Dormindo

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Para onde eu olhava só havia a mata fechada, ruínas, sonhos desperdiçados e desejos jogados ao chão.

Onde foi parar toda a cor daquele lugar? Ao meu redor só havia o vasto silêncio de um lugar pálido e abandonado.
Acreditei por um momento que nunca mais sentiria sequer um pouco de felicidade em todo o restante da minha vida.

Me lembro de adormecer à beira do lago, perto de casa, com o álbum de fotos antigas em minhas mãos. Estava pensando em Alice, minha pequena, que partiu do mundo tão cedo. E depois? Bom, eu simplesmente abri os olhos e percebi estar em um lugar frio, repleto de árvores e solitário.

Além das folhas do mato alto se agitando, me recordo perfeitamente de que ouvi, algumas notas sopradas ao vento e percebi ser uma música antiga, que eu conhecia. Na verdade, me recordava vagamente, mas ela terminou antes que eu pudesse lembrar seu nome.

Oportunidades jogadas ao vento, voavam ao formato de pequenos papéis amarelados por toda parte. E meus pés seguiam um caminho certo mas eu desconhecia a direção.

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