Athena | H.S.

2.

Athena

11 de Julho de 2016

Minha mãe levanta-se apressadamente e tira a camisa dobrada do saco analisando-a cuidadosamente.

Um rapaz de cabelo apanhado num coque aparece na porta da cozinha e lança um olhar aterrorizador a minha mãe. Mas quem ele pensa que é?

"Está aqui menino!" - A mulher entrega-lhe a camisa e ele puxa-a com uma tremenda força que por momentos penso que a mesma se pode rasgar.

Rasgar Athena? A sério? Possivelmente a merda da camisa custou mais que toda a tua roupa!

Possivelmente tens razão subconsciente mas nem a camisa mais cara do Mundo sobrevive nas mãos da pessoa errada.

"Volta a passá-la! Esta amarrotada nos punhos!" - O rapaz de olhos verdes manda e a minha mãe assente imediatamente.

"Sim menino! Vou fazer isso imediatamente!" - O rapaz revira os olhos com a aflição da minha mãe e só aí parece notar a minha presença.

Ele analisa atentamente as minhas roupas e solta um riso debochado. Ele está a gozar comigo? A sério? Nem todos podem ter roupas da Saint Laurent ou da Louis Vuitton.

Reviro os olhos mentalmente e foco o olhar na minha mãe.

"Precisa de ajuda mãe?" - Interrogo a mulher que liga o ferro de passar na tomada.

"Não é necessário querida! Já podes ir para casa! Mais uma vez obrigada meu anjo!" - Olho-a preocupada e suspiro.

"Tudo bem mãe! Eu vou indo e sabe que não precisa de agradecer!"

"Não te esqueças de levar o teu irmão ao futebol! Hoje tem treinos!" - Assinto e deixo-lhe um pequeno beijo na bochecha.

"Espera." - O rapaz chama-me e olho-o confusa.

"Que seja a ultima vez que entras nesta casa! Nunca se sabe o que pode acontecer!" - Ele ri ironicamente.

"Estás a insinuar alguma coisa?"

"Não, achas querida?" - Ele usa o apelido carinhoso da minha mãe e cruza os braços com um sorriso nojento.

"Podemos ser pobres mas somos honestos! Adeus mãe, tenho um resto de bom dia, porque parece que vai precisar!" - Gozo e faço o mesmo caminho de à pouco.

Ele estava a insinuar que eu poderia roubar algo do que estava naquela casa?

Gemo frustradamente, quando conhecer uma pessoa que seja rica e amável sem dúvida caiu algum santo do altar.

Cerca de 10 minutos depois chego finalmente a casa. Destranco a porta da entrada e grito o nome do meu irmão.

"Que queres chata?" - Allan grita do nosso quarto e eu apresso-me a entrar no mesmo.

"Já fizeste o saco com equipamento para o treino?"

"Sim. Ainda falta uma hora podes ir deitar-te na cama e ver o Dylan O'Brien. - O meu irmão goza não descolando o olhar do computador, não sei como ele aguenta estar tanto tempo fixado no computador a jogar algum jogo acerca de mortes.

Já para não falar que este computador já foi para compor umas 5 vezes e está lento.

"Tens algo contra o meu Stiles?" - Brinco e lanço-lhe uma almofada.

"Nada, nada! Apenas devias parar de imaginar um futuro perfeito com ele, sabendo que nunca te vais casar com ele!"

"Tu realmente podes falar muito por ainda achares que vais curtir com a Barbara Palvin."