A Nova Comandante

Capítulo 6

POV Yandra

Acho que a ideia da minha mãe deu certo, porque ela tá vindo com a mulher em minha direção.

Ângela: Filha, era a Larissa mesmo.

Yandra: Ei Larissa, fico feliz por minha mãe reencontrar você, ela está precisando mesmo de amiga.

Larissa: Oi Yandra, que bela filha você tem Ângela, muito linda mesmo.

Ângela: Yandra é tudo para mim Lari.

Yandra: Por que vocês não se sentam aqui na mesa conosco?

Ângela: Adorei a ideia Yandra, vem Lari sentar aqui conosco.

Larissa: Vou chamar o pessoal.

Ela foi em direção a mesa, falou alguma coisa com eles e todos eles se levantaram, mais só veio para nossa mesa o filho dela e ela ( minha mãe me disse que era o filho dela), continuei de costa para eles.

Larissa: Ângela me desculpa, mais meu marido recebeu uma ligação do trabalho agora, por isso teve que ir embora.

Ângela: Tudo bem, Lari.

Larissa: Yandra esse é meu filho Heitor, e  essa é a filha da Ângela, Yandra.
Quando eu levantei da cadeira, e olhei para o rosto do tal Heitor eu não acreditei e fiquei paralisada.
Larissa: Vocês já se conhecem?
Heitor: É sim.
Yandra:É não.
Falamos juntos, e nossas mães nos olharam meio desconfiadas.
Ângela: Quem está mentindo? E quem está Falando a verdade?
Yandra: Ta bom mãe, nós nos conhecemos, mais ou menos.
Heitor: Digamos que não sabemos os nomes de ambos os dois.
Nossas mães começaram a rir, e sentaram uma do lado da outra, então eu e Heitor  sentamos um ao lado do outro.
Não acredito que to vendo esse deus grego de novo senhor, ele é muito gato e se parece muito com sua mãe, estava pensando o quanto ele é lindo, gostoso e beija bem até que ele fala bem baixinho.
Heitor: Então a preta misteriosa, tem nome? Um nome muito lindo por sinal.
Yandra: Obrigada.
Garçonete: Com licença, posso anotar os seus pedidos?
Eu e mamãe pediu estrogonofe de frango , e Heitor e sua mãe pediram semente lasanha.
As horas não passavam , até que nosso almoço chegou e comemos todos em silêncio e educadamente.
Acabamos de almoçar e minha mãe fala:
Ângela: Lari vocês têm compromisso agora?
Larissa: Temos não Angel.
Ângela: Vamos para minha casa? Passar a tarde lá, faço questão e não aceito não como resposta.
Larissa: Aí Angel , filho você vai ?
Heitor: Acho que a Yandra não faz muita questão da minha pessoa ir não
Yandra: Claro que faço, vamos todos para lá gente, estão convidados.
Heitor: Então vamos mãe.
Ele me deu um sorriso travesso e eu revirei os olhos para ele.
Saímos do Restaurante, eu e mamãe foi de carro e , a Larissa foi com seu filho de moto.
Assim que entrei no carro perguntei minha mãe:
- Mãe você vai levar eles para o morro não né?
Ângela: Não filha, vamos ir na nossa casa da capital.
- Ata mãe
20 minutos depois...
Chegamos em frente nossa casa, e a casa estava maravilhosamente do mesmo jeito, e toda arrumada, quanto tempo não venho aqui, me sinto tão bem aqui, mais minha vibe é outra, à favela é minha vida, o morro é tudo.
Eles chegaram logo após, e minha mãe ficou na sala com a Larissa conversando sobre diversos assuntos.
Heitor ficou olhando a bela vista pela enorme parede de vidro na cozinha, que dava pra ver uma grande parte da praia, eu entrei na cozinha e abri a geladeira para ver o que tinha para comer e adivinha? Nada mais, nada menos que várias bobeiras ( Nutella, doces de todos os sabores, suco, refrigerante, salgadinhos prontos precisando passar somente no micro-ondas)
Peguei uma lata de refrigerante e perguntei Heitor.
Yandra: - Aceita?
Heitor: Manda uma coca.
Joguei uma latinha e ele pegou , abriu e tomou.
Ficamos em silêncio, o tempo todo, até que meu celular apita.
Ligação on*
- Patroa, Patroa onde você tá? Tão querendo invadir o morro vem rápido pra cá.
Era o cabeça falando.
- Já estou indo caralho, ajeita o pessoal ai que já tô chegando.
Ligação off*
Sai desesperada em direção a minha mãe.
- Mãe precisamos ir? É urgente, a Tiely tá passando mal (Pisquei para ela e ela entendeu)
- Desculpa Larissa preciso ir é urgente, te ligo assim que eu resolver isso tá.
Eles saíram rápido e eu já estava no banco do motorista pronta pra fuga.
Minha mãe entrou e em menos de 5 minutos eu estava na entrada do morro. Pelo menos posso esperar umas 500 multas só de hoje na minha conta.
Fui direto para a boca peguei meu colete e da mãe que já estava na salinha, todos os soldados do morro estavam prontos para a guerra.
Até que eu recebo uma ligação em desconhecido.
Ligação on*
- Queremos o morro nada mais do que isso, ou vocês saem por bem ou tiramos vocês a força.
- O morro só tem outra dona se eu morrer, então o morro jamais será seu, mesmo que eu morra tenho meus aliados caralho. Eu disse para eles.
- Se vocês querem guerra teremos guerra
Pi ... pi... piiii.
A ligação foi encerrada.
Ligação off*
E então começou aquela chuva de bala para todo lado, e um barulho ensurdecedor de bomba, minha mãe então subiu na moto com uma metralhadora, e eu com uma Glock, e uma AK na cintura .
Então nós descemos o morro disparada eu atirava para todo lado , matando os policiais que estava no morro, eu nunca me imaginei no meio disso tudo, meu pai nunca me disse como era, ele nunca me disse a sensação de estar no meio de uma guerra, no meio de uma chuva de bala, para alguns barulhos assustadores mais para me barulhos normais que eu sempre convivi com isso dentro de casa.
Passando na frente de um dos becos então eu vi o Guilherme e um cara apontando a arma na cabeça dele , então pulei da moto e sai correndo no meio daquela guerra enquanto minha mãe ficava de escolta para mim, entrei no beco e o homem me olhou e disse:
- Está aí a NOVA COMANDANTE, a filha do dono, bem isso que eu queria, mais não sabia que você era tão gata assim, da até dó de matar você, poderia te usar um pouco né.
E deu uma risada sarcástica.
- Larga essa arma seu filho da Puta, então é você que está querendo tomar meu morro ?
Falei com a arma apontada no rumo de sua cabeça, e ele ainda com a arma apontada para a cabeça do Guilherme.
- Adivinhou gatinha , ou você me entrega o morro ou eu mato esse cara?
- Não irei te entregar o morro e muito menos vc vai atirar no Gui, então fiz um sinal para a Tiely que estava logo atrás do tal homem é ela deu um tiro bem nas costa dele e ele caiu agonizando no chão, e então a guerra acabou e nos ganhamos, abracei a Tiely e o Gui e dei três tiros para o alto então começaram a soltar foguetes, montei na moto com o radinho na mão avisando para os soldados limpar o morro para as famílias voltar aos afazeres pelo morro tranquilo.