Capítulo 3 - Vingança

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André olhou em volta, acenou para dois soldados e os ordenou que levantassem o garoto. Um dos soldados cochichou algo em seu ouvido, fazendo seu semblante mudar completamente. Enquanto o garoto se levantava do chão com a "ajuda" dos dois soldados, André segurou o queixo do menor e perguntou:

— Qual é o nome do seu pai, moleque?

Os soldados não entenderam o motivo de André fazer tal pergunta ao garoto. Esperavam questionamentos sobre o valor da dívida ou como o garoto a pagaria, e não o nome do pai do menino.

— VOU TE PERGUNTAR PELA ÚLTIMA VEZ, QUAL É O NOME DO SEU PAI?

Aos gritos, André não conseguiu conter a raiva misturada ao ódio.

— M-meu... meu pai já morreu, Chefe, eu só tenho a minha mãe.

Tomado pela ira, André ordenou que enrolassem o menino em volta da cruz com fita isolante. Mais que depressa, os soldados providenciaram a fita e começaram a enrolar o Menor no altar. O menino gritava, prevendo que sua morte era iminente, e assim como os soldados, não entendia o que elevava a ira de André para cometer tal ato, mas todos ali já haviam percebido que existia algo mais extremo, a dívida do garoto não era digna de uma execução.

— Enrolem ele todo! Deixem apenas a boca de fora! Eu quero ouvir ele me pedir misericórdia! — A raiva de André sobre aquele menino era um verdadeiro enigma para os que estavam ao redor daquele cenário de horror.

De repente, o desespero tomou conta do Menor. Ele tinha todos os movimentos paralisados e os olhos vedados pela fita isolante quando começou a gritar pela sua mãe.

— MÃE! MÃE! MÃE! Alguém chama a minha mãe!

André puxou o gatilho da pistola, colocou a bala na agulha, mirou bem na testa do garoto e disse:

Pode chamar a sua mãe quanto quiser, tu só vai sair daí quando disser o nome do teu pai! — E soltou um palavrão.

Nocte Angelus - Acertos de ContasOnde histórias criam vida. Descubra agora