Capítulo 3: Decisões e Descobertas

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         Me encontrava deitada em minha cama, o sol já havia se posto, dando lugar á uma noite deslumbrante. 

          Já estava quase a hora de ver Leony, e eu cogitava a idéia de contar-lhe tudo o que ocorreu.

          Porém, meus pensamentos foram interrompidos quando escutei duas leves batidas na porta.

- Pode entrar.

       A porta se abriu, revelando o rosto de Joana. Nunca havia ficado tantas horas sem vê-la. Onde será que ela tinha se metido por tanto tempo?

- Alteza. - Joana curvou-se diante de mim. - O jantar está servido.


- Ah, que ótimo. Estou faminta!

         Era verdade que os morangos de Leony eram bons, mas eles realmente tiravam minha fome.

- Vou me retirar agora, tudo bem? Com licença.

      Então Joana fechou a porta e se foi.

        Minutos depois, sai do meu quarto, com a intenção de ir á sala de jantar, mas enquanto passava pelo escritório do rei, escutei sussurros suspeitos e não muito discretos, que provavelmente, estavam sendo obtidos de lá.


- Já lhe disse Albert, ela não pode saber de nada.


           Era a voz do meu meu pai. Ele falava baixo, como se o assunto fosse um segredo, no qual ninguém poderia  ficar sabendo.

          Pelo jeito, Albert ainda não tinha ido embora.

- Robert, escute, não seria mais fácil se sua filha soubesse dos reais planos de Richard?! Lembre-se: ele pretende matá-lo! E isso pode acontecer a qualquer momento! Nós precisamos dela urgentemente!

          Gelei. Os meus olhos se esbugalharam e quase saíram das órbitas.

           Como assim?! O chefe da máfia pretende fazer um complô contra o Rei?


            Está pretendendo matar meu pai?

- Não quero força-la, Albert. - Papai deu um longo suspiro. - Eu queria tanto que Kyara seguisse os passos da mãe. Elara, adorava ser agente, se recorda? Eu conseguia enxergar o brilho em seu olhar quando recrutavam-na para alguma missão. Ela fazia aquilo por amor, não por obrigação. Quero que seja assim com minha filha também.

         Espiei pela brecha da porta, Albert balançava a cabeça negativamente, certamente havias várias coisas á dizer para o Rei, mas preferiu calar-se.

          Um incômodo silêncio reinou logo depois.

           Albert arrumou o chapéu que usava e por fim, disse:

- Temos que rezar aos céus para que ela aceite. Kyara é nossa última e única esperança.

           Corri e me escondi em uma sala aleatória, antes que percebessem minha presença.

          Existiam muitas perguntas em minha cabeça que precisavam de respostas.

          Quem é Richard?

           Quem ele pensa que é?!

           E... por que?

      POR QUE ELE QUER FAZER ISSO?
 

         Entretanto, dentre tantas perguntas, havia uma coisa na qual eu tinha absoluta certeza: eu iria aceitar o cargo, não importa o que aconteça.

         E eu acabaria, acabaria com todas as forças, com esse tal chefe da máfia.


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