Quando a mágica começa

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Quando Jem pediu Layla em namoro ela mal podia acreditar no que os próprios ouvidos estavam escutando. Pensou até que estava sonhando ou tendo algum tipo de alucinação, mas quando ela deu um tapinha em si própria percebeu que era tudo muito real. Mal podia descrever o que sentia no momento, era tanta felicidade que pensou que poderia explodir a qualquer momento. Um tanto eufórica respondeu que: "sim, sim, sim. É tudo que mais quero." Entenda, Layla não queria parecer uma garota desesperada para ter o primeiro namoradinho nem nada disso, o motivo dessa euforia toda era que amava o amigo e agora se sentia de alguma forma completa. James sendo o bom moço de sempre, quis deixar claro que os dois não iriam namorar se os pais de ambos não soubessem. Ele só queria deixar tudo as claras e não esconder nada de ninguém.

E o momento era aquele enquanto tanto as famílias do Jem quanto da Layla estavam reunidas para um jantar de ação de graças.

O garoto terminou de tomar seu copo de água e limpou a garganta chamando para si a atenção de todos. Segurou na mão de Layla, olhou-a nos olhos e começou com seu discurso de responsabilidades.

- Você não acha que estão muito novos para começarem um namoro agora, meu filho? - seu pai Tadeu, perguntou. De fato não queria que o filho se envolvesse com nenhuma moça, ainda mais por agora que deveria seguir os passos do pai, cuidando da suas empresas têxteis. 

Carmen, que era a mãe dele, logo objetivou, dizendo que não tinha problema algum e o que era importante era a felicidade do filho único. Tadeu cedeu também, aliás, não poderia fazer nada contra os desejos de Jem.

- Tem o nosso total apoio, filha. - Georgina tratou de sorrir acariciando o braço de Layla. O pai dela meneou a cabeça concordando, gostava da idéia de os dois juntos.

E o que os jovens acharam que seria um trabalho difícil, não foi nada menos que simples demais. Todos sentados naquela mesa aprovaram o namoro, se bem que não tinha nada que ser contra. James era um jovem cheio de princípios e a Layla, uma doce garota responsável e de caráter.

O jantar se seguiu tranquilo e muito bom, fora uma noite agradável carregada de conversas animadas e comidas saborosas. Os adultos degustaram do vinho e as crianças do suco de morango. E quando todos estavam fartos, agradeceram a Deus por todas as bênçãos que já receberam.

E como se dividissem os mesmos pensamentos, Layla e James se sentiram gratos pelo amor que ambos possuíam e fizeram uma preçe para que durasse para sempre.

Mas nem sempre os ventos bons estão  soprando ao nosso favor.

***

- Eu trouxe isto para você, linda. - James estendeu um buquê de flores amarelas, a preferida de Layla. Ela pegou-às e levou até o nariz inspirando o leve perfume que exalava.
- Que perfeitas. - ela sorriu agradecendo. - Não poderia imaginar surpresa maior.

James se sentiu contente pela felicidade e gratidão da sua amada, tudo que mais queria era poder ver aquele sorriso de tirar o fôlego, que fazia seu coração bater acelerado.

Já havia virado rotina os dois saírem à tarde para passear e depois ficarem na praça aproveitando o resto do dia e o cair da noite.

E quando a noite chegava ficavam observando as estrelas sob o céu negro, a praça pública era bastante frequentada pelos moradores. Os pais levavam suas crianças para brincarem no parquinho e os adultos ficavam conversando entre si.

Não demorou muito para que Elena, Paulo e Elle chegassem surpreendendo ambos, que nem esperavam pela aparição dos amigos.

- Vejam se não é o casal de pombinhos apaixonados! - exclamou Elle com um sorrisão estampado no rosto, se aproximou de Layla e apertou as bochechas da moça que fez uma careta em contragosto.

- Nem ficamos chocados quando soubemos de tal novidade. Nós bem sabíamos que isso aí, algum dia iria dar em namoro.

Elena disse e os dois outros amigos que estavam em pé murmuraram afirmando. 

Qualquer um sabia que Layla e James se gostavam, os únicos que antes desconheciam tal fato era os próprios, que insistiam em esconder a paixão flamejante que pulsava no coração deles. 


P

arte 3, Em família. 03 de Janeiro de 1999. Escritora: Elizabeth Taylor.

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