Adeus

vamos lá

Andava com mania de suicídio e com crises de depressão aguda; não suportava ajuntamentos perto de mim e, acima de tudo, não tolerava entrar em fila comprida pra esperar seja lá o que fosse. E é nisso que toda a sociedade está se transformando: em longas filas à espera de alguma coisa. Tentei me matar com os pensamentos e não consegui. Mas tinha outro problema. Levantar da cama.

As pessoas dizem que pela pouca idade você não tem problemas. Pagar contas não é o único problema.

Eu costumava dizer que o mundo podia ser reparado, que o bem sempre vencia o mal e que não existe Vitória sem guerra, mas hoje eu desisti disso.

Algumas de vocês já leram algo como isso escrito por mim algumas vezes. Bom, se está se repetindo mais uma vez significa que eu não tive coragem ainda. Sei que muitos acham que é drama e que eu apenas reclamo de tudo, mas eu só queria um apoio e aqui foi o único lugar que encontrei.

Desabafar é tão complicado quanto ouvir um desabafo ou no caso ler um, isso realmente não é importante agora.

Sinto que eu poderia ser mais, mas que sejamos livrados da minha presença. Eu sou o problema e a vida realmente é um lugar muito complicado para alguém que não se importa com o próprio bem estar para ajudar os outros.

Acredito que não fui a pior pessoa do mundo, mas também não consegui acabar com a fome da África. Não consegui mudar o mundo mas acho que arranquei alguns sorrisos de criança no Natal. Não sei abrigo a todos que precisavam mas comprei os cobertores que o dinheiro dava.

Eu não sei se fui ou sou alguém bom, afinal existem milhares de fatores a serem analisados para se tirar essa conclusão.

Hoje é dia 31 de julho e eu deveria estar sorrindo mas na verdade estou chorando.

Feliz aniversário para mim.

Me desculpem por isso mas eu realmente precisava.