Capítulo 14

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"Passatempos".

[N/A: Amores da minha vida, a autora mais estranha do mundo [leiam: eu!] gostou de escrever em 1º pessoa. Então esse capítulo é assim também ok?].

Lua sua maluca, se afasta desse corpo maravilhoso agora! Meu Deus, por que ele tem que beijar tão bem? E essas sensações não podem ser 'divinas'. Droga, por que você tem que ser irritantemente desejável?
Bom, deixe-me explicar minha atual situação: estou praticamente sem meu adorável vestido verde, toda descabelada... e o Arthur? Hum, deitado sobre mim, com a camisa toda aberta [não me pergunte onde o suéter dele foi parar] e bom, o cabelo dele não ta muito diferente do meu.

Ele se mexeu um pouco, ficando entre as minhas pernas, enquanto beijava meu pescoço. Os únicos ruídos no quarto eram as nossas respirações ofegantes, e estalos dos beijos. Só meu abajur está aceso, mas é iluminação suficiente pra que eu possa ver o olhar brilhante de desejo do Arthur.

"...olha Lu, eu vou ser honesta, eu sempre gostei dele... Eu realmente quero ser sua amiga..." A voz da Sallie surgiu na minha cabeça e eu congelei. Arthur percebeu minha reação, então entrelaçou a mão no meu cabelo, mordeu meu lábio e deu um sorrisinho.
- Arthur? - ele deu uma mordidinha na minha orelha e fez 'hum?' - Pára.
- Por quê? - a voz dele saiu meio abafada, já que ele beijava meu pescoço de um jeito muito provocante.
- Porque nós não podemos fazer isso - eu tentei afastá-lo, mas ele subiu a mão que não estava no meu cabelo pelas minhas pernas descobertas, e oi? Me arrepiei toda; e ele percebeu isso, já que deu uma risadinha maliciosa.

- Mas nós não estamos fazendo nada... ainda - a voz dele estava meio falha e saindo quase que num sussurro. Ele beijou meu queixo, desceu um pouco e então me olhou nos olhos - A menos que você não queria, é claro - meu estômago revirou ao ouvir isso.
- Não é disso que eu to falando - eu achei o resto de lucidez que me restava e o empurrei, sentando na cama. - Eu quero dizer que estarmos nessa situação é errado. Não é justo com a Sallie, ela não merece isso.
- A Sallie... - ele tinha esquecido dela? - Ela é assunto meu. Você não tem que se preocupar com ela - ele sentou e passou a mão pelos cabelos que já estavam desalinhados.

- Tenho sim. Sabe por quê? Porque a partir do momento que você a trouxe a garota pra casa da sua mãe, que por sinal é onde eu ainda vou morar por um tempo, ela passou a fazer parte da vida de todas nós. Então, sim! Ela é meu 'assunto' também - oi? Fiquei nervosa. Levantei da cama e fiquei frente a frente com ele, sendo que eu nem o vi levantando. Como pode uma pessoa ser irritantemente desejável há cinco minutos atrás e agora ser irritantemente irritante? - E passei a ter que me preocupar com ela, desde quando ela me perguntou se existia alguma coisa entre nós e eu disse que não.
- E por que você disse isso? Por que você não disse que nós...
- Primeiro que se alguém fosse contar alguma coisa, esse alguém seria você: namorado dela! E você queria que eu dissesse o quê? Que nós o quê, ahn? Que quando você vem pra casa da tua mãe a gente se agarra escondido? Ou que sempre entre uma briga a gente acaba se beijando e depois voltamos a brigar? Era isso que você queria que eu dissesse pra sua namorada? Porra Aguiar! A menina gosta mesmo de você e você não dá a mínima!

- E você dá né? - ele riu sarcástico. - Eu percebi como você pensou nos sentimentos da sua nova amiguinha enquanto me beijava - ele começou a ficar vermelho enquanto falava. Eu peguei a primeira coisa que vi pela frente [que no fim das contas era um pé do tênis dele] e joguei pra extravasar minha raiva, e acabei acertando bem a testa do retardado - Sua maluca! É isso que você é: DOIDA!
- Sai daqui! Sai daqui agora Aguiar! Eu não acredito que eu beijei você, que eu quase... SOME DAQUI - meus olhos estavam ardendo de raiva, mas eu não choro nunca mais na frente desse ogro, nunca mais. Ele pegou o outro pé do tênis, abriu a porta e falou baixinho:
- Não conta nada pra S.

A Garota Da Porta VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora