VIII. Sparkle

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[N/A: Olá pessoas!

Eu sei que tenho que postar a short fic Ziam que completa essa, mas juro que estou realmente enrolada na minha vida e que não sei fazer capas (como vocês já devem ter percebido), mas assim que me sobrar um tempo eu irei começar a postar.

Tem um vídeo aqui no capítulo, de uma banda que se chama Sadie. Eu escrevi o capítulo ouvindo essa música no replay, então quem quiser entrar no mesmo clima que eu, está ali em cima.

Boa leitura e muito obrigada pelo carinho :*]


Harry não soube o que dizer para o melhor amigo naquele dia de neve, quando ficou sabendo que Liam Payne, na verdade, era um humano. Um humano que por algum motivo que nenhum dos dois sequer conseguia desconfiar, permanecia ao lado do "dono" sem reclamar, mesmo que não houvesse nenhuma razão plausível para que ele o fizesse. E não só estava ao lado dele, como fingia veementemente que tinha um sistema funcional, agindo na maior parte do tempo como se não tivesse vontades, nem se magoasse... Nada. O que diabos levava uma pessoa a fazer isso consigo mesma?

Foi embora depois de falar a única coisa que poderia para Zayn: que conversasse com Liam. Que fosse honesto e que expusesse da melhor maneira possível o que sentia sobre aquilo, para que assim, talvez, recebesse a mesma honestidade de volta. Todos as pessoas possuíam motivos para fazer o que faziam, principalmente alguém que sofreu tudo aquilo de boca fechada. Zayn era um monstro com ele, os dois sabiam disso.

Despediu-se do Payne e foi embora da casa do amigo com Louis no colo. Ele ainda estava sonolento, mesmo tendo dormido a manhã toda. Apesar disso, só conseguiu convencê-lo a ficar acordado para comer as duas refeições do dia, porque de restante,ele apagou na cama, como se não tivesse forças para fazer mais nada.

Perto das 23:00, quando foi conferir novamente se o pequeno estava bem, percebeu que o garoto tinha uma febre extremamente alta. Suas pálpebras tremiam com intensidade e ele suava frio. O Styles mandou as instruções da PuppetsLine para o inferno, sobre não poder dar nenhum tipo de medicamento para o Puppet e lhe deu uma pílula de antitérmico, que diminuiu um pouco a febre, mas não a extinguiu. Foi quando a noite infernal realmente começou.

Já era a segunda vez que Harry trocava a roupa de Louis, que se empapava de suor rapidamente. Não fazia nem ideia de que horas eram, mas sabia que não havia dormido absolutamente nada e a madrugada estava alta. Não poderia leva-lo para um hospital, porque sabia que nenhum médico o atenderia, então tinha de cuidar dele sozinho. O mantinha deitado entre suas pernas, secando seu rosto e pescoço com um pano úmido. O Puppet não acordava, mesmo com sofrimento visível no rosto. Era como se estivesse em coma e aquilo apertava o coração do mais velho como se um punho gélido estivesse disposto a obrigar aquele músculo a parar de pulsar.

A primeira convulsão chegou às 02:14 da madrugada.

Ele começou a se debater na cama, todos os dedos se contorcendo, a boca entreaberta e logo em seguida fechada firmemente. Harry se desesperou quase automaticamente. Demorou vários segundos antes de fazer alguma coisa que prestasse e segurasse sua cabeça, evitando que ele caísse da cama ou se machucasse. Em seguida pegou a própria camiseta e colocou na boca de Louis, enrolada, com medo que seus dentes trincassem ou ele mordesse a própria língua.

A primeira crise passou em menos de dois minutos.

Mas a próxima começou quinze minutos depois.

Harry não tinha nenhum conhecimento em medicina, nunca teve que cuidar nem de si mesmo, que dirá dos outros, então passar por aquilo estava rapidamente se tornando um pesadelo em plena madrugada. Sem absolutamente nenhuma pista do que poderia fazer, ele apenas abraçou o corpo pequeno com força contra o próprio, ignorando duas décadas de descrença e rezando baixinho para que ele ficasse bem. Fosse o que fosse, convulsionar nunca era um bom sinal, principalmente quando havia montes de peças metálicas enfiadas em seu corpo, enviando impulsos nervosos que controlavam todas as suas ações e sentimentos.

O Inverso do Perfeito {l.s}Onde histórias criam vida. Descubra agora