Society

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   Universidade Manson Hollind.

-- Boa tarde a todos. – Um loiro dizia para uma sala repleta de jovens e adultos, brancos e negros, ricos e também pobres, cultos e ignorantes. – Hoje nosso ideal é fazer o que a nossa sociedade nos diz ser certo, mas desde quando é o certo?

-- Desde antes de nós nascermos? – Disse uma garota que aparentava ter uns 24 anos. – Bom pelo menos sempre sigo o que meus pais seguiam.

-- É ai que está o ponto da questão, desde pequenos nossos pais dizem para nós o que é certo e o que é errado, porém quem os disse que era certo e errado? Os pais deles, certo? – Seus olhos azuis fitavam um por um da sala. – Somos criados com informações que nossos pais acham corretas. Não podemos comer, ou fazer, experimentar tal coisa, por que eles dizem que são erradas.

-- E você diz que isso é errado? – Perguntou um homem bem mais velho que o loiro, seu professor. – Graças a essas regras que nossos pais nos dão desde jovens temos uma sociedade menos devastada. Bom, a aula já está para acabar, revise seu seminário e o traga semana que vem, com alterações e pontos questionáveis para que os outros possam participar. – Orochimaru era um homem com aparência sombria, porém era muito inteligente e culto, era considerado pelo loiro o melhor professor que já tivera.

O sinal para o termino da aula soa e o de olhos azuis sobe os degraus da sala para pegar seus materiais, quase todos já haviam saído, e seu professor estava apagando o quadro branco do local. Ele pega com dificuldade todas as suas anotações e tenta com pressa ir para fora da sala.

-- Seu seminário está muito interessante. – Disse um rapaz de cabelos vermelhos. – Naruto, sem duvidas você vai impressionar o Sr. Orochi e levar dez, ou vai fazer com que ele te infernize até o fim do semestre, a e vai levar um, por que o sistema não permite ele te dar zero.

-- Ah, como isso me tranquiliza, sabia? – Naruto deu um sorriso de canto e continuou andando. – Olha, não quer me ajudar? – Gaara, o garoto de cabelos avermelhados pegou algumas das coisas que estava nos braços do menor.

-- Sabe, todos querem saber como isso vai terminar, suas teses são sempre bem vindas para a sala, pois você sempre explica e nos deixa com aquela sensação de tipo "Oh, estávamos sem ver a verdade esse tempo todo?". – Sua expressão era séria e ao mesmo tempo carinhosa com o loiro.

-- Bem, eu tento sempre fazer o meu melhor. – Deu um sorriso espontâneo. – Sabe, fazer esses seminários são sempre cansativos, estava pensando, será podem... – Naruto sentiu um baque em seu ombro que fez com que girasse e fosse em direção ao chão.

-- Abre os olhos seu bastardo! – Um garoto gritou com o loiro, o mesmo só pode ver seus cabelos arrepiados e negros.

-- Deixe-me ajudar. – Uma garota de olhos perolados abaixou-se e começou a recolher as coisas do loiro. Os dois se entreolhavam.

-- Muitíssimo obrigado, até mais. – Deu um sorriso enorme e continuou andando ao lado do ruivo.

Os dois deram alguns passos até que Gaara lembrou-se que o loiro não havia terminado o que ia dizer, ficou curioso e pediu para que terminasse de falar.

-- Então, é que bem, esses seminários são bem cansativos, você sabe? Não é? – Fez um sorriso forçado. – Eu estou pensando, será se não podemos adiar a ida ao cinema de hoje a noite para outro dia?

-- Haha. Tudo bem, claro que sim, sei como tem sido um mês bem corrido pra você. – Também deu um sorriso forçado, estava frustrado por não conseguir sair com o menor. – Quando estiver com uma carga de coisas a fazer menor, a gente sai.

-- Obrigado por ser compreensivo. – Já haviam chegado ao carro do loiro, e jogado as coisas no banco de traz. – Você é muito gentil.

O loiro deu-lhe um beijo na bochecha, e adentrou no veiculo que em alguns segundos já estava em movimento. Andou alguns quilômetros, e parou em uma rua vazia, e socou o volante.

- Oras, como sou estúpido, como posso ser tão estúpido? – Pensava, enquanto continuava a socar o volante. – Gaara é sempre tão especial comigo, porque não consigo sentir nada por ele? – Seus pensamentos começavam a ganhar sons e suas mãos já estavam avermelhadas.

Alguns minutos depois o carro entrou em movimento novamente, quase todos os dias aquela era sua rotina. Sempre se perguntando o "Porque" de tudo.


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