Hey Angel [Harry Styles Fanfic]

Capítulo 2 - De Bal Harbour a Little Havana

EVA

___Eva, já esta saindo filha?___escuto a voz do meu pai e volto pra lhe dar um beijo na bochecha.

___Sim, papai! Tenho que pegar a Eme e depois tenho aulas o dia todo!___digo sorrindo e acenando pra ele.

___Se cuide filha e lembre-se...___ele começa mais eu o corto.

___Não fale com estranhos, mesmo que pareçam amigáveis!___eu sei de cor o discurso dele.

Meu nome é Eva Maria Carter, tenho vinte anos e meu pai é senador pelo estado da Flórida, há mais de um ano agora, mas ele ainda não perdeu os cuidados que tinha desde quando ainda era agente do FBI.

Minha mãe morreu quando eu tinha apenas cinco anos e, desde então, ele é pai e mãe pra mim e se preocupa muito comigo. Eu entendo a preocupação dele, afinal, meu pai sempre foi um combatente do crime organizado, principalmente em Miami, onde sempre moramos. Assim, ele fez inimigos nos anos de FBI e tem medo que algo aconteça comigo.

Em sua campanha para o senado, enquanto todos usavam suas famílias, ele me escondeu de todos por puro medo de que meu rosto fosse conhecido pelos seus inimigos. Eu nunca tive problemas com nada disso e, com o tempo, meu pai relaxou um pouco, mas de uns tempos pra cá ele tem voltado a me cercar de cuidados e sei que é por que ele esta querendo criar uma lei muito importante sobre o fim da prostituição aqui na Flórida.

Eu não me ligo muito nessas coisas de política e muito menos sou de assistir aos noticiários, cheios de sangue e morte, que falam sobre o crime em Miami, mas também não sou uma completa idiota pra não saber o que se passa na minha cidade.

Por causa desses medos do meu pai, eu faço aulas de defesa pessoal desde os doze anos e sei muito bem como atirar, pra matar, desde os nove anos. Posso dizer que sei me cuidar, mas meu pai sempre acha que serei presa fácil pra algum bandido. Bem, que o bandido também pense assim...

___Desculpe, filha!___meu pai diz, dando de ombros___força do hábito!

Sorrio pra ele de novo e vou embora pras aulas do dia. Pego a minha moto na garagem, uma Harley Davidson que deixa meu pai de cabelos em pé, e sigo pra Little Havana, onde mora minha melhor amiga Emeraude.

Eme, como a chamo, é filha de pais mexicanos e teve muita dificuldade aqui em Miami, por puro preconceito. Por isso me aproximei dela no ensino médio: eu sempre quis ir contra a corrente, ser diferente do que as pessoas esperavam de mim! Por isso, meus melhores amigos são a Eme e o Alberto, um nerd super tímido que sofria muito bullying no ensino médio também. Nós três somos inseparáveis e eu os amo. Não trocaria a amizade deles por nenhuma outra!

Eu busco a Eme quase todos os dias, porque ela não tem carro e é muito difícil pra ela chegar de ônibus na Universidade Internacional da Flórida, onde estudamos. Quando eu não posso ir, o Alberto vai busca-la. Amigos são pra isso, afinal.