Capítulo 05 - Escolhas

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Finalmente cheiro a liberdade. Estou fora de casa, consigo ver a frente dela daqui. Felizmente meu pai está bem, perdeu muito sangue, mas agradeço muito por estar vivo. Graças a Deus foi levado às pressas para o hospital. Queria ter o acompanhado. Se ele morresse, seria sozinho no mundo, só de pensar na ideia minha barriga dói. Enfermeiros me examinam com o medidor de pressão, fazendo curativos nos poucos machucados existentes. Muitos não entendem aquele braço de ferro inutilizado pendurado, quando me perguntam digo que é uma prótese, é a desculpa mais original que pensei.

Meu quintal está cheio de viaturas de polícia. Todos que passam pela rua param para matar sua curiosidade, aglomerando várias pessoas em volta também. Agradeço cada segundo pelos vizinhos terem desconfiado e chamado a guarda, se não fosse por isso, teria morrido com certeza. A maca com o cadáver do meu professor passa diante de mim, meu coração dispara. Ele morreu. Uma vontade de vomitar enorme passa da minha barriga e para em minha laringe. Eu não acredito que aquilo tudo aconteceu. O corpo está indo para o carro de IML.

-Senshin? Pode me acompanhar?-Um dos guardas aparece com a sua arma de grande porte em mãos ainda, o policial é grande quase dois metros, seu cabelo é castanho, seus olhos são verdes. Provavelmente vai pedir algum tipo de depoimento, isso acontecia muito com as séries polícias que minha mãe assistia. E se isso acontecer, eu realmente não sei oque responder. Dizer que estou em um jogo de Demônios não é uma opção válida.

-S-sim, Senhor. Respondo com hesitação.

-Me chame de Mario, por favor – Fala com um sorriso no rosto. Isso me faz me sentir a vontade com ele, me parece boa pessoa.

Balanço a cabeça em sinal afirmativo.

Andamos até sua viatura onde ficamos a sós. Ele guarda sua arma na parte de trás do carro, me fazendo me sentir bem mais a vontade. Bate com força para fechar o porta malas.

-Então, garoto. Todos estamos confusos com que aconteceu aqui. Poderia me dizer tudo? Fomos informados que aquele homem que os atacou, é um professor da escola que você estuda, certo?

-Sim. Respondo suando - Depois disso o que irei falar? Não sou bom com mentiras.

-Bom. vocês discutiram na escola, ou você caçoou dele de alguma forma? Talvez pudesse o ter impulsionado.

-Não. Eu e o professor Daniel nunca havíamos brigado. Na verdade não tínhamos contato algum depois das aulas. Ele lecionava e ia embora, normal. Um instrutor muito comum. Não sei nenhum motivo que ele teria para atacar a mim e minha família - Oque é verdade. Particularmente gostava muito das aulas dele. Lembro que tinha me emprestado um livro, Diário de Anne Frank, contava a história de uma garota judia que se escondia do governo Nazista da época. Eu o li inteiro, passei dias pensando nele.

-Ele demonstrava algum tipo de psicopatia? - Guarda pergunta novamente. Seu tom é sério, mas passa confiança. Não tanto pra falar a verdade.

-Não reparei – Fico me perguntando se realmente alguém repara na psicopatia de pessoas.

-Pronto. Estou satisfeito com essas respostas. Vou te levar a delegacia para você falar as mesmas coisas pro delegado.

-Tudo bem! Posso fazer isso depois que passar no hospital e ver meu pai?

-Não, precisamos que você vá agora. Depois nós o levamos para ver seu pai, ele está em boas mãos, e protegeremos você, garoto, relaxa – Até me sinto seguro sendo escoltado, mas será que demônios são a prova de balas? É só eu ir até o delegado, dizer as mesmas coisas que eu disse para o guarda, e poderei ficar junto ao meu pai, será fácil. Pelo menos espero que o delegado acredite. Fiquei intrigado com a insistência do Policial.

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⏰ Última atualização: Aug 23, 2016 ⏰

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