"You're in my veins
And I cannot get you out"
In My Veins - Andrew Belle
Passei a odiar Bob esponja.
Aquela esponja excessivamente feliz era o desenho preferido dele.
Odiava acordar sábado de manhã, naquela folga merecida, quando pegava meu sorvete , ,sentava no sofá como uma criança de 5 anos no corpo de uma mulher de 22 e batia de frente com Bob esponja na televisão
Maldito esponja amarela, maldita tv,maldita folga. Praguejava até os palavrões acabarem e como uma rotina sádica as lagrimas vinham sem que eu conseguisse controlar.
Tacava o controle o mais longe possível por que não podia tacar na cabeça de ninguem. Infelizmente.
Essa era a hora que eu pegava meu telefone. Era quase um ritual. Discava aquele número que ja sabia de cor, mas a ligação nunca começava. Eu não era tão corajosa.
E lá ia eu e novo. Discava outro numero, mas esse eu não conhecia de cor. A pessoa em questão atendeu no terceiro toque e ao contrário do que qualquer pessoa que me xingaria no sábado Luiza não reclamou.
- Você está chorando de novo?
- Eu não consigo parar - murmurei soluçando enquanto enfiava mais sorvete na boca.
-Você não quer. Quer que eu vá aí?
- Por favor.
-Estou cansada de passar meus sábado com uma garota chorona.
- Eu também te amo. - consegui sorrir meio as lagrimas extremamente dramática- Trás meus cigarros?
- Ok.
O som da chamada terminada de modo repentino não assustou. O costume com o jeito meigo porém meio grosseiro da minha melhor amiga.
Quando Luiza chegou eu não estava chorando mais e a cozinha estava infestada de um cheiro doce, a péssima cozinheira que eu era não me impedia de tentar.
Ela praticamente tacou o cigarro na minha cara e disse : " você tem que parar com isso" aquilo era quase um mantra, algo que ela repetia apenas para não se sentir culpada por comprar meus cigarros.
Nós passávamos a tarde toda conversando, falando sobre qualquer coisa. Sobre tudo e sobre nada. Fugindo tanto do assunto "ex" que eu não lembrei dele por um bom tempo.
Quando a tarde chegou, trazendo com a ela a vontade de sair, resolvemos que ficar sóbria sábado era inaceitável.
Paramos em um barzinho de esquina, e compramos algumas cervejas. Fumei alguns cigarros e bebi mais.
Ficamos bêbadas e ficamos sóbrias.
Por algumas horas eu esqueci do que tinha acontecido e a minha cabeça ficou vazia.
Mas, quando eu resolvi que o dia já tinha o dado o que tinha que dar -isso foi exatamente quando Luiza resolveu que eu tinha que ficar com algum cara daquele bar esquisito- e deitei minha cabeça na cama depois de Luiza se virar no sofá as lagrimas finalmente vieram de novo e eu lembrei o que eu fazia aos sábados e isso doeu.
A hora que eu fui dormir, eu sabia que o sol já tinha nascido.
Quando eu me sentei no sofá de novo, ao meio dia do domingo, depois de Luiza ter ido embora, dizendo que me ligaria mais tarde pra saber como eu estava, e liguei a tv e a voz do Bob esponja se fez presente eu não chorei, nem incomodei ninguém. Só comi o meu sorvete, deixando que dessa vez a dor me consumisse, para que assim, eu esquecesse de uma vez. Não por breves intervalos, não por felicidades breves.
Para esquecer de não lembrar.
-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-
Olá pessoas que estão lendo esses contos.
Eu queria explicar umas coisas.
Primeiro: No início está bem óbvio que ela demorou exatamente seis meses pra esquecer ele. Eu obviamente não vou colocar, as 24 semanas aqui, porque né, isso seria muito sofrimento pra mim.
Porquê? Seriam muitos capítulos. E eu não vou ter toda essa capacidade mental de escrever isso tudo. Até porque, eu acabei de passar pelos seis meses. Não vai ser legal voltar a tudo.
Segunda e última : A linha do tempo pode ficar meio confusa. Então, se você caro leitor, não conseguir entender essa linha do tempo confuso, comente.Obrigada pela atenção e espero do fundo do meu coração que estejam gostando.
2 bjs.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aquelas Coisas Depois do Término
PovídkyForam duas semanas pra começar a ama-lo e exatamente 6 meses para conseguir esquecer.