Capítulo 12

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DOMINIC

Mulher teimosa! Definitivamente essa Sophia não se parece nada com a que eu conheci a quase dois anos atrás. Custava ao menos dormir no quarto de hóspedes? A cabeça dura preferiu dormir no sofá que não é tão confortável quanto uma cama.

Hoje o dia foi uma total catástrofe, eu não estava esperando que Natália fosse dar as caras na festa da empresa do Wesley. Eu já havia adiantado que precisávamos conversar, o que ela entendeu como um convite para ir me encontrar.

Os últimos dias foram uma tremenda loucura, até o momento estou tentando assemelhar tudo que aconteceu desde reencontrei Sophia. Ainda não consigo acreditar que nosso filho faleceu.

Desço as escadas, vendo que Sophia encolhida no sofá, com certeza está com frio. Caminho lentamente até ela, tentando ser silencioso para não acordá-la. Ao me aproximar, tenho a visão completa de seu rosto angelical, os fios loiros de seu cabelo estão espalhados por todo o travesseiro.

Sem pensar duas vezes pego-a nos braços. Não posso deixá-la aqui passando frio.

— Dominic. — Sussurra com voz de sono, abrindo os olhos por alguns segundos, fechando-os em seguida.

— Sim, sou eu. — Aconchego-a ainda mais contra meu peito. — Agora durma, anjo.

Ela resmunga mais algumas palavras desconexas, voltando a dormir. Caminho com ela nos braços até o quarto de hóspedes. Empurro a porta com os pés.
A coloco sobre a cama com cuidando, cobrindo seu corpo com uma coberta. Admiro o fato dela possuir um sono tão pesado. Dou um leve beijo em sua testa, afastando logo em seguida.

Sentir seu cheiro de flores delicadas é perfeito. Se há dois anos alguém me falasse que eu estaria de quatro por uma mulher, eu iria ter uma crise de riso, mas agora percebo realmente estou de quatro por Sophia, tanto que enfrentaria o mundo por ela.

Sento-me em poltrona próxima a cama, velando o sono de Sophia pelos próximos minutos. A chuva finalmente deu uma pequena trégua, mas os raios continuam a iluminar o quarto.

Acordo às 03h00 da manhã com o toque de um celular. Deixo o quarto, seguindo o som que vem da sala de estar. Assim que chego no ambiente vejo o aparelho de Sophia sobre a mesa de centro. Tomo a liberdade de atender seu celular.

— Oi. — Sussurro ao atender a ligação.

— É a Sophia? — Uma voz feminina indaga do outro lado da linha.

— Não, aqui é o Dominic.

— Cadê a Sophia pelo amor de Deus? — Pela sua voz aflita, posso perceber que está desesperada.

— Ele está dormindo. Por quê?

— Preciso falar com ela agora, por favor.

— Tudo bem, aguarde um instante.

Subo as escadas rapidamente, abrindo a porta do quarto de hóspedes onde Sophia está. Ela ainda está dormindo como um verdadeiro anjo.

— Sophia, acorde. — Sussurro sentando na beirada da cama, tocando levemente seu ombro. Ela abre os olhos, ainda sonolenta. — Ligação para você, a mulher disse que era urgente. — Entrego o celular.

Sophia arregala os olhos, se levantando rapidamente da cama, caminhando para fora do quarto. Minutos depois ela retorna um tanto assustada, posso perceber isso através de sua feição. Sophia sempre foi uma pessoa transparente em relação ao seus sentimentos.

Você Não Soube Me Amar (Repostagem)Onde histórias criam vida. Descubra agora