O Escolhido

Capítulo II

Então, eu o mais novo membro da Elite, estava enfurnado em meu velho quarto construindo uma maquete com palitos de sorvete de um antigo monumento francês, eles chamavam aquilo de "Torre Eifel" , até que batidas soaram em minha porta.
- Pode entrar.
- Kile!
- Oi mãe. O que faz por aqui.
- Vim ver como está.
- Estou bem. E você?
- Cansada. Essa história toda com Ahren e o infarto da América só me desgastaram.
- E a Rainha? Como está?
- Continua sedada. Ela fez uma cirurgia delicada.
- Ela melhorará em breve.
- Eu sei.
- Nossa...Este quarto continua a mesma bagunça rsrsrs.
- Mas é a minha bagunça.
- Hm, bela obra.
- Ah, ainda está em construção.
- O que é aquilo?
- Um monumento francês. Eles chamavam aquilo de Torre Eifel. Sabia que no verão ela ficava até 5 centímetros além de seu tamanho normal! E também era batizada carinhosamente de "a dama de ferro".
- Interessante. Você tem mesmo muito talento.
- Que poderia ser explorado.
- Kile...Você não pode ir! Esta é nossa casa, além de que você está na Seleção, agora é um dos remanescentes da Elite.
- Eu sei mãe, mas esse é o meu sonho...Ou era, nem sei mais.
- Como assim? Kile...
- Eu sei lá. A vida inteira eu só queria sair além dessa muralha...Mas agora me sinto tão...Bem aqui.
- Eu acho que sei exatamente o motivo.
- Mãe!
- Brincadeira. Bom, preciso ir. - disse beijando minha testa
- Tá.
Mas talvez ela esteja certa?
Ainda não tenho respostas.
Mais tarde, estava com meus companheiros de competição no Salão dos Homens quando recebi uma criada veio me dizer que havia visita para mim.
Eadlyn me esperava impaciente do lado de fora.
- Ei - Ela abriu um brilhante sorriso ao me ver - Como você está?
- Engraçado...Você foi o único que me perguntou isso - disse saindo de meus braços. - Estou bem, acho. Vou continuar assim enquanto me mantiver ocupada, pelo menos. Assim que as coisas desacelerarem, vou ficar uma pilha de nervos. Meu pai está um desastre. E me dói muito que Ahren não tenha voltado. Pensei que ele voltaria pela nossa mãe, mas nem chegou a ligar. Ele não devia ter feito pelo menos isso?
peguei sua mão e disse :
- Pois bem, vamos pensar sobre isso. Ele fugiu para a França e se casou no mesmo dia. Deve haver uma tonelada de papéis oficiais e outras coisas para resolver. E existe a possibilidade de ele nem saber o que aconteceu ainda.
- Você tem razão. Eu sei que ele se importa. Ele me deixou uma carta, sincera demais para eu me dar o direito de questionar isso.
- Viu só? E ontem seu pai parecia prestes a ser encaminhado para a ala hospitalar também. Ficar com a sua mãe e monitorar o estado dela talvez dê a ele a sensação de controle quando não é possível controlar nada. Ela já passou pelo pior e sempre foi guerreira. Lembra quando aquele embaixador veio aqui?
Ela sorriu e falou
- Aquele da União Paraguai - Argentina?
- Esse! Ainda lembro de tudo perfeitamente. Grosseiro com todo mundo, caindo de bêbado já ao meio - dia por dois dias seguidos, até sua mãe o agarrá lo pela orelha e arrastá lo para fora do palácio.
- Lembro muito bem. Também lembro dos telefonemas intermináveis para tentar amenizar as consequências com o presidente.
- Esqueça isso. Apenas lembre que a sua mãe não deixa nada derrubá la. Quando alguma coisa tenta atrapalhar a vida dela, ela arrasta o incômodo porta afora.
- Verdade.
Ficamos em silêncio por um instante.
- Vou ficar ocupada até o fim do dia, mas será que podemos passar um tempo juntos amanhã à noite?
- Claro.
- Temos muita coisa para conversar.
- Tipo o que? - perguntei intrigado. Mas um guarda nos interrompeu avisando que havia visita a Eadlyn.
- Falo com você mais tarde tá?
- Claro. Me avise se precisar de alguma coisa.
Ela assentiu e saiu e tenho certeza que esboçava um grande sorriso assim como o meu neste momento.