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- Cade meu filho?

Essa foi a primeira palavra de Ema, quem seria minha mãe na minha última vida, após seu complicado parto. Eu tive o cordão umbilical enrolado no pescoço na hora de nascer. Ema, minha mãe, na hora teve hemorragia e dali ficou desacordada durante 5 horas. Passei tempo demais enrolado no cordão umbilical, e não sobrevivi. Minha mãe ficou internada no hospital durante 4 dias, sem nenhuma noticia minha.

- Ele está bem. O nosso Dean está bem!

Disse Dilan, meu pai.
Ainda com um aspecto triste e desolado faz uma rápida ligação pedindo uma alta quantia de dinheiro. 17 minutos depois, meu pai vai até a uti neonatal, tem uma rápida conversa com uma enfermeira e lhe entrega todo o dinheiro que tinha recebido. A enfermeira entra naquela sala e coloca a pulseira de reconhecimento que estaria em meu braço em uma criança viva, fazendo assim uma troca entre a criança viva e eu. Sem remorso do que fez, meu pai leva a criança até minha mãe.

- Olhe como nosso filho é.. Lindo!

Diz meu pai com os olhos vermelhos cheios de lágrimas.
Minha mãe abraça a criança sem saber que a própria poderia acabar com o sofrimento de outra família. Minha mãe recebeu total ajuda dos meus parentes próximos. Os mesmos que não deixaram de acreditar que ela conseguiria se recuperar.
Logo minha mãe saiu do hospital. Ainda meio pálida e com suas pernas inchadas mal podendo andar, ela se esforça para mostrar a minha família que nada de mal podia-lhe acontecer. Mesmo que seus medos provassem ao contrário.

0.4Onde histórias criam vida. Descubra agora