Verte de Lejos

II - Hoje é o meu dia!

Revisado!

Martina Stoessel

Bom, esse é o meu primeiro aniversário longe dos meus avós maternos. Dona Iolanda e o Seu Inácio deixaram muita saudade com a sua partida. Esse mês completará oito meses da partida dele e a dor que eu sinto é horrivelmente insuportável. Eles eram os meus maiores companheiros.

Meus pais são empresários, por isso viviam longe de casa, mas sabiam da responsabilidade que tinha comigo, filha única de um lindo casamento de vinte e cinco anos.

Minha mãe, Cristina, é muito linda e jovem pelos seus quarenta anos. Igualmente ao meu pai, . Ambos se casaram aos quinze anos. Eles fugiram para se casar, mas voltaram anos depois. Após sete anos de casados eu nasci, linda e maravilhosa dando trabalho para a minha mãe, que estava terminando sua faculdade de Direito, com seus vinte e dois anos. Meu pai também estava na faculdade, porém estava cursando Administração.

De início eles passaram suas dificuldades para me criar, mas logo abriram sua empresa e agora ela é expandida por todo o Brasil. Meus pais trabalham com joias. Eu sou a maior fã deles. Fico admirando cada coleção, cada decisão e cada evento.

Pretendo começar a faculdade de direito esse ano. Não foi por obrigação dos meus pais, apenas por amor mesmo. Sou fascinada por essa área. Amo ler leis, códigos e relacionados.

Já está na hora do almoço, então começo a me arrumar, pois vamos almoçar em família hoje.

Sinto aquele aperto por não ter os meus avós, mas tento guardar apenas as boas lembranças dos meus aniversários ao lado deles.

Quando eu era pequena, meus pais estavam no auge da carreira, conquistando as lojas, abrindo empresas, expandindo tudo, então eu ficava muito com os meus avós maternos. Criamos um laço eterno e inquebrável. Eu era a princesinha deles e estávamos sempre juntos. Minha primeira menstruação foi ao lado da minha vó, o primeiro beijo foi contado ao meu avô, a primeira nota baixa, o primeiro prêmio de escrita, tudo foi ao lado deles.

Eu sempre fui apaixonada por livros e pela escrita, mas não me vejo ou pretendo seguir carreira, meu negócio é advogar. Porém, a minha avó era uma romântica incurável e amava receber cartinhas, então eu escrevia para ela.

Guardo as boas lembranças e termino de me arrumar. Opto por uma blusa de seda nude, um short jeans preto e uma Slip On rosinha claro (nude também haha).

- Nossa!- mamãe bate palmas ao me ver descendo as escadas.

- Que exagerado!- resmungo envergonhada.

- Você está muito gatinha, meu amor.- papai diz, beijando minha testa.

Decidi almoçar com os meus pais e a noite sair com a Mechi.

Continua
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