Capítulo Um: O garoto do carvão

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Eu não queria começar esta história aqui, mas foi neste dia em que minha vida ficou complicada (Quer dizer, mais que o normal.).
Tudo começou quando... Eu nasci.
Isso mesmo! Rony Marly, um pequeno garotinho de olhos azuis e cabelos negros, o mais estranho de todos os garotos dos Estados Unidos da América, nasceu em um dia de "Eclipse de Sangue" no ano de mil setecentos e quarenta e dois — que aliás, é uma data muito incomum para haver um eclipse — . E como toda gravidez inesperada o meu parto foi feito em um lugar às pressas: Dentro de uma mina de carvão — E sim, foi o único lugar em que meus pais pensaram na hora —. Por conta deste dia, eles pensaram que eu era uma praga que iria infernizar as suas vidas, até meu sobrenomes não é o mesmo que de minha família: Que eram os Rownligs, os maiores mineiros de toda a América. Eles me deram este nome: Rony Marly, por causa de uma outra família que imediatamente me compraram sabendo que meus verdadeiros pais não iriam cuidar de mim da maneira adequada, pois, o único filho que os Rownligs possuem possuía treze anos naquela época ainda nem sabia falar e andava de fraldas.
A Sra. Marly me odiou logo de cara, mas o Sr. Marly era o único que cuidava de mim: Ele me contava histórias, me alimentava, contava histórias, me coloca para dormir, contava histórias, me ensinou a ler quando fiz cinco anos. Aos seis, me ensinou a nadar, mas não fui muito bem pois quase morri afogado.
Mesmo completando onze anos, eu ainda brincava que os monstros dos meus livros invadiam a minha casa e começavam a me atacar, mas minha mãe (não a verdadeira, lógico) me repreendia.
— Você já está muito grande para brincar com essas coisas imaginárias! — Dizia ela.
— Mas, é se existirem? — Eu perguntei.
Ela apenas me redirecionou com um de seus olhares ameaçadores fazendo com que eu me calasse.
Aos treze, minha mãe, com a ajuda de minha irmã mais velha: Bianca Marly, convenceram meu pai de me levar para seu trabalho, para começar a ganhar dinheiro e me tornar homem. Mas acho que elas só fizeram isso para se livrar de mim, e fizeram bem, pois estava cansado daquelas duas mesmo.
Na mineração eu conheci meus verdadeiros pais e claro, eles me ignoraram. Logo, depois de um tempo, passei a ser conhecido por:Garoto do Carvão, o mais novo dos mineradores.
Agora vamos para a história que realmente interessa, no meu aniversário de dezesseis anos, no dia em que minha vida mudou completamente...

Óh, poderoso Thor solte seu trovão para destruir este maldito Loky! — Eu disse fazendo uma voz grossa enquanto brincava com meus bonecos que eu mesmo fiz dos deuses nórdicos. — Mas é claro amado pai, Odin, eu o farei! — Depois disso, comecei a fazer sons de explosões com a boca enquanto batia os bonecos um dos outros mas, ouvindo algumas risadinhas, eu parei com o que estava fazendo e fui investigar.
Ao olhar para a porta de meu quarto, encontrei quem eram as raras. Eram Bianca e sua amiguinha Therra, cochichando bem alto de propósito para que eu ouvisse.
— Viu? É o Garoto do Carvão. Dessa idade e ainda brinca com bonequinhos.
— Não são bonequinhos! — Eu gritei com raiva, fechando a porta na cara delas tendo certeza que acertei seus rostos fazendo-as gritarem de dor.
— Vou contar pra mamãe! — Ameaçou Bianca.
— Vou contar pra mamãe... — Respondi fazendo uma péssima imitação dela. — Dessa idade e ainda do fofocando pra mamãezinha!
Só ouvi um resmungo depois disso e passos ecoando longe.
Uma hora depois, fui convocado por meu pai que estava na cozinha.
— Bianca me disse que você ainda brinca com bonecos, é verdade? — Perguntou ele.
Eu apenas assenti.
— Meu filho, você está muito velho para isso! Precisa se enturmar mais com o mundo real!
— Qual é a graça nisso? — Disse enquanto revirava o olhar para fora pela janela. — Eu odeio o mundo real. A gente não voa, magia não existe...
—Magia!? — Dessa vez ele ficou mais preocupado. — Não quero mais você é esta sua imaginação, nem quero que toque naqueles bonecos e sei que está escondendo eles atrás de suas mãos.
E

ra verdade, eu estava com os braços para trás para tentar encobri-los mas, não deu certo. Ele acenou para que eu lá entregasse e assim o fiz.
— Posso continuar pelo menos lendo os meus livros? — Pedi.
— Desde que não influencie você demais! — Decidiu ele sorrindo, mas antes de Eu partir para o meu quarto, mais uma vez ele chamou a minha atenção. — Por falar em livros, quero lhe entregar o seu presente de aniversário...
Assim, ele entregou para mim um embrulho quadrado que estava assegurando entre suas mãos mas, como eu sou distraído, nem sequer percebi aquilo.
Eu abri para ver o que era, notei que era um livro de capa Vermelha e letras douradas e estava escrito: "Yggdrasil".
Em meu rosto se estampou um sorriso tão grande que não deu para encobrir.
— Um livro de mitologia nórdica! Como o senhor...?
— Eu encontrei ele no baú velho aqui no porão. — Respondeu ele me interrompendo. — Algo chamou a minha atenção quando o avistei e no mesmo momento me lembrei de você!
Eu agradeci mais uma vez e fui sair para a floresta para ler em paz o meu mais novo livro. Mas antes de sair, vesti outra roupa feito com couro de animais que eu mesmo cacei. Minhas botas eram de pelo de guaxinim, a camisa era com couro de alce canadense que meu pai comprou gastando todas as suas economias. Somente minha calça eram feitas de panos simples. Peguei minha pequena bolsa onde guardei o livro, meu arco e minha aljava de flechas caso algum urso quiser me atacar (E, como sabem, preciso de calças novas) e parti.
Eu corri pela cidade o mais rápido possível pela cidade. As vezes eu me esbarrava entre as pessoas.
— Cuidado! — Respondia algumas delas.
Outros me cumprimentavam e alguns criam de mim me chamando de "criança adulta".
Quando finalmente consegui sair da Cidade, entrei na parte mais afastada da floresta, perto de um pequeno lago, que era o meu lugar favorito porque sempre aparecia alguns cervos querendo água, então aproveito um tempo para caçar (Sim, este é o meu esporte favorito) e assim, consigo alimento para a minha família.
Me sentei em cima de um rochedo e comecei a folhear as páginas.
"Este livro é incrível!" Eu dizia para mim mesmo. Ele falava sobre Iggdrasil, a grande árvore sagrada que ligava os nove reinos. Dizia que Thor era o único que mais o usava para ir até Midgard (Como é chamado a Terra).
— Thor estava preocupada com a segurança de seu amado Reino, que estava sozinho pois, seu pai Odin, não estava presente. — Dizia eu lendo em voz alta (É, pode me chamar de estranho mas, eu estava sozinho então não me cukpam). — Então Thor disse 'Yggdrasil, me mostre o seu caminho!' E assim...
Antes que eu continuasse a ler, ouvi um barulho de algo se aproximando.
Era um alce, muito estranho encontrar um por aqui. Só que aquele animal era muito diferente, ele estava posicionado a vinte metros de mim, possuía um pelo branco e reluzente, seus chifres são duas vezes maiores que a de outros alces e o que mais me surpreendeu foi o seu tamanho. Ele era tão grande quanto um elefante, eu nem sabia se conseguiria mata-lo com uma flecha mas, mesmo assim, tinha que tentar.
Posicionei a flecha na direção do animal e...
Não sei o que aconteceu, era para ter causado algum efeito mas, a flecha apenas bateu em sua barriga e caiu no chão, fazendo com que ele se assustasse e corresse.
Tudo o que fiz foi xingar um palavrão e segui-lo.
Mas como eu me arrependi de ter feito isto...

Olá, gostaram do primeiro capítulo.
Se ainda não se sentiriam entusiasmado, continue lendo e sei que você gostará.
Pesso por seus votos e comentários que são muito importante.
Tchau!!! ;)

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