Personagem Nada Fictício

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Seus olhos faiscaram e ele chutou uma mecha de cabelo minha para longe do meu pescoço, livrando meu pescoço do cabelo. Joshua se aproximou e soprou minha pele quente, sedutor como Carter e torturante como Louis.

Contraí meus dedos e impedi a vontade de fechar os olhos. O arrepio foi impossível segurar.

— Isso é ótimo, Jennifer — ele sussurrou, tocando a ponta do nariz em minha pele.

Apertei as unhas em minhas palmas. Eu nem sabia mais quem eu era e o porquê de ter dito que queria que ele ultrapassasse mais uma fase.

— Joshua — suspirei, sentindo-o apertar minha cintura.

— Agora, você vai me mostrar onde fica o seu quarto e nós vamos para lá, onde eu te ensinarei tudo que precisa saber sobre sexo gostoso e poderoso — avisou antes de passar a língua por minhas veias sobressaltadas. Nunca foi tão bom sentir o molhado nesta parte erógena. — Entendido, Jennifer?

— Sim — disse-lhe, encarando o teto.

— Vire-se — mandou, afastando-se e girando-me pela cintura. Ele envolveu-me pela barriga com sua mão esquerda e, com a direita, ele envolveu meu cabelo, girando-o e formando um rabo de cavalo com os fios. — Mostre o caminho.

Segurei o fôlego, dando passos pequenos para frente e tentando não apoiar-me diretamente nele, evitando deixar que meu corpo se esfregasse nas áreas erógenas dele, porque as minhas já haviam começado a ser tocadas.

Fomos até o meu quarto, levando mais tempo que o necessário para isso. Eu abri a porta e ele caminhou comigo para dentro, rindo em meu ouvido ao ver a simplicidade que eu tinha.

— Vá até as cortinas e feche-as — falou, empurrando-me para frente.

Eu tremia ao puxar o pano das cortinas. A luz sumia do meu quarto a medida que o blackout tampava as janelas e tudo ficou escuro de repente. Eu podia ouvir Joshua respirar e podia sentir meu coração bater como a bateria de uma banda de rock.

— Excelente. Volte para cá.

Girei em torno dos meus próprios pés e baixei a cabeça a tempo de ouvi-lo dizer que eu precisava olhar para ele, encarar quem me observava e ter ciência de como a fogueira pega fogo.

— O que quer que eu faça? — perguntei num sussurro, mantendo-me dois pés de distância dele.

— Quero que suba na sua cama e ajoelhe-se bem no meio dela. Coluna esticada — ordenou, tão mandão como o meu bad boy Matheus.

Sentei do jeito como ele falou que devia ser. Encarei-o. Joshua permaneceu ao lado da cama por meros segundos, talvez pensando no que fazer ou até pensando por onde começar.

Ele estava sorrindo, tinha tudo armado em sua cabeça crítica e criativa.

Ele chegou mais perto e colocou o joelho esquerdo na cama, dobrando-se e se arrastando até mim como um gato. Prendi a respiração mais uma vez quando ele ficou a minha frente, ajoelhado e deixando sua maioridade falar tão alto como se ele estivesse gritando num microfone conectado a trezentos amplificadores.

— Levante os braços — sussurrou, subindo as mãos por meu quadril, arrepiando todo o meu corpo e segurando a barra da minha blusa.

Engoli em seco e os ergui para o alto. Fechei os olhos e deixei que ele retirasse o pano do meu corpo, tocando minha pele em combustão, subindo por meu umbigo, costela e lateral dos seios.

Estes que não estão cobertos pela melhor lingerie de todos os tempos.

— Bege é broxante, eu sei — afirmei, sentindo o baque da roupa ao meu lado.

O Personagem Que Saiu dos LivrosOnde histórias criam vida. Descubra agora