Agora e para sempre

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Oioi

Estou tentando fazer os capítulos os mais rápidos possíveis, e se não estiver saindo é porque estou fazendo meu melhor para sair bom

Beijos da mamãe junhao

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Junhui estava acordado quando a chuva começou, não tinha conseguido dormir sabendo que Minghao estava com medo, a única coisa que vinha em sua mente, ainda totalmente desperta, era os olhos vermelhos do menino, encolhido embaixo das cobertas, choramingando a cada estrondo, aqueles que Junhui também podia ouvir, e que o deixava cada vez mais aflito, Minghao precisava dele, e  os barulhos eram avisos  de seu erro, o lembrando a todo momento da merda que fez

Sabia que se fosse agora, sua surpresa não teria o mesmo impacto mais tarde, mas ele precisava ver Minghao, então, mesmo que fosse 3:00 da matina, o maior levantou de sua cama, saindo do aconchego de suas cobertas quentes, os pés descalços contra o chão gelado e o coração acelerado. A roupa que foi pega no armário pouco importava, o que fez com que o garoto saísse de casa com uma moletom verde e o suéter rosa de gatinhos do Minghao, em seus pés, a pantufa de patos que o loiro tinha dado para o mesmo, estava ridículo, pelo menos era isso que pensavam quando olhavam para ele

Sempre que o moreno tinha que pegar o carro para ir fazer compras chatas com sua mãe, ou para ir a escola, o trajeto até o mesmo era rápido demais, não tinha como enrolar, porém, parece que o tempo passa mais devagar quando o desespero para chegar a algum lugar aperta no peito, é como se quiséssemos ir mais rápido que as próprias horas, quebrar aquelas barreiras invisíveis, virar ondas sonoras, mais rápidas que a própria luz existente, suas mãos tremiam, a porta não abria, palavras de baixo calão que Minghao nunca aceitaria ouvir o menino dizer era gritadas para a fria noite, cada segundo era contado por uma lágrima que ia de encontro ao travesseiro rosa do loiro

O tilintar das chaves no chão...

Um suspiro...

A porta bate...

O carro desliza pelas ruas vazias, apenas uma ou duas pessoas andando solitariamente pelas calçadas, calmos demais para o desespero de Junhui, é engraçado como ele é insignificante para aquelas pessoas tanto quanto elas são para eles, cada um tem um objetivo, cada um tem uma família, cada um tem um motivo para estar ali, um medo, uma causa, um sonho,  se pararmos para pensar na vida de cada uma das pessoas do globo terrestre podemos ficar loucos, em pensar que eles não poderão te ajudar, que em um momento como o do moreno, eles não o notam, porque não tem essa obrigação, eles tem suas próprias preocupações, não sei se dá para entender a linha de raciocínio do garoto no momento, porém, pare para analisar tudo a sua volta, pense, nas pessoas, em cada uma delas, pense em quando vocês estava desesperado para achar sua mãe no mercado e aquelas pessoas não pareciam notar suas lagrimas, porque estavam com pressa demais para parar e ajuda-lo, é estranho e chega a ser sufocante se olhar de certa forma, somos apenas uma pequena parte desse mundo, e talvez, não signifiquemos nada, muitas pessoas morrem em um segundo, e você nunca as conheceu, e nem sabe da morte delas, talvez, você já tenha visto o garoto que morreu de câncer no mercado, mas como pode se lembrar? Ele também era apenas um grão de areia no universo. Foi esse o pensamento do estudante até parar o carro na frente da casa do loiro, ele não sabia porque divagava de tal forma, talvez fosse o nervosismo pela situação, talvez ele só quisesse pensar em outra coisa, estava confuso demais para pensar em alguma coisa no momento

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Espirro miava com a cabeça enfiada no pescoço do  menor, que se encontrava encolhido na cama, tentando não pensar na queda de energia, e no fato de estar totalmente sozinho em sua casa, provavelmente sua mãe estava tranquila nos braços do amado, aquilo não causava ciúmes no garoto, e sim inveja, porque ele queria estar nos braços de seu amado

"Eu Só Queria Ser Normal"Onde histórias criam vida. Descubra agora