Ciumes- encontro explosivo

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4 de janeiro de 2016

O dia de hoje estava um pouco diferente dos de antes.
O dia amanheceu frio, nublado, já eram seis da manhã e ainda parecia ser madrugada de tão escuro que o céu estava.
Como levantar da cama assim?
Mas no caso de Alaska e Lucas, parece que ambos esqueceram de seus quartos e de suas camas. Depois da seção de filmes ambos ficaram por lá conversando e ambos acabaram por adormecer, Alaska estava deitada no peito de Lucas e o mesmo estava apoiando sua cabeça na dela.

Alguém teria torcicolo.

Alaska desperta devagar com os raios fracos de sol em seu rosto, a platinada se apoia no peito do moreno e se levanta devagar, quando seu cérebro acorda definitivamente a menina se assusta com a situação.
-eu...dormi nos braços do Lucas? -a garota sussurra para si mesma, em duvida, suas bochechas já haviam atingido a dor do cabelo do Castiel. - Lucas...você é tão lindo e frágil dormindo...nem parece o bad boy que é. -curva os lábios em um sorriso pequeno e terno, começando a acariciar o rosto do primo

Como um relógio.

O coração da garota batia como aqueles relógios cucos, um tic-toc constante e alto. Seu primo não era como ela imaginava, viver com ele era totalmente diferente de vê-lo uma vez por ano. Ele não era tão ruim assim...
Barulhos de panelas e saltos vem da cozinha, Alaska deduz que sua mãe e sua tia já acordaram. A garota se levanta e vai devagar em direção ao quarto para tomar banho e se trocar.

[Lucas Pov's

Sinto algo quente tocar minha bochecha, provavelmente é a Alaska.
Ele disse algo antes de começar a me acariciar mas eu não ouvi bem, ainda estava dormindo. Depois sinto que ela se levanta e me vejo livre para abrir os olhos e soltar um longo suspiro.
-já amanheceu é? -digo para mim mesmo, um pouco decepcionado pela noite ter terminado. Acho que nunca estive mais envergonhada mas ao mesmo tempo mais feliz, eu via a Alaska como uma garota birrenta é mimada, mas depois de começar a de fato conhecê-la, vi que eu estava mais que errado.
Olho meu relógio de pulso

6:40 PM

O que? Mas...EU SÓ TENHO 35 MINUTOS! como um raio entro no banheiro, este dia vai ser longo.
[Lucas Pov's off]

Alaska desce as escadas já pronta e se senta à mesa para o café, mas já é bombardiada de perguntas pela tia

-o que você e o Lucas faziam agarrados não sofá?! -ela pergunta meio nervosa
-calma irmã, eles só acabaram dormindo -Priscila mostra um belo sorriso
-Sim tia, estávamos conversando e ambos apagamos. -sorri um pouco nervosa - e eu estou quase atrasada! -Alaska pega uma torrada e sua mochila e sai correndo em direção à escola.

(QUEBRA DE TEMPO- escola)

Lysandre andava de um lado pro outro pela escola atrás de seu bloco de notas, sem se preocupar com os horário afinal, tinham uma aula vaga.

-onde deixei meu bloco de notas? -pergunta para si mesmo.
-nem tirou da sua mesa. -Armin se aproxima rindo, verdade, ele nem tirou o bloco da mesa ainda
-obrigado Armin. -suspiro pesado- eu acho que rodei a escola toda três vezes atrás dele. -sorri levemente, ofegante.
-aqui. -o gamer entrega o bloco para Lysandre e se despede voltando a jogar
-eu vou ao jardim. -após isso Lysandre se levanta e senta-se sob uma das árvores, abre o caderno e leva a ponta da caneta a boca, sobre o que ele escreveria?

[Alaska Pov's on]

Entro na escola já em exaustão. Por que eu fui correr se não tenho a primeira aula? Ando um pouco pela escola e cumprimento a todos. Por fim resolvo ir até o jardim mas vejo que a 'minha' árvore estava ocupada, É o...Lysandre. O único garoto que realmente me interessou, não só pela sua aparência, mas sim pelo seu jeito de ser e seu jeito de pensar.

-bom dia Lysandre. -me sento ao seu lado com um sorriso curioso- o que tanto escreve?
-Po...poemas...músicas e às vezes desenhos. -ele diz enrubescido. Que fofo! Sinto minhas bochechas vermelhas também, toda vez que ele sorri ou coisas assim eu coro.
-mesmo? Posso ver? -pergunto na esperança de uma resposta positiva
-não...desculpe. -ele desvia o olhar meio sem graça, mas eu o entendo.
-tudo bem! -rio baixo e abraço meus joelhos

Foi como mágica, conversamos sobre várias coisas, os assuntos vinham naturalmente, eu me sentia bem com ele.

[Lucas Pov's on]

Saio do quarto e desço as escadas indo pra cozinha, e SURPRESA! Não tem ninguém em casa.
-Mais uma vez eu vou tomar café sozinho...-suspiro e pego minhas Chaves e minha mochila- vou tomar café na universidade e...-avisto um papel sobre a mesa, era um dever de história e estava datado para entregar hoje. -Alaska...-sussurro e deixo um sorriso sem graça escapar de meus lábios

Saio de casa, mesmo estando atrasado para a faculdade me dirijo a sweet amoris, realmente, está escola me lembra um bombom, me perco no momento que entrei. Olho de um lado para o outro e avisto um grupo, ando até ele com a intenção de me informar.

-licença. -começo ganhando a atenção do grupo- sabem onde posso encontrar a Alaska? -nem preciso falar o sobrenome dela, pelo amor, acho que ela é a única com esse nome no mundo.
-ela está no jardim! -um garoto de cabeleira azul se aproxima de mim animado- me chamo Alexy! É o que você é da Alaska? Amigo? Ficante?
-namorado? -uma garota de cabelos brancos e olhos dourados pergunta sorrindo maliciosa.
-pri...primo. -respondo meio assustado.- onde é o jardim?
-vire à direita e conheça o inferno. -um garoto de cabelos peritos diz sem parar de jogar, franzo meu cenho de certa forma rindo do que ele disse
-ele não gosta de lugares abertos. -o azulado responde revirando os olhos rosados, eu nunca tinha visto algo assim. Olhos cor de rosa são possíveis? Bem, eu não posso falar nada, os meus são vermelhos.
-oh...-resmungo um pouco e saio de perto indo até o tal parque, quando chego lá encontro a Alaska aos risos com um garoto de cabelos brancos, eles parecem estar se dando bem. Sinto todo o meu Sangue ferver e ando até lá fazendo a melhor carranca que eu puder

-Alaska. -a chamo sério e ambos olham pra mim- você deixou essa lição de história, acho que é pra hoje.
-aí! É sim! -ela se levanta e pega a lição da minha mão com um sorriso satisfeito- obrigada Lucas!
-quem é o descolorido? -ignoro o agradecimento e lanço meu olhar mais ameaçador para o platinado, que também me olha feio. Opa...já tenho um rival é?
-Lucas! Não seja desagradável! -Alaska me repreende com um pequeno tapa no braço. Nem senti.
-não se preocupe, Alaska. -o garoto se levanta também, com um rosto sério, ele está me encarando como se eu fosse merda. -eu sou amigo do Castiel, estou acostumado com estupidez, principalmente sem motivo nenhum. -ele sorri de lado, este pirralho está me provocando?
-imagino que esteja acostumado a ser manda pau dele também. -retruco
-não, mas diferente de você ele diz no automático, já você, é falta de educação mesmo. Pura falta de senso. -ele cerra os olhos e cruza os braços. EU VOU MATAR ESSE MENINO.
-Chega! -Alaska se põe entre nós dois. -Lucas, obrigada, agora você pode ir. -ele me olha pidona e eu me viro para ir embora, mas claro que antes dei meu último olhar ameaçador para o sem cor.
Quem ele pensa que é?

Cartas de Alaska- A dor da indecisão Where stories live. Discover now