Capítulo 20 - Conciliação

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A idéia de ter Bella... Toda para mim... Por uma noite inteira... Encheu-me de alegre expectativa e comovente ansiedade. As últimas semanas tinham sido preenchidas com medo – de Victoria, os Volturi, os assassinatos em Seattle – por cima da formatura e todas as trivialidades humanas. Parecia que vivíamos em uma reviravolta constante. Como eu algum dia pude pensar em Forks como uma pequena cidade triste e chata? Quase desejei pelos dias quando minha existência parecia com uma interminável, eternidade sem incidentes... Quase. Exceto que a razão da reviravolta era a linda, pura, perspicaz garota sentada diante de mim.

Então olhei para ela. Ela estava dirigindo – cuidadosamente, responsavelmente... lentamente... a brisa apanhou seu cabelo, jogando ele e seu cheiro em minha direção. Ah...

Uma noite inteira de paz – só eu e ela. Isso era o paraíso. Exceto que ela iria querer falar sobre a batalha por vir, o risco para minha família e os lobos – completamente ridículo – e se preocupar com o desfecho disso tudo. Eu tinha outra agenda. Sorri para o pensamento de dar a ela o amuleto de diamante que ela já tinha concordado em aceitar. Minha mente vagou brevemente para outra peça de jóia que eu desesperadamente queria dar para ela. Se apenas... Eu não ousava esperar. Mas esta noite, eu queria que fosse tudo sobre nós.

Em um golpe preventivo para definir o tom para esta noite, eu supliquei-a, "Será que nesta noite podemos tentar esquecer tudo e sermos apenas eu e você? Parece que jamais consigo tempo suficiente livre assim. Preciso ficar com você. Só você." Tentei persuadí-la com meu olhar mais deslumbrante como ela o chamava, antecipando sua resistência.

Surpreendentemente, não recebi nenhum argumento, sem hesitação. Talvez ela estivesse apenas tão ansiosa para passar algum tempo sozinha comigo como eu estava com ela.

Para ser honesto, não era só tempo sozinho que eu queria. Eu queria 'ela' – de mais formas do que uma. A agora familiar fome estabeleceu-se em meu corpo enquanto eu a observava. Eu entendia sua hesitação para meu pedido de casamento, mas eu ainda queria sua mão. A visão que torturava minha existência – ela andando pela ilha, no braço de seu pai, vestida de branco, em direção à outro homem... Eu me encolhi. Essa visão me dirigiu a quebrar o silêncio há apenas um ano e meio atrás. Eu queria isso para mim.

Noite passada, vendo-a sentada com sua cabeça encostada contra... ele. Isso se tornou tão claro para mim. Eu precisava lutar por seu coração esta noite tão duro quando eu iria lutar por sua vida amanhã. Depois de tudo, ela ainda era humana e seus sentimentos por – aquele cachorro – não eram tão benignos quanto ela acreditava.

Ela sempre tinha sido uma motorista dolorosamente lenta, especialmente nesta caminhonete anciã. Mas em vez de me deixar insano, esta noite eu simplesmente apreciei sentar ao seu lado, assistindo suas expressões mudarem quando ela pensava sobre o que quer que estivesse em sua mente. Aquela linda, brilhante, confusamente silenciosa mente. Eu sorri.

Ela finalmente entrou no quintal, para nosso paraíso por esta noite, um farol na clareira escura. Tudo bem, então eu não estava tão paciente quanto pensava. Eu estava ansioso para trazê-la aqui, longe dos ouvidos e olhos indiscretos, porque ela finalmente concordou em aceitar um presente dado por mim. Me deixava em êxtase finalmente ser capaz de dar algo para ela, mesmo se não fosse o anel da minha mãe.

Eu estava em sua porta em um instante – não tinha mais necessidade de mover no ritmo humano. Sim, eu estava um pouco impaciente! A longa viagem era como o prelúdio da noite que estava por vir, um aperitivo antes do prato principal. Encolhi-me para a analogia pobre. Puxei-a para mim enquanto agarrava sua bolsa e fechava a porta da caminhonete. Então, meus lábios encontraram os dela e todos os outros pensamentos se focaram nisso. Ela era minha e estávamos em casa. Meu corpo agiu por conta própria, carregando-nos até a casa, através da porta e pelo caminho de entrada. Eu não poderia dizer que estava totalmente consciente de como chegamos aqui. Quando eu beijava Bella, o mundo se derretia e as coisas mundanas, como caminhar, eram trivialidades indignas de consideração. Tudo que eu queria, naquele momento, era manter seus lábios presos nos meus, reivindicando-a como minha.

Eclipse - Visão de EdwardOnde histórias criam vida. Descubra agora