Olá pessoas,
Só deixando um recadinho rápido.
A partir de agora, teremos postagens fixas toda segunda e sexta-feira.
Não percam!
E mais uma vez, obrigada por acompanhar a Ally e boa leitura!
Ambos caminhavam lentamente pela floresta. A cada passo, Ally se perguntava se realmente estava correta em seguí-lo. Já haviam adentrado de mais na floresta, e agora a distância entre eles e o pé da montanha de onde ela havia partido era consideravelmente longa, provavelmente ela levaria horas para retornar para a caverna na montanha. Não havia como voltar, não agora, ela teria que continuar. Ally ansiava pelas respostas, mas tinha medo de descobrí-las, o medo de tudo a sua volta mudar com a descoberta a assolava. Ela olhava para o homem que caminhava a seu lado, o mesmo mantinha sua expressão calma e tranquila, como se nada pudesse abalá-lo. De certa forma, aquele ar de tranquilidade era reconfortante, isso permitia que Ally se tranquilizasse, ou pelo menos tentasse. Eles permaneciam em silêncio a horas e não haviam chegado a lugar nenhum, ela olhou a sua frente as robustas árvores se estendendo ao infinito, era hora de quebrar o silêncio.
- Já estamos caminhando a horas e não chegamos a lugar nenhum, estou começando a pensar que você está me enganando. - disse subtamente para a figura a seu lado.
O homem parou seus passos, e agora voltava sua face para analisar Ally, o leve sorriso que carregava se expandiu.
- Como esperar aquilo que não se vê? - perguntou o homem.
"Mais uma charada? Esse homem só pode estar brincando comigo!" Pensou Ally. Muitas perguntas sem respostas a incomodavam, talvez mais do que o normal já que ela própria não conseguia encontrar as respostas aquelas perguntas. O homem aguardava em silêncio. "Como esperar aquilo que não se vê?" Esperando, pensou ela. Mas ela sabia que essa resposta não seria satisfatória, ele esperava mais dela. Ela perdia-se em seus pensamentos procurando uma resposta quando sentiu algo frio cair em seus ombros, e em seguida em sua cabeça, suas costas, foi quando se deu conta, pingos, pingos de chuva. Sua surpresa ao sentir a chuva demonstrava sua alegria. Havia alguns meses que não chovia na região e todos estavam preocupados com os reservatórios de água. Quando ela entrou na floresta não havia nenhum sinal de que chuva cairia do céu. Mesmo assim, ela a esperava, ela confiava e acreditava mesmo não vendo nuvens carregadas que a chuva viria, era só uma questão de tempo, e não se desesperar como outros haviam se desesperado, aguardar com paciência a natureza seguir o seu curso. De repente, uma luz ascendeu em seus pensamentos, essa era a reposta, "Como esperar aquilo que não se vê?", esperar com paciência e convicção, assim como ela havia esperado pacientemente convicta de que a chuva desceria do céu no momento certo.
Ela voltou seus olhos para a figura a seu lado ainda em silêncio e respondeu:
- Esperar com paciência e convicção, crendo que se chegará a algum lugar ou acreditar que receberá algo, mesmo que esse "algo" nunca tenha passado diante de seus olhos.
- Sua resposta está correta. Resta saber: está disposta a colocá-la na prática? - indagou.
- Estou. - respondeu Ally sentindo seu interior se debater. Para determinadas situações ela conseguia ser impaciente ao extremo, mas se ela quisesse realmente obter algo na floresta, deveria ter paciência, mesmo que não quisesse.
- Ótimo! Nós chegamos!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Adamantys
General FictionEm um reino cuja paz e tranquilidade deu lugar as sombras e a impiedade, um despertar é necessário para dar uma nova esperança a todos!