- Volte, eu preciso de um casaco! - Eu gritei enquanto corria para acompanhar aquele belo alce de oito metros. - Sem contar que minhas calças não servem mais em mim!
De vez em quando eu lançava flechas na direção dele mas, algumas erravam e outras acertaram-no sem nenhum efeito.
Depois de alguns minutos, pensei por um momento em desistir. Mas logo abandonei está hipótese, pois nem quando encontrei um urso negro desisti de conseguir a sua couraça.
Assim que meia hora se passou, o animal parou em uma área mas, antes de poder pegar uma flechas, eu cai em uma raiz de uma árvore e quando olhei para a frente, ele havia sumido, completamente.
Me levantei e comecei a procurá-lo mas, sem chance.
Eu estava em uma parte muito fechada da floresta, não sabia se conseguiria lembrar o caminho de volta. À minha frente, havia uma árvore muito estranha que parecia ser feito de pedra cinzenta, ela não possuía frutos e nem folhas, apenas alguns galhos e um enorme caule que parecia seguir rumo ao céu, era muito estranho eu não notar aquilo antes. Vi também que há uma abertura para dentro da árvore e ao entrar, notei também que bastante luz se concentrava ali. O que era um ótimo lugar para ler meu livro...
- Um animal sagrado levou Thor até o caminho de Yggdrasil e chegando lá, Thor começou a murmurar: " Grande árvore, me conceda a sua magia, o seu poder e revele o caminho correto. Óh, Grande Yggdrasil, me leve até Asgard!". E neste momento...
Mais uma vez, fui interrompido por um barulho estranho, era como um grito de algum pássaro. Depois disso um vento muito forte começou assoprar fazendo com que as páginas do meu livro se fechassem.
Olhei para cima e notei que era noite e coincidentemente a lua estava focando a árvore inteira por dentro é sua cor estava vermelha como sangue.
Tudo aquilo aconteceu tão rápido que achei que poderia estar imaginando tudo aquilo. A árvore de pedra começou a brilhar tão forte que não enxerguei mais nada além de um clarão. Eu não sei se foi por medo mas, por algum motivo, a primeira coisa que fiz foi...
- Mamãe! - Eu disse gritando enquanto corria o mais longe daquele lugar, olhei para trás mas, a árvore parecia que estava com uma iluminação de várias cores, como se o próprio arco-íris estivesse engolido ela. Depois de um tempo, e com muito esforço, encontrei o caminho de volta para a minha casa.
***
- Onde você estava? - Perguntou minha mãe e meu pai juntos quando encontrei com eles.
- Vocês não vão acreditar no que aconteceu! - Respondi e comecei a contar toda a história mas, quando cheguei na parte de a árvore brilhar fui interrompido por meu pai.
- Filho, mesmo que você tenha encontrado um alce deste tamanho nesta parte da Cidade, o que acho muito improvável...
- Mas, eu vi o alce... - Interromoi ele mas, fui impedindo pela minha mãe que continuou:
- Não existem árvores de pedra, muito menos deste tamanho!
-Eu sei que parece mentira mas...
- E não é?
- Mãe, eu nunca...
- Não me chame de "Mãe", eu não sou nada para você!
- Tia Brenda... - Continuei me corrigindo para o nome em que ela ainda deixa eu a chamar. - eu nunca mentiria para você, Eu tenho provas... - Fui até em direção à janela e apontei para a lua. - Olhe, ela ainda está cor de sangue. Ela começou a brilhar assim quando estava lendo o meu livro.
Eles também notaram a lua, percebendo que ela estava assim.
- Meu filho... - Continuou o meu pai. - é normal ela estar assim às vezes. No dia em que você nasceu a cor da lua também estava assim...
- E seus pais verdadeiros quase mataram você imaginando que era um mau presságio, já que ninguém mais nasceu neste dia. - Completou a tia Brenda suspirando, depois ela olhou bem firme nos meus Olhos. - Espero que tenha trazido alguma caça para a janta de hoje a noite.
Eu retirei meu olhar negando, só a deixando mais furiosa.
-Sua imaginação só nos traz problemas! Você acaba de fazer dezesseis anos, tem que crescer, não é mais uma criança para ficar imaginado coisas. - Mais uma vez ela suspirou. - Enquanto não se comportar como adulto, você está proibido de sair de casa para caçar ou fazer qualquer coisa estranha!
- Mas...
- Brenda tem razão! - Concordou o pai, apenas olhando para o meu livro que ainda estava em minha bolsa. - O meu pai também possuía este tipo de imaginação, ele dizia: "Midgard vai ser destruída por um temível Dragão!" Depois ele foi internado e morreu lá mesmo. Eu não quero nenhum filho louco...
- Eu não sou...
Ele levantou a mão pedindo tempo, depois acenou para o arco e a aljava para que eu o entregasse, e assim o fiz.
- Irei procurar algo o que comer, enquanto você... - Ele olhou para mim com decepção. - Ajude Brenda a arrumar a casa.
Depois disso ele partiu.
Tia Brenda me encarou como se dissesse: O que eu vou fazer com você? Mas ela apenas disse:
- Vá varrer a casa!
Eu esperei que ela saísse e comecei a brincar que a vassoura voasse até a minha mão, mas a Tia Brenda mais uma vez apareceu e me repreendeu batendo em minha cabeça:
- Vassouras não flutuam, vá até ela e varra este chão!
***
Meu pai voltou com duas lebres, o que pra nós, era muito comparado com um pequeno pato que eu trouxe uma vez.
E quando deu nove horas (eu sei que horas são pois moramos em uma fazenda perto da Cidade onde há uma igreja com um imenso relógio) todos nós fomos dormir com um pouquinho de decepção.
E eu era o único que não conseguia dormir, pois tudo aquilo estava na minha mente: o alce gigante, a árvore de pedra e aquela lua, principalmente ela. Eu tinha a impressão de que se aquela lua voltar a sua cor normal, eu não descobriria como tudo aquilo aconteceu, e se eu não for agora, não terei mais outra chance.
Chega, eu não vou esperar mais. Eu disse para mim mesmo. Tenho que descobrir o que está acontecendo.
Me levantei e silenciosamente vesti as minhas roupas de caça (Um casaco fino e vermelho com um capuz que cobre a minha cabeça, uma bota de couro e as mesma calças azuis que estava vestindo antes), peguei o arco e a aljava com o pouco de flechas que restavam. Penteei os meus cabelos pretos e antes de partir, não sei porque mas, eu peguei a bolsa contendo o livro Yggdrasil, já que coincidentemente eu estava o lendo quando tudo aquilo aconteceu. Depois disso, eu fugi. De volta para onde aquela bizarrice começou.
***
Eu estava igual à um louco andando de um lado para o outro procurando aquela árvore de pedra mas, acontece que eu não à encontrei. Comecei a xingar e gritar muitos palavrões sabendo que nada disso adiantaria.
- Que droga! - Eu berrei. - Como é que se consegue perder uma árvore gigante feito de pedra!
De repente, eu vi um brilho vermelho vindo da direção de meu livro. Eu o tirei da minha bolsa e o abri é notei que todas as palavras sumiram apenas deixando algumas frases que eu li em voz alta:
- Yggdrasil, me mostre o seu caminho!
E coincidentemente, mais uma vez aquele alce apareceu do nada, bufou e pareceu acenar para que eu o seguisse. E assim o fiz, sem saber que aquilo iria mudar completamente a minha vida...Então, gostaram. Não esqueçam de dizer o que pensam e de votar, pois sua opinião é muito importante.
Ps: Alguém me indica um COVER, como podem ver pela capa, naum sei fazer uma. Pesso toda a sua ajuda e contribuição.
Tchau!!! ;)
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Yggdrasil: O Portal de Pedra
FantasyO mundo real, o lugar mais chato que já existiu e ainda existe. Por que não há um mundo em que seres mitológicos se encontram por todos os lados? Por que temos que viver em um lugar tão sem graça como este mundo? Sem magia, sem mistérios, tão sem gr...