Encontro

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OiOi

Voltei finalmente! Me desculpa pelo sumiço mas como já tinha dito, estava pensando seriamente em apagar o capítulo dos presentes, ainda não sei se for uma boa ideia não ter apagado, enfim, está aí o próximo capítulo 

Beijos da mamãe Junhao 

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Jun Pov's 

Qual o meu problema? Será que na hora eu não poderia ter pensado que não daria certo carregar essas coisas, eu pareço ridículo andando com essas coisas nas mãos, mesmo que embrulhadas, pareço um vendedor ambulante 

Entro na sorveteria procurando avidamente entre as mesas os cabelos tingidos de Minghao, ou suas saias rosas e bonitas, ele não está aqui, será que desistiu de mim? Poxa, ele tinha marcado o encontro, ele poderia pelo menos aparecer né? Não que eu esteja cobrando isso dele, se não quer me ver tudo bem, não vou força-lo a falar comigo, mas não posso evitar ficar um tanto chateado de não vê-lo ali, será que estou atrasado e ele achou que eu não vinha e foi embora? Encaro meu celular apertando o botão para desbloqueá-lo e poder ver as horas, não estou atrasado, são três horas em ponto, vou esperar um pouco, talvez ele, ou ela, acho que devia começar a me referir a ele desse modo, esteja atrasado

Me sento em uma mesa mais ao fundo para que não passe por ridículo com os presentes, não que eu tenha odiado comprar essas coisas, afinal, são para meu bebê, mas que não seja tão longe para que quando Minghao chegasse pudesse me ver, não quero que um mal- entendido aconteça, principalmente hoje

Eu deveria esperar Minghao chegar para pedir alguma coisa, seria falta de educação pedir antes? Estou morrendo de fome pois não comi nada no almoço, estava tão nervoso que minha barriga começou a doer, e tinha certeza que se comesse alguma coisa iria vomitar, enfim, acho que não dá nada. Chamo a garçonete que me olha como se quisesse me comer, será que se dissesse para ela que, da fruta que ela gosta eu chupo até o caroço eu seria muito estraga prazeres? Faço meu pedido e o tomo calmamente olhando o movimento envolta, essa sorveteria nunca fica lotada, não sei se é porque o sorvete é ruim -para mim não é- ou porque onde eu moro ninguém gosta de sorvete, a segunda opção não pode ser


Já se passou uma hora..acho que ele não está preparado para conversar comigo, tudo bem, eu posso entender, posso aceitar...eu posso 

Me levanto pegando os presentes do chão e indo pagar a conta antes de poder sair desse lugar e ,talvez, nunca mais voltar, agora por motivos pessoais, o sorvete não tem culpa, mas não quero lembrar do meu vexame toda vez que vir aqui, vou enviar os presentes dele pelo correio e não enche-lo mais, já deixou bem, claro que não quer me ver, eu tenho que entender apesar de não ter ideia do que fiz, ele podia pelo menos me falar o que foi tão ruim para que eu pudesse me redimir, acho que mulheres amam um bom drama, vai entender 

Enquanto caminho para minha casa não consigo evitar a decepção de não te-lo novamente para mim, mesmo que não tivesse verdadeiramente antes, sentia que alguma coisa estava começando a se formar, como por exemplo quando ele sorria para mim sem motivo durante as aulas e ficávamos nos encarando durante o resto da mesma, ou quando sua mão pegava na minha enquanto andávamos juntos para casa, quando sua cabeça ia de encontro ao meu ombro tão naturalmente enquanto escutávamos músicas deitados juntos em sua cama. Meus olhos ardem e não consigo parar um soluço que rasga minha garganta, eu o amo tanto, o que eu fiz? Por que ele está tão triste? O que devo fazer? Não sei se passo a odiá-lo -o que não conseguirei fazer-, ou se me odeio, eu o magoei, mesmo que sem querer, eu feri seu coração já machucado, Minghao é frágil demais, como uma boneca rara de porcelana, não pode ser tratado com desprezo e a miníma alteração no tom da voz já o faz chorar e ficar sentido, não estou reclamando, é claro que não, eu amo ter que protege-lo, amo que ele seja frágil e precise de mim, mesmo que agora recuse essa proteção. As lágrimas que escapam de meus olhos deixam minha visão turva e meu rosto encharcado, sinto os soluços mas não consigo ouvi-los, não escuto nada, só o som de meu coração batendo fraco por não ter Minghao para ditar como deve bater, como posso viver sem ter meu bebêzinho indefeso que precisa de mim tanto quanto preciso dele, talvez eu precise até mais

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Minghao Pov's 

Merda, as vezes eu odeio minha mãe, ela me obrigou a ver um filme de duas horas e meia com ela, nem pude me arrumar direito para ir vê-lo por isso estou com uma calça de lycra e uma regata comum, um arquinho segura meus cabelos ajeitados e pelo menos um gloss eu consegui passar, mesmo que ache que beijar de gloss seja ruim, não que eu vá beijar Jun, mas talvez possa acontecer, estou uma hora atrasado e correndo pelas ruas torcendo para que ele ainda esteja lá, ele me esperaria não é? Quem eu quero enganar, eu não esperaria um idiota que nem eu 

Entro na sorveteria e não o vejo, merda, eu sou um otário, me viro e vou saindo da loja quando o vejo do outro lado da loja, ainda da tempo, volto a correr até parar no meio da rua com um som que parte meu coração, Jun está chorando, chorando desesperadamente, nunca pensei que o veria chorar, poxa eu não acredito que fiz isso com ele, não posso acreditar que fui eu, dou mais alguns passos notando vários embrulhos me suas mãos, oh não, ele até comprou coisas para mim, se eu já me odiava, agora eu não tenho nem mais fibra para a raiva que sinto de minha pessoa, caminha atrás dele contendo minhas lágrimas e meus soluços que chamariam sua atenção, ele comprou coisas para mim, veio aqui e se esforçou, e eu, como o merda que sou, o magoei, talvez ele estivesse falando sério quando disse que me amava, talvez...ele...talvez Jun me ame, ele me ama? Ele me ama!

 Aperto o passo chegando perto de seu corpo, estendo meus braços agarrando a camiseta que cola em seu quadril, aperto o tecido de malha macia e espero que ele pare e se vire, quando isso acontece posso jurar que senti meu coração voltar a bater no ritmo normal, aquele que há anos não sentia 

Tum Tum 

Tum tum

Meu coração está batendo, está batendo como eu nunca achei que voltaria "Minghao" ele sussurra como se eu fosse um anjo ou uma miragem, se ele soubesse quem sou de verdade não teria coragem de dizer meu nome. Mordo o lábio o puxando para perto e colando nossos lábios como desejo há tempos, e quando sua língua desliza pela minha e suas mão apertam as minhas as guiando até seu pescoço eu percebo uma coisa que já deveria ter percebido há tempos, Jun sempre me conheceu, ele foi o único que ouviu minha história e não me olhou como se a culpa fosse minha, como seu eu fosse um idiota, pelo contrário, ele me apoiou, me abraçou e fez com que eu me sentisse seguro como sempre faz quando me abraça, me faz sentir vivo e livre, livre porém seguro o suficiente para bater asas e voar

Agarro os cabelos de sua nuca os puxando por entre os dedos e sorrindo satisfeito ao ouvir seu arfar de aprovação "Você acha mesmo que eu iria deixar você ir embora, sem um beijinho de tchau?" Perguntei timidamente sorrindo enquanto minhas bochechas ganhavam certo tom de vermelho 

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E ai? O que acham? Minghao fez certo? Foi rápido demais? Ele vai se arrepender 

Comentem e votem 

Amo vocês, beijos da mamãe Junhao 

Ps: Qualquer erro me desculpe o capítulo não foi revisado

"Eu Só Queria Ser Normal"Onde histórias criam vida. Descubra agora