O que está acontecendo?

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Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?
Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ...

Renato Russo

{Não pensei duas vezes e atendi a suas palavras com altura}

[...] Olho para traz devagarinho, com receio de que seje meu pai. O medo tomou conta de mim, e meu coração acelerou junto de minha respiração, ao olhar para traz vejo a figura mais horripilante de minha vida: meu pai, com 2 prostitutas dentro do carro.
- A onde estás a ir?
- E, é, euu, e (Gaguego logo colocando minhas malas no chao em seguida)
- Você acha mesmo que vai conseguir me enganar tentando fugir de casa?
- (Fico em silêncio, porém mantenho a postura)
Ele me encarou durante uns 15 segundos até que minhas palavras quebram aquele silêncio
- E você? O que pensa que esta fazendo traindo minha mãe com essas duas ai?
-Não ouse a falar assim comigo! Eu sou seu pai! E sua mãe não se passa de mais um cadáver, que por sinal nem deve mais existir! Me respondeu num tom mais irônico.
Agora entre e guarde essas malas, espero que quando eu entrar minha casa esteja um brinco!
-Só quero te deixar claro que já tenho 18 anis e dou legalmente livre para fazer e ir a onde eu quiser!
Não pensei duas vezes e atendi a suas palavras com altura. Entrei primeiro que ele, abrindo o portão da garagem para que ele entre com as 2 prostitu...
PERA, o que aquelas duas prostitutas estão fazendo aqui em casa?
Termino de abrir completamente o portão e vou diretamente para seu quarto para que eu arrume aquela bagunça que eu tivera feito em suas gavetas. Arrumo tudo e coloco tudo em seu devido lugar antes que ele percebesse.
- Mariana, venha aqui, agora! Escutei ao terminar de arrumar o que eu tivera bagunçado.
-Essas são Mariah e Vanessa, encontrei elas em uma boate de meu amigo, elas são novas la no local. Trouxe- as aqui pois elas estão sem roupas para vestir, pois como são irmãs,e moram juntas o marido de Mariah, para se vingar da traição que Mariah lhe concedeu na mesma boate lhe deixaram na Rua, sem roupas ou sequer alguma coisa, então eu me ofereci a lhes dar um apoio. Quero que voce vá até o porão e pegue umas roupas..
Não deixei-o terminar a frase, pois já sabia o que ele iria dizer:
-Nas roupas de mamãe não!
-Como, não? Fui eu quem comprei tudo!
-Não admito que fale assim de minha mãe, ela poderia ter mil defeitos, mais uma coisa eu posso me orgulhar: minha mãe era muito trabalhadora.
Ele me olhou com um olhar sério e completou dizendo-me:
- Ande logo! Me poupe de suas baboseiras! Faça logo o que eu te mando!
Nunca admitiria que umas mulheres oferecidas poderiam usar a roupa de minha mãe, então continuei a encara-lo num tom de deboche:
- Eu não vou! Se você quiser, você que vá! Nunca conseguiria dar de minhas próprias mãos una roupa de minha mãe para umas mulheres que eu nem se quer tinha visto em toda a minha vida. Meu pai, me conhece como mais Ninguem, e por uma vez na vida, entendeu o que eu estava sentindo, mais como o orgulho fala mais alto, e as mulheres ainda estavam aqui em casa, ele não poderia deuxar sua imagem cair, e acrescentou:
-Suba para seu quarto agora! Você ficará 1 semana sem ir a escola! Quero você sem nenhum tipo de contato com o mundo la fora, só até você se acalmar mais um pouquinho..
Então, subi aquelas escadas, prendendo o choro e batendo meus pés contra os degraus, e arrastando aquela mala e aquela mochila nas costas. Quando cheguei em meu quarto não hesitei em questionar, o choro tomou conta de mim. Hoje tenho a plena certeza que estou excluída de tudo e de todos, ainda fico a me perguntar:
- Por que eu nasci?
-Por que eu ainda estou aqui?
Pois realmente sinto que não faço diferença para ninguém..
Depois de alguns minutos de depressão, escutei uns ruídos da porta e do carro, após isso deixei- me levar por um sono bem profundo..

Excluida da SociedadeWhere stories live. Discover now