinha na prateleira.

- Não sabia que gostava de ler.

- Com os pais desse jeito acho que preciso de algo pra sair daqui, e não sair, se é que me entende... Nem sempre consigo fugir.

- Sinto muito pelo o que ouve. Mas acho que está acostumada com tudo isso.

Ela olhou pra mim e em seguida, abaixou a cabeça um pouco envergonhada.

- Desculpa, não foi isso que eu quis dizer...

- Tanto faz Garibaldo.

Droga Gabriel, você e sua boca grande!

- Bom, já que vai dormir aqui, vou pegar outro colchão Tá bom?

- Ok.

Ela saiu e não demorou muito, logo ela veio com outro colchão. Ajudei ela e coloquei o coxão no chão.

- Sinto muito pelo o que ouve no jantar, ver sua mãe apanhando deve ter si...

- Como você disse Garibaldo, estou acostumada. - Me interrompeu.

- Desculpa.

Ela me encarou e sorriu

- Você só sabe pedir desculpas?

- Desculpa... Quer dizer... Esquece.

Você é um tapado Gabriel.

- Tanto faz. Vou colocar meu pijama e não se preocupe ele não é de ursinho. - Falou ela sorrindo.

Até que enfim ela sorriu, estava se sentindo mal por ela estar desanimada, e que sorriso lindo.

É da Melissa mesmo que estou falando? Que nojo. Meu Deus, o que está acontecendo comigo?

Ela foi se trocar e voltou com um pijama branco com bolinhas pretas.

- E se sua mãe vier aqui? - Perguntei

- Ai você sobe na minha cama ué.

Tirei meu tênis, ela prendeu o cabelo em um coque, e logo em seguida me deu um cobertor e um travesseiro. Ela sentou na cama e ficou me encarando.

- Sabe.. a hora que você pegou em minha mão? - Assenti. - Obrigada... Não sei porque fez isso mas...você me acalmou. Obrigado Gari...Gabriel.

Meu coração começou a bater forte, quando ela me chamou de Gabriel. Senti uma coisa estranha no estômago. Cara o que ta acontecendo comigo?

Ela se deitou e eu fiz o mesmo, ela desligou a luz. Meus pensamentos não paravam, mas não demorou muito e logo dormi.

¥.¥.¥.

MELISSA TELLES.

Acordei as 8:36, o Gabriel ainda estava dormindo. Fui no banheiro e fiz minhas higienes, voltei para o quarto e ele ainda dormia. Fiquei sentada nas minhas almofadas e perto da janela olhando a paisagem. Meus pensamentos não paravam. Vinha na minha mente todo o acontecimento de ontem. O Gabriel ficando vermelho quando eu abri a porta, segurando a minha mão no jantar por debaixo da mesa, ele me defendendo, a minha mãe apanhando e ele tentando defende-la. Resumindo, eu não parava de pensar no Gabriel. E não entendo isso, eu odeio ele, e ele me odeia. Porque segurou a minha mão? Porque pediu desculpas quando achou que tinha me ofendido? O Gabriel que eu conheço adoraria me ver magoada.

Namorada de Aluguel Onde histórias criam vida. Descubra agora