Capítulo 7

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Postado em:
Dom, 18/09/16 20h38

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- Oi Diário! Tanta coisa aconteceu...
Eu desistir da menina dos bolinhos! Acredito que não tínhamos um futuro. Fiquei mais próxima da minha mãe, outra vez, e deixei ela cuidar de mim.

Diário, do que você tem medo?


- Eu tenho medo de não ser feliz com a pessoa certa. Não que eu não acredite em alma gêmea ou tampa da panela, mas eu tenho medo. E se não for a pessoa da minha vida? E se não for a minha vida? E senão me amar? E se, e se! É tão chato ficar se perguntando isso. Eu não quero viver de "E se" ou de "talvez". Eu quero viver. E não sei o porquê, mas voltei no meu passado na tentativa de ser feliz outra vez: Eu fui atrás dela. A mulher que eu sempre amei. E acredito que não vou deixar de amar.

Hoje eu a vi... e como sempre ela estava linda, com o seu sorriso no rosto acompanhado de sua beleza. Como eu pude machucar esse sorriso um dia?!

É incrível, como depois de todo esse tempo que a fiz chorar e falei coisas absurdas, ainda sinto aquele frio na barriga quando a vejo. O coração ainda acelera quando a olho, e o beijo? Aaah o beijo... ainda é o mesmo, seus lábios com a mesma maciez e cor como da primeira vez que os sentir.

Nada mudou, apenas eu.

Eu queria um tempo pra mim. Mas acabei ficando só com a música. Não foi um tempo perdido, eu também ganhei. Esse pequeno e grande tempo passei pensando nela, refletir bastante sobre mim e a minha vida, e acho que não quero só a música e meu cantinho, quero ela e ser dela. Quero beijá-la e ser beijada, quero dar e receber.

Assim que termino, guardo meu diário no lugar de sempre. Depois que o solto ela me vem a cabeça. Como não lembrar do primeiro amor?! O melhor professor. Ele nos ensina a amar, a cuidar, a respeitar, a cativar, e por não ser correspondido: nos ensina a odiar.

Eu não me arrependo do passado. Pelo contrário, sinto falta. Afinal, foi nele que encontrei ela. E se não fosse ela, um: eu te amo, um olhar bobo, uns ciúmes de vez enquando não aconteceriam em mim.

  -- Eu não aguento mais. - Pego meu celular que estava na cômoda e disco o número dela. Depois de tanto pensar, resolvo ligar. Naquele momento, era, a melhor coisa à fazer.

- Sophia?

- Alô? - Do outro lado Sophia me responde e meu coração disparar.

- Nem tudo estar perdido - Começo - Acho que precisamos conversar e terminar o que começamos.

- Brenda, do que está falando? - Pergunta Sophia um pouco confusa.

- Como assim? Você não entendeu nada? - Digo com uma das mãos na cintura.

- Provavelmente. - Responde Sophia embora ela sabe do que se trata o assunto.

- Eu já disse o que foi dito e me recuso a repetir. - Digo muito indignada.

- Brenda... - Começa Sophia - Eu amo você. Mas eu realmente não esperava que tomasse essa atitude.

Diário De Um TrouxaOnde histórias criam vida. Descubra agora