Capítulo 34

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Forcei meus olhos a se abrirem. Uma luz forte veio em minha direção... voltei a fechar os olhos. Depois de alguns minutos, eu acho, tentei abrir meus olhos novamente. Vi um teto branco, olhei pra o resto do local, e percebi que estava em um quarto de hospital. Olhei ao redor e vi um homem sentado, era meu pai. Continuei olhando ao redor do quarto.

Virei para o meu pai novamente e tentei chama-lo, mas a minha barriga estava doendo demais. Acho que gemi um pouco alto, por causa da dor, pois meu pai virou pra mim e levantou, parecendo assustado, porém ao mesmo tempo feliz, e com um olhar preocupado.

- Gabriel, não se esforce. - Disse, tentando fazer com que eu ficasse quieto.

- Pai, o que aconteceu? - Perguntou com um pouco de dificuldade na voz.

- Vou chamar a enfermeira. - Falou se afastando de mim.

- Pai!

- Espere só um minuto Gabriel. E por favor, não faça esforços.

                 ¥. ¥. ¥.

Depois de alguns minutos, meu pai voltou com uma enfermeira e um medico, ele fez alguns exames rápidos, e disse que eu teria que ficar uma semana e meia no hospital, e depois ficar em repouso em casa para poder me recuperar melhor. Depois que a enfermeira e o medico saíram minha mãe entrou no quarto, e depois de me encher de beijos resolvi perguntar o que aconteceu.

- Pai, será que agora pode me dizer o que aconteceu.

- Precisa descansar Gabriel.

- Eu irei descansar depois que me contar o que aconteceu! - Gritei, e logo após gemi de dor e voltei a deitar. - Pai, por favor, me conta.

- Bom, já que quer tanto saber... - Ele se sentou ao lado da minha cama e começou a falar. - Você e Rafael atiraram juntos, ele acertou sua barriga, e por um milagre, ou uma ótima mira, você conseguiu acertar a cabeça dele. Então... Rafael está morto!

- Ufa! Até que enfim isso acabou. - Falei aliviado, não que eu deseje a morte de alguém, porém Rafael fez mal a muita gente, se ele não muda então a morte dele pode ter sido a única saída para a paz. - Mas e Cathia? - Perguntei.

- Ela está bem. Está vindo pra cá com a Melissa. Mandei Ed trazer elas. - Respondeu meu pai.

- A Melissa soube que eu levei um tiro? - Ele assentiu. - O que?! Não pai! Ela não poderia saber de nada. Ela deve estar desesperada e preocupada...

- Gabriel, ela precisava saber, depois de tantas mentiras...

- Mentiras que você me fez contar né Pai?! - Digo o interrompendo.

- Eu sei meu filho. Eu errei e peço perdão. Contei a Melissa sobre tudo. Desde do dia em que Rafael ameaçou a sua mãe, e pedi pra você a magoar. Ela me perdoou, mesmo depois de eu ter contado tudo.- Ele parou por alguns segundos. - Ela me contou tantas coisas boas sobre você, me fez enxergar o filho maravilhoso que eu tenho. Ela é uma boa garota filho. Por isso pedi pra sua mãe contar a ela que você estava no hospital.

- Queríamos que ela ficasse perto de você. Que ela cuidasse de você. - Falou minha mãe.

- Não é de mim que ela tem que cuidar mãe. E sim de Jeremy.

- E vovós servem pra que? - Ela Brincou. - Escuta meu filho, eu e Cathia iremos cuidar de Jeremy enquanto Melissa cuida de você, já está tudo resolvido. E aproveito e fico mais tempo com meu netinho. - Disse ela toda empolgada, o que me fez rir um pouco.

- Como souberam de Jeremy? - Perguntei.

- Quando liguei pra Melissa, pra contar sobre o que tinha acontecido com você, ela  me contou que tinha tido um filho seu, e que não queria sair de Los Angeles sem ele. No começo foi um choque pra mim, mas agora estou até gostando da ideia de ser avó. Ai falei que o bebê, ela e a mãe dela podiam ficar no hotel em que eu e seu pai estamos hospedados. - Disse minha mãe.

- Escuta meu filho eu errei muito com a Melissa. E o único modo de me sentir realmente perdoado, é fazendo ela feliz, fazendo com a nossa Família fique unida, porque ela também faz parte da nossa Família agora. - Falou meu pai me surpreendendo.

- Caraca!... quanto tempo eu fiquei me coma? - Perguntei rindo.

- Engraçadinho. - Falou minha mãe rindo. - Você ficou em coma apenas um dia, e foi o suficiente pra quase matar a sua mãe.

Depois de mais um tempinho conversando, minha mãe recebeu uma ligação da Melissa, dizendo que já estavam chegando. Meu pai e minha mãe saíram pra encontra-la no hotel.

Depois de um tempo, acho que já era quase a noite, eu estava deitado, estava quase dormindo quando ouvi alguém abrindo a porta do quatro. Abri os olhos e olhei em direção a porta, e vi a garota mais linda do mundo, com os cabelos loiros, e olhos encantadores, que me fazia se apaixonar cada vez que olhava, ou pensava neles. Ela se aproximou do lado da cama, estava com um vestido florido, curto. Estava linda.

- Você esta bem? - Perguntou sem expressão alguma, colocando sua bolsa na poltrona ao lado da cama.

- Agora eu estou. - Respondi sincero.

Ela sorriu pra mim, meio tímida. Me sentei na cama para conversar com ela melhor.

- Você me assustou Gabriel. - Falou seria.

- Desculpa. - Falei.

- Desculpa? É só isso que tem a dizer? - Falou ela irritada.

- O que mais posso te dizer Melissa?

Ela sorriu. Mas não aquele sorriso de timidez ou de achar algo engraçado. Era um sorriso avisando que ela estava irritada, e prestes a explodir.

- O que pode me dizer?! Sei lá, "Que ir atrás daquele idiota foi um erro e que era melhor ter deixado tudo nas mãos dos policias." Ou dizer que "Nunca mais vai fazer isso porque sabe que pode nunca mais voltar, e nunca mais ver a sua família! Você é um idiota Gabriel, um perfeito idiota!

Ela estava com os olhos marejados. Não sabia o que dizer. Sei que ela está com medo. Mas não quero falar qualquer coisa, e deixa-la mais irritada ainda.

- Você não podia fazer isso comigo. Ficamos afastados por tanto tempo. Você  ainda mentiu pra mim... - Ela parou para secar uma lágrima. - E se você não pudesse voltar pra me pedir perdão. O que eu faria sem você Gabriel? O que o mundo seria sem você meu amor?

Ela estava chorando bastante. Peguei em sua mão e a puxei para perto de mim. Ela sentou na cama, e deitou a cabeça dela em meu peito.

- Me perdoa. Eu não vou abandonar você meu amor. Nunca mais. - Prometi.

Namorada de Aluguel Onde histórias criam vida. Descubra agora