Capítulo 17 - Vingança

177 4 0
                                    

— Oh meu Deus! – é a única coisa que consigo dizer – Entra!

Dei espaço para ela passar e entrar. Camry estava em uma situação de dar dó. Completamente em prantos. O rosto estava inchado e os olhos vermelhos. Da pra ver que ela está chorando por um longo tempo.

— Senta! – apontei para o sofá – Felipe pega um copo de água para Camry e será que depois você pode dar banho na Ang?

— Er… Claro! – ele fala

Felipe vai buscar a água e a Camry continua chorando. Ela se senta no sofá e se acalma um pouco quando bebe da águia que Felipe lhe entrega

— Está melhor? – pergunto quando Felipe se retira

— Tudo o que eu não to é bem! – abaixou a cabeça e coloca o copo em cima da mesinha de centro

— Quer um abraço então? – ela acena e eu a envolvo em meus braços

Ela continua chorando, mas conforme o tempo vai passando, suas lágrimas vão cessando e ela vai se acalmando

— Sabia que minha mãe parou de beber? – ela olhou para mim

— E isso não é bom? – perguntei cautelosa

— Sei lá… – deu de ombros – Não importa o jeito que ela esteja. Ela sempre me faz sofrer!

As lagrimas dela voltaram, mas não está aquele turbilhão, que estava quando ela chegou. Agora elas estão calmas.

— Você disse que seu pai morreu… Eu sinto muito!

E eu realmente sentia. Sei como é perder os pais e não é nada fácil. Parece que arrancam um pedaço de você, deixando um grande buraco e não importa quanto tempo passe, você nunca consegue tampar esse buraco e a dor continua. A única coisa que melhora é você aprende a suportar essa dor.

— Obrigada… – ela fungou – Minha mãe mandou desligar os equipamentos. Ela disse que ele não podia mais ficar assim, pois ela só ficava pior… O enterro vai ser amanhã.

Ela terminou com um suspiro

— Você não acha que é melhor assim? Quero dizer, não me entenda mal, mas faz tantos anos que ele está naquele estado… Você tinha esperanças de que ele ia acordar?

Falei com a maior cautela que eu podia. Não queria que ela pensasse que eu era insensível e não ligava pra sua dor

— Acho que eu ainda tinha uma esperança. – deu um sorriso fraco – Mesmo que ele não acordasse, eu sabia que ele estava lá. Ele ainda respirava e me fazia sentir como se nada tivesse mudado desde o acidente. – sua voz foi um pouco mais alto que sussurro – Eu sei que parece patético, mas…

— Não é patético! Ele é o seu pai e você o ama.

Ela suspirou e deitou sua cabeça em meu ombro

— Não quero mais ficar naquela casa! – ela fala depois de um tempo – A única coisa que me mantia lá, era o meu pai. Agora ele não vai estar lá e minha mãe me odeia. Bêbada ou não.

— Se quiser ficar aqui… – eu sugeri e acariciei seu cabelo

— Não posso! A sua irmã não vai concordar. – ela levantou a cabeça

— Minha irmã não vai ser importar. – sorri – Você é mais do que bem vida aqui.

— Obrigada… Eu vou pensar!

Depois que Camry foi embora, eu subi para o meu quarto e encontrei o Felipe brincando com a Angel, em cima da minha cama. E a Ang estava tão fofa. Ele realmente deu um banho nela.

ReviverOnde histórias criam vida. Descubra agora