Apresentação da História

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E se o Brasil fosse mais mágico do que nos contaram quando éramos crianças? E se a nossa magia fosse além da existência de criaturinhas humanoides e pernetas? Se existissem perigos maiores do que o ataque de uma bruxa-jacaré de cabelos loiros - ex...

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E se o Brasil fosse mais mágico do que nos contaram quando éramos crianças? E se a nossa magia fosse além da existência de criaturinhas humanoides e pernetas? Se existissem perigos maiores do que o ataque de uma bruxa-jacaré de cabelos loiros - extremamente vaidosa -, ou animais ainda mais assustadores do que uma Mula-Sem-Cabeça?



A bem da verdade, nunca me senti atraído por nenhum dos nossos seres folclóricos. É bom frisar que isso não significa que eu não os admire, muito pelo contrário. Adorava assistir O Sítio do Pica-Pau Amarelo, nas extintas manhãs felizes que a Globo já proporcionou. Mas o fato é que esses contos e essas criaturas não são atrativas o bastante para adolescentes e leitores com maior idade. O folclore brasileiro passou por um processo de infantilização, tirando toda a essência dos contos originais. Como a Walt Disney fez com os contos dos irmãos Grimm, as obras de Lewis Carroll (Alice no País das Maravilhas) e J.M. Barrie (Peter Pan).



Quem disse que não há uma comunidade de bruxos em nosso país? É claro que há! E não apenas uma, afinal, nosso país foi colônia de diversos outros países culturalmente ricos em magia. Imigrantes da Bruxaria Tradicional, vindos direto do Reino Unido, seguidores das antigas tradições de Avalon. A ritualística e inesquecível magia oriental, trazida para cá pelos japoneses. A belíssima e refinada magia francesa, com sua tradição feérica. A Stregheria, tradição originária da Itália. E, é claro, como poderíamos esquecer das ancestrais tradições indígenas? Devemos lembrar que eles estavam aqui antes de todos nós... E você ficaria surpreso com as revelações que a Academia de Magia Vitorégia tem acerca disso.



Se há uma comunidade mágica em nosso país, é de praxe que exista também um local para que jovens feiticeiros aprendam a controlar seus poderes, assim como nós, meros mundanos, frequentamos a escola e, posteriormente, a universidade, em busca de controlar nossos dotes sociais e intelectuais. O que seria do mundo se não houvesse o ensino? Seria um desastre. Exatamente como já foi um dia.



Há muito tempo, nos primórdios do ensino mágico, cada aprendiz tinha o seu próprio mestre para lhe guiar nos caminhos da magia. Ambos criavam uma relação que durava por anos, talvez séculos, até que todos os ensinamentos do mestre fossem passados para o aprendiz. E assim sucessivamente pois, afinal, o aprendiz logo se tornava um mestre e adotava o seu próprio discípulo. Contudo, em tempos modernos, com o crescente aumento da população mágica, a era dos mestres e aprendizes chegou ao "fim". Não haviam mestres o suficiente para ensinar todos os jovens que nasciam com o Dom da Magia e, portanto, o Conselho Internacional de Magia optou pela criação de Centros Educacionais, onde um único mestre lecionaria para muito mais do que apenas um aprendiz. E assim nasceram as Academias de Magia, espalhadas por todo o globo, uma mais peculiar do que a outra. Todas com o mesmo objetivo: Treinar jovens poderosos e, muitas vezes, até perigosos.



A Academia de Magia Vitorégia é uma das centenas de escolas de magia que existem, sendo uma das primeiras a ser criada no continente americano. A sede é um castelo de proporções gigantescas, situado no topo da montanha mais alta de Hy-Brazil, a mítica ilha que poucos conhecem e que, muitas vezes, já foi confundida com Avalon. É nesse cenário, tanto em Vitorégia quanto em outros locais da Ilha mítica, que nosso herói, Arthur Espinel, 17 anos, vai descobrir os prazeres e desventuras que acompanham os nascidos mágicos.



Arthur Espinel não é um feiticeiro comum. Não porquê existam profecias sobre ele, ou ainda pelo fato de que o mesmo tenha sido escolhido para um propósito maior no mundo da magia. Não! Ele é um "Atrasado", como são conhecidos os feiticeiros que descobrem sua magia depois dos 11 anos. Esse fato o torna diferente da maioria dos jovens magos e bruxas, pois não sabe controlar seus poderes e, desse jeito, acaba por se tornar um alvo fácil para "Os Inquisidores".





Pegando carona e se inspirando nas obras "Wizard's Hall" (Jane Yolen), "Os Livros da Magia" (Neil Gailman), "Harry Potter"(J.K. Rowling), "Discworld" (Terry Pratchetts), "Septimus Heap" (Angie Sage), "Percy Jackson" (Rick Riordan) e "Os Mundos de Crestomanci" (Diana Wynne Jones), o autor traz uma visão única sobre uma escola de magia em terras nacionais, em um universo completamente à parte daqueles nos quais foi inspirado. "Vitorégia" não é o "Castelobruxo" de J.K. Rowling, muito menos a "Universidade Invisível" de Terry Pratchetts.


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Nota do Autor:


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Arthur Espinel - O Livro das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora