Capítulo 2

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Continuei a segui-lo, e pelo que parece estamos indo para o jardim da casa.

- Pronto, já podes falar.- ele disse num tom triste e um pouco bravo.

- Gabriel, é o seguinte - falei bem calma, não queria nada ficar de mal com ele e ir embora com um peso na consciência - passa-se alguma coisa contigo, não falaste uma única palavra á mesa. - ele ia responder, mas antes que ele dissesse o que já imaginava ele dizer, falei. - E não venhas com histórias de que não é nada, porque é sim. Anda, podes começar a falar.- lembrei-o.

- Olha Alice, vou falar de uma vez, isto até pode parecer muito clichê, mas vou dizê-lo na mesma, és a minha maninha e a minha melhor amiga, e eu não vou conseguir estar muito tempo sem ouvir a tua risadas, as tuas conversas bobas, a tuas choradeiras e até mesmo zangas, eu adoro-te imenso e tu sabes disso. Vou sentir tanto a tua falta...- ele falou tudo com um sorrisinho sereno no rosto, mas no final eu vi rolar uma pequena lágrima e ele abaixou a cabeça olhando pro chão.

Não me contive e corri até ele e o abracei o mais forte que consegui e sorri, quase chorei pois aquelas simples palavras tinham-me deixado comovida, mas como eu disse, quase. Afastei-me do Gabriel olhando-o nos olhos, e agora que eu o observava bem, notava que ele tinha perdido algumas noites de sono.

- Eu digo o mesmo, eu também te adoro imenso, mesmo muito acredita. Não te preocupes comigo, ok? Eu também não vou viver lá pra sempre, a minha vida toda está aqui, 'tá ligado ? Eu venho visitar-vos sempre que eu poder, garanto-te. - avisei-o e lhe dei um beijinho confortante na bochecha. Ele sorriu, e que sorrio, um sorriso que só meu irmão consume, um sorriso calmo, mas que deixa todas as garotas babadas, retribui o sorriso e o abracei de novo, mas desta vez o abraço era mais forte, cheio de sintonia e carinho.

- É melhor irmos indo, não achas? -falei para meu irmão depois de segundos ,(mas que pareceram uma eternidade) abraçados. Ele assentiu. Viramos-nos e fomos recebidos com o sorriso orgulhoso de meus pais á entrada do jardim, e junto deles estava minha melhor amiga Julia, que também sorria boba para Gabriel, uma vez que ela o achava um "Gato" há muito tempo, mas eu sabia o tipo de amiga que tinha e nunca a deixei dar o próximo passo.

Corri com vontade até Julia e a recebi com um abraço cheio de saudade, pois já não a via nem falei com ela desde sábado e hoje era segunda, e nós falamos TODOS OS SANTOS DIAS.

-Meninas falem-se rápido porque já estamos atrasados para ir para o aeroporto.- minha mãe interrompeu nosso momento de " Besties 💘"

Fomos para dentro de casa, me despedi de Júlia, pois ela não podia me levar no aeroporto, peguei minha carteira, dei um até logo á casa e nós quatro entramos no carro.

-Siga para o aeroporto!!!- gritou meu pai animado antes de carregar no acelarador do carro. Nenhum de nós conseguiu conter e demos algumas gargalhadas, eram momentos em família que eu tanto amava.

Finalmente chegamos ao tão desejado Aeroporto de Lisboa. Não tive de esperar muito pela chamada avisando que o avião já estava pronto, e aí a coisa se complicou, eu não queria nada me despedir da minha família.

Primeiro dei um beijão no papai, depois na mamãe e a seguir no Gabriel. Não foi algo muito "BOOM 😱" porque nem eu nem a minha família queria chorar então ficamos por isto mesmo. Peguei em todas as malas e fui andando até ás escadinhas do avião, olhei uma última vez pra eles e mandei um beijo no ar, pois havia percebido que eles sorriam para parecerem ser fortes, mas eu já os conhecia.

Entrei no avião e... UAU 😍 que máximo!! Sentei-me na minha cadeira, que por sorte era á janela, coloquei meus fones e comecei a ouvir uma musica muito na moda agora, "Don't mind " (música na mídia) , peguei meu livro "A culpa é da estrelas" de dentro da minha carteira e comecei a ler.

Acabei dormindo.

🎼🎼🎼

Bom gente, mais um capítulo, espero que gostem.
Favoritem e comentem, não se esqueçam!!! 😊😉

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