Capítulo Vinte e dois

27 2 1
                                    

Sophia

Quando Ariel adentrou no quarto, logo percebi que ele estava transtornado. Ele chegou totalmente embriagado, gritando comigo, a princípio não sabia o por que, mas quando ele disse que eu estou o traindo minha respiração começou a falhar, meu coração estava acelerado como se tivesse corrido uma maratona, me acusou de não fazer mais amor com ele, -ele mal sabe que já não fazíamos amor, e sim sexo somente isso- pensei, mas quando ele sito o nome do Robert eu quase tive um ataque. Isso significa que ele sabe que eu e Jean temos um caso, ou melhor tínhamos um, não verdade eu nem sei se chegamos a ter um caso mesmo, ou até mesmo algo eu não passei de um brinquedo, um passatempo isso sim, tinha que falar com o Jean, o Robert odeia a minha mãe e assim passa a odiar a filha nesse caso eu, como se diz: Cada pastor com o seu cordeiro, ele não gosta da minha irmã Andreia.

Suja como me sinto, Ariel passou dos limites eu nuca cheguei a cogitar, que ele seria capaz de tamanha barbaridade, me obrigou a ter relações com ele, só eu sei o quanto tenho a culpa por te-ló negado o que ele queria. Mas nem por isso, há justificação para o que ele fez, independente de eu, não manter mais relações com ele, ele erro.

Neste momento estou no meu carro (Jeep grand cherokee), dando voltas sem rumo algum, diante desta chuva, em plenas 4h da madrugada eu estou acabada, logo que ele terminou de ter relações apagou completamente estava sobre o efeito do álcool claro, o álcool, sem ele não teria feito o que fez, só espero que não ponha a culpa no álcool.

Todos os que ficam embridados, praticam atos inadmissíveis depois colocam a culpa no álcool, mas não para mim a pessoa só faz o que já tinha vontade de fazer a tempos e não tinha coragem aproveitam-se da situação, que esse não seja o caso dele por que eu não irei tolerar, quando se está sob efeito do álcool você:

Fala o que tem vontade e não pode.

Faz o que quer.

Depois não recorda-se mais, ou somente finge não lembrar.

São tantas coisas que acontecem. Não tenho para onde ir, só me resta casa do Jean, e estou justamente em sua porta, desço do carro, levo a mala e entro como tenho a chave, tenho livre acesso. Vou direto para o quarto, estou encharcada tomo um banho, como e tomo três calmantes de uma vez só, e acabo dormindo.

*******

Acordo e ainda está escuro, estranho deveria ser de dia já, olho para meu celular e marca 19h da noite, abismada com o tempo que levei para acordar, olho para o teto não tenho nada a fazer e voltar para casa, não tão cedo, a única luz que ilumina o quarto é a da lua, sem isso está totalmente escuro, fico minutos olhando para o teto, quando me apercebo que não estou só, sinal de que há mais alguém neste cômodo, olho para frente e vejo ele olhando para mim, e posso claramente enxergar a sua expressão, seus olhos frios, sua postura irredutível, chega até amedrontar.

--Por que está aqui? -- inquire sem abater a sua postura.

--Então é assim que recebe os seus hóspedes?-- inquiro.

Que pergunta sarcástica, da minha parte estou na casa dele, e lhe respondo assim, mais ele também não ajuda mal sabe o que aconteceu comigo...

--Não respondeu, minha pergunta ainda.-- e mais uma vez sua postura inabalável.

-- É meio óbvio não?-- indago com sarcasmo e ele me fuzila com os olhos.--Não tenho para onde ir, já deve saber que sai daquela casa, e não volto tão cedo, se depender de mim nunca mais ponho os pés lá!-- afirmo

--O que aconteceu?

--Seu querido tio não lhe disse?-- indago

--Se soubesse, não lhe perguntaria.-- diz com certa raiva

--Então não será por mim, que saberá.-- digo

--PORRA! ESTA NA MINHA CASA E ME DEVE EXPLICAÇÕES SOPHIA!-- grita

--NÃO GRITA ESTOU COM DORES DE CABEÇA.-- grito

--MERDA QUE BICHO TE MORDEU?-- eu continuo calada.-- ME RESPONDE PORRA!

--Nenhum.-- digo chorando

Essa atitude me machuca Jean será que não dá para perceber? Não estou em condição para isso.-- penso

--Tudo bem, vamos ver se assim você entende.-- ele levanta o braço e mostra o frasco de calmantes porra!-- Pode me explicar isso? Dormiu a tarde toda e pelo que percebi, você chegou de madrugada, como teve coragem de sair com uma chuva daquela? No meio da tempestade, você não é mais uma criança para de fazer birra!

--Já chega.-- digo entre os dentes

--Quantos tomou?-- arregalo os olhos

--Como?-- me faço de desentendida

Agora sim ele me pegou, droga estou encurralada sei que não é certo o que fiz mas precisava esquecer, de tudo e todos..

--QUANTOS TOMOU?-- esbraveja

--Três...-- digo num sussurro

--O QUE?-- gritou

--TRÊS.-- grito

Não espero ele falar mais nada, saio do quarto apressada estou faminta, farei macarrão é algo que sei fazer muito bem modéstia parte. Jean até agora não saiu do quarto deste a nossa "conversa", vou para o quarto e ele está sentado na cama cabisbaixo, estupido. Vou para o banheiro, tomo um banho e volto para o quarto e me deito na cama, não tenho sono e não sei o que fazer ele está na mesma posição ainda, que triste que tudo acabou assim eu aqui e ele lá.

Em outros tempos estaríamos fazendo amor loucamente, sem pensar no amanhã quando estavam juntos era só eu e ele, mais ninguém era como se não houvesse um mundo lá fora, às vezes eu acho que o mundo conspira contra nós, contra mim, choro, choro que desde ontem é algo normal para mim.

--Esta chorando, não gosto de vê-la assim.-- fala arrependido.

--Me...me desculpe-- digo

--Não precisa eu que peço desculpas, não deveria ter falado assim com você, fui bruto e não deveria ter falado assim, estou arrependido acredite.

--Acredito sim.-- ficamos em silêncio até que decide falar não quero criar uma guerra entre ele e Ariel mas dane-se.-- Ariel me obrigou a ter relações com ele, contra minha vontade por isso sai assim, por isso tomei os remédios, me perdoa eu não tive culpa.-- engoli a seco.-- ele chegou transtornado completamente louco, me acusando de ter um amante, de não cumprir meu dever de esposa exemplar, disse que o Robert tinha razão.

--Robert? Robert William? O pai do Nicolas?-- inquiriu surpreso

--Sim ele mesmo.-- digo.-- temos que tomar muito cuidado Jean.

--Não se preocupe irei tomar providências.-- diz.-- Meu amor eu não deveria ter me exaltado, mas você sumiu meu tio ficou desesperado nem sua irmã sabia o seu paradeiro.-- diz me abraçando e fiquei entre suas pernas de costas para ele.-- Não acredito que meu tio fez isso!-- grunhe

--Ele estava bêbado.--digo

--Isso não é justificação ouviu?.-- assinto e ele beija meus cabelos e meus lábios .-- Vai ficar tudo bem, eu estou com tanta raiva dele tenho vontade de soca-lo, dorme amor vamos esquecer tá?-- ele cantou para mim e dormimos de conchinha.

Continua:

Porra Jean você vacilou, mas ela te entendeu e aí o que acharam sei que o capítulo ficou curto,
Mais no próximo irei compensar .❤️💚💛💙

The forbidden Woman (Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora