Antes das civilizações que conhecemos terem existido, Anhum havia criado os primeiros humanos para suprir sua necessidade de se conhecer.
Em um mundo novo e repleto de perigos, Anhum em sua grande misericórdia presenteou a humanidade com quatro guar...
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" No início era o silêncio..."
Mas fora perturbado pela batida estrondosa de um coração. A cada batida, uma explosão era gerada no universo, o caos era silencioso, mas aquele coração era ouvido até mesmo no silêncio.
A energia movimentada naquele martelar, construía-se o universo. Energias de cores exuberantes eram emanadas do centro daquela bátida, elas vinha do coração de um bebê que flutuava na imensidão do céu; Era Anhum, um bebê de um azul cinza e uma serenidade única... De olhos fechados ele parecia adormecer, mas quando toda a energia do universo voltou para seu corpo, um suspiro prolongado foi dado e ao abrir os olhos uma enorme explosão aconteceu. Estrelas foram arremessadas de seu peito, planetas se formaram com o calor de seu olhar e foram afastados com seu respirar.
Anhum acordou, e o universo estava pronto. O silêncio ensurdecedor era quebrado por duas palavras.
"- EU SOU!"
Após completar o seu universo, Anhum ainda não se sentia completo. Ele se sentia na obrigação de criar algo para habitar o seu universo, ele precisava de filhos.
O grande Deus novamente fechou os olhos, e a poeira cósmica que se espalhava pelo universo se juntou a sua frente com um respiro profundo dado por Anhum. Parte da poeira cinza tomou a primeira forma; Era uma criança, que no lugar da face trazia uma mascara branca que fazia os contornos do rosto da criatura, ela trazia um semblante de felicidade, sorrindo serenamente com os olhos fechados.
Em seguida outro suspiro foi dado e mais um punhado de poeira tomou a forma de um homem de meia idade, que trazia um semblante apático com os olhos abertos que observava tudo ao redor.
Por fim, Anhum fechou os olhos lentamente, demonstrando exaustão, e o último punhado de poeira fez o corpo de uma idosa, a mascara dessa idosa trazia um semblante triste e cançado.
Anhum olhou para suas três criaturas e sem que ele precisasse falar nada, foi entendido que eles eram os arquitetos da vida.
O Deus olhou para a terra de longe e em seguida para seus arquitetos, eles apenas fizeram que "sim" e voaram em direção a terra.
Deus fechou os olhos, agora ele descansa.
O primeiro arquiteto a chegar na terra fora a criança, seu voo em direção ao planeta foi rápido, e com um tremenda força se chocou com o chão da terra.
A criança adentrou o solo da terra, do chão brotaram insetos, de dentro das florestas saíram mamíferos e aves, os oceanos se encheram se peixes e répteis, todos os animais não humanos ganharam vida.
O segundo a chegar a terra fora o homem, ele pairou sobre o céu e seu corpo se desfez em névoa, névoa essa que se espalhou por toda a terra trazendo diferentes climas, fazendo os vulcões ferverem e as montanhas congelarem, em algumas partes do planeta as folhas amarelaram-se e em outra parte estavam plenamente verdes. Todo o clima da terra havia sido criado.
Por último, alguns dias depois, chegara a idosa, exausta se ajoelhou no solo, pegou um punhado de terra e passou a modelar os cinco primeiras criaturas. Cinco fêmeas e cinco de uma raça nunca vista, altos e com chifres de cervos. Em seguida ela fez na primeira humana beirando um rio, à dando um rosto puro e inocente, a primeira se chamaria Morgana.
Após cerca de 14 dias, os humanos que povoariam a terra haviam sido esculpidos, mas ainda lhes faltava a vida, mas antes um último projeto deveria ser terminado, os arquitetos se juntaram...
A Criança tomou a frente, e ao tocar uma pedra, ela tomou a forma de um ser de apenas um metro, curvado e de uma grande barba, em suas mãos trazia um cajado enfeitado com musgo e folhas, sua face era feliz e sorridente. Este era Manór, o guardião da terra.
A criança soprou seu rosto e seu corpo veio a vida.
Em seguida, a criança ainda eufórica e feliz por sua criação, andou até um lago próximo e com apenas um toque na água emergiu uma linda sereia, chamava-se Nyara, a guardiã da água.
De longe o homem observou as criações da criança, subiu até o céu e abriu os braços, uma grande quantidade de nuvens se aglomeraram a sua frente, um homem de orelhas pontudas se formou através daquelas nuvens, era Elflik o guardião do ar.
Por fim a idosa caminhou até uma montanha vulcânica por algumas horas... Cansada ela colocou as mãos dentro da lava e puxou um homem, este era Magnus o guardião do fogo.
Uma pedra rúnica foi dada a cada um dos guardiões, seus corpos absorveram-nas, agora eles eram imortais.
Os guardiões contemplavam os humanos ainda feitos de barro, Magnus observava Morgana de uma forma diferente, admirado com tamanha perfeição.
A arquiteta idosa começou o sopro da vida um por um e dentro de cada um, ela colocava uma semente da primeira arvore do mundo, esta semente os dava a alma.
Duraram duas semanas até que todos estivessem despertados, no fim o último homem acordou, a idosa já estava exausta quando deu a vida a Fausto, seu sopro foi fraco, mas ele acordou. O homem de cabelos negros, aparentemente mais velho despertou por último, dando início a primeira civilização do mundo.
( SE VOCÊ TEM ALGUMA DIFICULDADE EM LEITURA OU DEFICIÊNCIA VISUAL, VOCÊ PODE OUVIR ESSE CAPITULO DRAMATIZADO E AMBIENTADO NESSE LINK - https://www.facebook.com/bardosdeys/videos/902980416505068/)
