Capítulo 16

2 1 0
                                    

Já devem estar aproveitando. Pensei revirando os olhos. Essa folga de meus pais é realmente merecida.

Já em meu quarto arrumei as coisas que iria precisar para mais tarde. Peguei um baby doll, escova de dentes e mais uma muda de roupas para amanhã e um conjunto de calcinha e sutiã. Coloquei dentro de minha mochila e deixei sobre a cama.

Desci em busca de meu almoço. Não tinha nada preparado em cima do fogão mas por sorte achei lasanha na geladeira. Esquentei uma fatia no microondas e comi com um copo generoso de coca.

Eram 13:00 hs da tarde. Ainda faltavam seis horas para que Daniel viesse me buscar e me levasse para a casa de Judite.

O que eu faria todo esse tempo aqui sozinha?

Comecei a pensar nas possibilidades. Não estou afim de subir e meter a cara nos livros como sempre faço. Pela primeira vez não quero.

O que será que Daniel vai pensar se eu bater em sua porta e o chamar para dar uma volta?

Bem, o pior que pode acontecer é ele dizer que não pode.
Já no quarto, troquei o uniforme que eu ainda usava e coloquei um shorts jeans, uma regata e sandálias rasteiras.

Tranquei a porta e saí em direção à cada de Daniel.

Toquei a campainha e foi ele quem atendeu.

- Oi Dani, você tá ocupado? - Perguntei.

- Não Clar, você quer entrar? - Ele perguntou exibindo seu lindo sorriso.

- Não. Na verdade eu vim perguntar se você não quer ir dar uma volta na pracinha aqui perto. A gente pode tomar um sorvete. - Sugeri.

- Ah, vamos sim. Mãe vou sair com a Clar, daqui a pouco estou de volta. - Ele gritou e fechou a porta.

Caminhamos em direção à pracinha.

- Que bom que você concordou em vir me fazer companhia. Se não tivesse vindo eu estaria sozinha em casa olhando para as paredes. - Falei.

- Você não conhece uma coisa chamada filmes? Normalmente se coloca em um aparelho de DVD e se assiste para passar o tempo e se distrair. É divertido. - Falou gargalhando em tom de deboche

- Seu idiota. - Falei dando um soco leve em seu braço.

- Aí! Doeu. - Ele fez drama em quanto alisava a região do braço que eu soquei.

- Doeu nada seu dramático. E eu conheço filmes tá legal? Acontece que lá em casa não os tenho. Nunca me liguei muito nessas coisas. - Expliquei. - Digamos que minha forma preferida de passar o tempo são os livros.

- E porque não fez isso hoje? - Daniel quis saber.

- Não estava afim. - Disse simples.

- Então, que bom que não estava afim e me chamou para sair com você, também estava em casa de cara pra cima e minha mãe me colocaria para ajuda-la no jardim.

- Ela adora jardinagem não é?

- Sim. Prazer, seu jardineiro de plantão nas horas vagas. - Brincou estendendo a mão.

Gargalhei ignorando seu gesto.

- Quer dizer que ela te coloca pra por a mão na massa?

- Em côco. Literalmente. - Ele gargalhou alto me fazendo rir junto. - Ela diz que cuidar das plantas acalma.

- E é verdade?

- Sim. - Ele articulou com a cabeça. - Faz realmente bem, mas hoje não queria me sujar com estrume.

A Felicidade Mora Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora