*0.4*

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Eu precisava de um transplante de rim.
Minha mãe me falou que quando fui atropelada pela bicicleta, a roda pressionou um pedaço de vidro que estava no chão sobre meu corpo e perfurou meu rim.
Naquele momento eu ja tinha perdido toda minha esperança de vida.
La fui eu pra fila de transplantes.
Depois de 1 dia e meio de agonia, chega o médico falando que já tinha um doador disponível para me doar um rim.
Eu não sabia como explicar minha felicidade.
3 horas depois eu já estava pronta para a cirurgia.

– Vamos até a sala 09, os médicos estão prontos para a cirurgia!

Disse o tal médico branco, alto e forte. Chegando lá o médico colocou o doador do outro lado da sala e nos separou com uma cortina azul. Quando ouvi aquela frase que me levou aos prantos:

– Pronto senhor Dean?

– Pronto!

Eu literalmente não seria capaz de imaginar que meu doador seria o filho da Ema.

Não sei porquê mais sinto como se ele fosse mais que um amigo. Sinto como se ele fosse um irmão.

2 meses depois eu já estava fora de qualquer tipo de perigo que envolvesse minha saúde. Um tempo depois eu fui visitar Dean. A alguns metros da casa dele eu pude reparar uma forte luz vermelha piscando na porta da casa da Sra Ema. Chegando lá, ta porta estava completamente aberta e tinham 2 ambulâncias vazias na frente da casa e um tumulto na sala de estar onde ficava a porta principal. Eu entrei as pressas para ver o que tinha acontecido e Dilan, pai de Dean, me disse que Dean estava muito mal e que ia passar a noite no hospital. Obviamente eu não poderia sair dali sem nem mesmo falar com a Sra Ema que estava aos prantos no sofá. 

  – Sra Ema, por que esta chorando? O que aconteceu com o Dean?

  – Ele teve um Ataque Cardíaco e os medicos falaram que ele vai ter que ficar hospital essa noite! 

Disse ela com uma voz tremida e nervosa.

Passei metade da noite com os pais de Dean, mas não pude ficar até Dean sair do hospital.
Fui para casa e 4 horas depois meu telefone toca. Era s Sra Ema.

– Sra Ema?

– Ele não suportou!

Disse a mãe de Dean soluçando.

Na mesma hora eu fui para para o hospital. Quando cheguei lá Dilan estava chorando no banco do lado da sala onde Dean estava.
Entrei na sala a pressas e fui falar com a Sra Ema.

– O que aconteceu com ele?

– Chegamos tarde de mais! Não conseguiram reanimá-lo.

Diz a Sra Ema me abraçando inconsoladamente.

Fui para casa com a sensação de que ele só ficou para me ajudar.
Uma sensação estranha. Muito estranha.
Todos diziam que eu estava assim por causa da morte do Dean, mas no fundo, eu sabia que tinha algo de único em nois dois.

0.4Onde histórias criam vida. Descubra agora