Foi num emaranhado de emoções e confusões que eu te conheci. Como uma formiga numa multidão, quase impossível de notar, mas eu notei.Eu notei o modo como você sorria ou movia seus olhos em busca de algo que ninguém mais seria capaz de ver. Pequenos detalhes que fazem a total diferença, mas que ninguém procura.
Eu notei seus olhos, seus olhos âmbar vasculhando a multidão de corações sem sentimentos ou esperanças que existiam naquele lugar. Dizem que os olhos são a janela da alma, mas os seus olhos são muito mais, a sua alma é um mistério, e os seus olhos me fazem querer mais, muito mais, saber mais, te sentir mais, te encontrar.
Eu notei o compasso do teu coração batendo em ritmo descompassado em relação à multidão, impossível de controlar, pássaro que voa alto sem medo de cair. Acelerado, disparado, correndo, voando, subindo, mudando, buscando. O seu coração diz mais ainda sobre você. Às vezes calmo, quase parado, sua serenidade? Talvez, um mistério.
Eu te notei.
Então me aproximei, porque não? Depois de tanto te olhar buscando uma pista do que você poderia ser na minha vida, ou na sua própria vida, algo que me desse uma pista de que era você, mas eu não achei nenhuma e resolvi me jogar, me atirar em você e descobrir sozinha. Descobrir sozinha a tua alma, o que motiva o teu sorriso ou o que descompassa o teu coração, descobrir o que você é, o que você poderia ser.
No emaranhado daquela multidão eu encontrei você.
Eu fiz a maior descoberta da minha vida.
Você.

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Entre Palavras
Short StoryPoderia ser só mais um dia normal, ou algo completamente inusitado. Poderia ser só um café, ou viria acompanhado de algo mais. Poderia ser só uma garota, mas sempre tem algo mais. São contos, histórias, experiências ou devaneios. Nunca é tar...