Cheguei.
Não me consigo manter de pé por muito tempo por isso vou a cambalear até a entrada, paro a porta. O que estou aqui a fazer? Isto nem era para ser nada, isto nem era para ser mais que uma simplesmente distração. A realidade é que nunca saberemos quando vamos ou não amar alguém então já que o deixei entrar, decido entrar também então.
Rodo o puxador e lembro me de todas as manias dele "Kath já te disse que não vou trancar as portas só porque é rotulado de seguro ou o que todos fazes, eu sinto me bem é desta maneira", " kath podes por favor por dois cubos de gelo no café", ou como quando descobri que ele amava o orvalho porque foi quando viu pela última vez a mãe.Quando ouvi tanto? Quando assimilei tanto?
Subo as escadas, neste ponto já estou sem energia para discutir abro a porta do quarto e lá está ele.
-Kath.- Ele sussurra.
Não digo nada, sei que vim aqui para respostas, mas o que é que isso importa? Para cair na minha própria decadência? Para me afundar como sempre faço? Não, avanço em frente dou lhe o que ele quer, da maneira que ele gosta, no fim levanto me olho o nos olhos e digo o que mais sincero sinto. -Nunca vais ter nada que não seja sexo, a tua mãe iria adorar-,e parto como se nada tivesse acontecido.
Jogo sujo como ele jogou comigo, não tenho receio de usar o ponto intocável porque honestamente só contribuiu para me lembrar.
Amor, relações, isso tudo que se ouve por aí? Tretas. Até me dá um certo gozo interior como me deixei cair em tal parvoíce e ilusão. Eu nasci para ser a negada, odiada e amar cada pedaço que traz pelo caminho. Subo as escadas, sei que ainda estou a chorar, sei que todos temos uma parte fraca, mas a única pessoa que a iria ver sou eu. E tão pouco ira alguma vez aparecer por tal motivo. Entro no quarto a Em está com olhar de quem chorou o dia todo, não faço perguntas, sento me a sua frente e assim ficamos, até me levantar passando minutos, ou horas que importa e perceber. O amor não passa de uma mentira e não era a única que perceberá isso.
