Proibido

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Eu mimava-te muito e ainda dormia contigo bem agarradinha.

Porém, nem mesmo esses pequenos gestos de amor por ti conseguiste valorizar.

Ainda eram seis horas da manhã e já não tinha sono.... E a culpa disto tudo era e é sem dúvida nenhuma tua.

Porquê que eu fui-me apaixonar por ti?

Foda-se! Eu deveria dilacerar o meu coração...

Não é justo. Eu não merecia passar por tudo isto.

Markus, eu juro-te e até podes acreditar, que eu odeio-te do fundo do meu coração. Prefiria que sofresses mil vezes mais do que eu sofro...

*** 14:20h ***

Acordo novamente, mas desta vez com um sorriso desenhado no rosto, dado que lembrara-me da nossa viagem até Florença, e das nossas brincadeiras insanas que tivemos dentro daquele quarto de hotel. Bem como, lamentavelmente lembrava-me desse flagelo com tanta melancolia e inquietude.

Que ódio!

Alevanto-me da cama e vou até à casa-de-banho, despachada, dirijo-me até à cozinha e tento ficar minimamente alimentada. Depois caminho até a minha varanda de modo a poder respirar novos ares.

Sinto-me arrepiada pela brisa...

Provavelmente iria-me constipar, mas isso já não interessa.

Olho para o céu, e dentro de mim apercebo-me de uma força maior que tinha vontade de chorar. Como é possível, eu ainda continuar a amar-te depois de quase três anos de abandono?

Respiro fundo e conto até dez. Volto a entrar em casa e deito-me na cama, com esperanças de voltar a dormir.

Tentativa falhada!

Abro a gaveta da minha mesa de cabeceira, e logo tomo três calmantes acompanhados de dois copos de whisky velho, que tinha guardado dentro do roupeiro há já algum tempo...

Quando involuntariamente, do nada, sinto uma enorme pontada no lado esquerdo do meu peito, e uma pequena tontura.

Será que é desta Morte?

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