O dia não podia ter começado pior, isso era tudo o que conseguia pensar, pois quase impossível o carma fuder tanto alguém e aquele era O dia para ficar em casa, mas sua mãe não deixara, afirmando que não era aceitável ficar em casa no primeiro dia de uma nova vida, sendo que aquilo era o dia para causar uma boa impressão, garantindo um futuro, ao qual ela mesma dissera tantas vezes desejar, foi com aquilo que foi convencida a ir para o instituto. Odiando o fato de quando sua mão usava de coisas que ela mesma dizia, sabendo que n ão havia como argumentar contra aquilo.
-Muito obrigada, Dona Santana. -Ironizou para ninguém em particular, olhando pela décima vez para o celular, apenas para constatar seu atraso. Revirou os olhos, desbloqueando o celular e dando uma olhada rápida no twitter, que não tinha nenhuma novidade, então só jogou o aparelho de volta na bolsa.
Mais uma vez seu cérebro a lembrou daquele inicio de manhã, aonde se via saindo de um banho rápido, se vestindo e correndo até a cozinha para tentar ter um minuto de descanso durante o dejejum, mas o destino não devia estar de bom humor, pois todo o leite em seu copo decidiu cair sobre a blusa social preta -uniforme obrigatório, em uma escola de artes. Logo em seguida viu o all-star imundo ao lado da porta, em uma sujeira que parecia ser específica e exclusiva dele. Tirou a blusa e encontrou uma parecida em seu armário.
-Obrigado tio Alberto. --Tinha duvidas se devia agradecer o tio morto, pois só havia comprado aquela blusa para o enterro. Vestiu a blusa e voltou para cozinha, pegando o all-star, o calçando enquanto sua mãe falava algo sobre sua patroa, que era um anjo da guarda. Palavras de Dona Santana.
-Não é uma boa ideia, sinto que eu deva ficar em casa. -Resmugou mais uma vez.
-Isso é só o seu nervosismo falando, então deixa de frescura, que eu não criei uma covarde capaz de faltar no primeiro dia de algo importante. -Aquele tom mais a frase, foi o suficiente para dar o assunto por encerrado.
-Deixa eu ir, antes que eu me atrase mais ainda. --Mas tudo se tornou um vulto, quando viu o relógio gritando, berrando, piscando, pulsando que estava 20 minutos atrasada.
Puxou o ar com força, sentindo os pulmões e as pernas queimarem e aliviarem logo em seguida, agradecendo pelo descanso, após ter corrido como quem corre uma maratona, agradecendo também por estar acostumada a treinamentos intensos de dança. Chegou na parada bem a tempo de pegar o ônibus de 7:40, que era agora aonde estava sendo esmagada entra a enorme bolsa de uma senhora, que aparentemente só sabia reclamar, um homem com muito mau hálito e uma barra para apoio. Certamente aquele mineral revestido de tinta azul, era a melhor parte.
-Minha filha dá espaço. --A senhora falou com uma voz estridente, empurrando a bolsa com força sobre o quadril de Diane, fazendo-a sentir algo pontudo e duro se chocar com força em seu osso. Reprimiu o grito e principalmente a raiva.
-Esses jovens de hoje em dia. -O homem soltou, com o mau hálito no pacote sobre o rosto de Diane que sentiu seu estômago revirar os pelos de seu nariz queimarem.
Aquele ferro devia estar chorando em alma, pois a força reprimida em suas mãos seria mais que o suficiente para matar um daqueles dois e isso estava exigindo muito auto controle.
-Menina afasta. --Chiou a senhora, dando a gota d'água necessária, mas para sorte de ambas, da senhora pois iria continuar viva e de Diane que não seria presa, ou azar, o ônibus quebrou sendo o momento para um grito de pura raiva se acumular em sua garganta. Saltou do o ônibus e rapidamente puxando seu celular de dentro da bolsa, discando logo em seguida o número frequente de seus contatos, suspirando de alivio ao ser atendida no segundo toque.
-Vossa raça, como posso servi-la? --Aquela saudação de Game Of Thrones já havia se tornado normal.
-Carol, pelos deuses me diga que ainda não saiu de casa. --Sua voz saiu esganiçada e falha pelo grito que ainda estava preso em sua garganta. -Eu me atrasei e... e estou precisando de sua ajuda, pois a porra do ônibus quebrou. --Toda aquela manhã lhe fervera o sangue.
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Notas de uma relação.
Teen FictionSempre buscamos realizar nossos sonhos, independente da vontade que move esse sentimento, independente daquilo que nos guia, daquilo que nos faz querer aquele sonho, mas uma certeza nisso tudo há, certeza que fazemos tudo para conseguir isso e é iss...