You Are My Cure

O poder do passado... E a esperança do futuro

   POV Louis

Harry acaba precisando de mais tempo do que esperávamos para resolver o problema com a cliente, mas quando enfim tudo se resolve ele volta ao escritório, onde eu continuo meio deitado no sofá esperando.

Mas antes de irmos embora, ele ainda toma um banho rápido ali mesmo na academia e se troca, já que pretendemos ir jantar depois dele me levar ao tal lugar misterioso.

-Você já podia acabar logo com a minha curiosidade, não acha? – tento arrancar alguma pista dele enquanto saímos da academia e entramos no carro dele.

-Estamos indo pra lá, a sua curiosidade acabará logo. – ele dá um apertão na minha coxa e eu me remexo inquieto, não só pela curiosidade, mas porque cada mínimo toque dele me atiça.

As ruas em Holmes Chapel estão sempre tranquilas e não é diferente nessa noite, as primeiras estrelas começam a despontar no céu e eu abaixo a janela do carro deixando uma brisa refrescante tocar minha pele, mesmo estando curioso tenho um momento de paz ao ouvir Harry cantarolando baixinho enquanto dirige e percebo que é ele, acima de qualquer coisa, que trouxe esse sentimento de paz para a minha vida.

-Estamos chegando. – a voz dele me puxa de volta para o agora e eu viro o rosto para ele.

Sorrio com o jeito como o cabelo dele balança contra o vento e estico o meu braço até as pontas dos meus dedos estarem deslizando pelo perfil do seu rosto, o maxilar marcante, as bochechas, o canto da boca...

-Você está me distraindo desse jeito, o que é um perigo já que estou dirigindo. – ele ri, mas inclina o rosto mais um pouco para a minha mão, como se pedisse por mais do carinho.

-Vou me comportar. – digo ao afastar minha mão e ele resmunga, mas me dou conta de que ele também começou a diminuir a velocidade do carro e eu volto a prestar atenção ao redor.

Estamos mais afastados do centro da cidade, mas também é lado contrário da casa dele, Harry vira o carro para a direita e entramos em uma estradinha estreita onde não tem nenhuma casa ou comércio, mas mesmo assim o lugar é bem iluminado.

A estradinha não é muito longa e quando nos aproximamos do fim dela avisto uma única casa em meio a algumas árvores. O carro diminui ainda mais de velocidade até parar em frente a ela e eu observo tudo com mais atenção.

-É aqui. – Harry desliga o carro e nós saímos do veículo.

A casa é bem grande, não chega a ser uma mansão imensa como a dos Styles ou mesmo a do Zayn e Liam, mas é bem grande. O segundo andar têm algumas janelas de vidro imensas que chamam a minha atenção.

-Vem comigo. – Harry segura minha mão e eu o deixo me levar adiante.

Ele tira uma chave de dentro do bolso traseiro do jeans e abre a porta de madeira, nos dando acesso a casa.

O chão de madeira é lindo, as paredes são todas em um tom bem claro, mas fora isso a casa está completamente vazia. Ele acende as luzes e eu olho ao redor, uma escada elegante leva ao segundo andar, mas permanecemos ali embaixo, onde provavelmente daria uma espaçosa e bela sala de estar.

-De quem é essa casa? – enfim pergunto.

-Minha. – ele anda até o canto, onde tem uma lareira e se recosta contra ela.

-Sua? – me surpreendo.

-Comprei um pouco antes daquele dia em que esbarramos um no outro...

-O dia do café. – sorrio ligeiramente, eu jamais me esquecerei daquele dia, daquele exato momento em que os meus olhos cruzaram com os dele pela primeira vez.