Casamento - 03/09/2016

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Minhas mãos tremiam, mas não era a primeira vez no dia que elas estavam assim. Quando acordei meus olhos se encheram d'agua, era o dia mais importante da minha vida. Tinha pegado meu celular e vi uma mensagem dele: ''estou tão ansioso'' dizia ele. Respondi que estava mais que ele, ele disse que era impossível. Aquilo me fez sorrir igual uma idiota.

Quando as meninas chegaram ao meu apartamento com várias bolsas nas mãos onde guardavam seus vestidos eu tive que me beliscar para saber se aquilo realmente estava acontecendo.

Depois que minha maquiagem e cabelo estavam prontos, Liv trouxe o vestido e eu juro que quase caí para trás. Precisei de três meninas para me ajudar a colocar aquele vestido que estava perfeitamente lindo, passado e pronto para mim.

No carro eu me tremia, as meninas pediam para eu me tranquilizar para na hora eu não tropeçar na calda do vestido, eu ria com meu nervosismo e apertava tão forte o cinto de segurança que deixara a marca na minha mão.

Quando o carro parou, as meninas saíram primeiro e meu irmão abriu a porta para mim. Ele estendeu a mão para me ajudar a descer e disse que eu estava linda.

Entregaram-me um buquê de rosas brancas, mas eu não consegui segurar, por que minhas mãos tremiam muito. Minha mãe me beijou na testa e disse que estava orgulhosa de mim e foi aí que minhas pernas começaram a tremer. Sentei-me e várias pessoas estavam ao meu redor dizendo que estava na hora. A hora de me juntar ao meu noivo no altar.

Até que me levantei e caminhei até meu lugar na igreja. Meu pai não estava ali, mas meu irmão estava. Ofereceu seu braço e o peguei gentilmente.

- Vamos casar você maninha. – ele deu um largo sorriso.

Minha mãe chorava no altar e secava as lágrimas com um lenço. A música começou e meu coração palpitou quando olhei para ele. Era o noivo mais lindo do mundo, que sorte a minha. Dei passos pequenos conforme me auxiliaram, mas o que eu queria era chegar lá correndo e me atirar em seus braços. Apertei o braço de meu irmão e ele engoliu um gemido de dor. Quando enfim havia chegado, meu noivo cumprimentou meu irmão e depois me ofereceu a mão.

O padre dizia algumas palavras, mas eu nem prestava atenção. Só consegui olhar para o homem ao meu lado. Ele também me olhava e senti que estava doido para tocar meu rosto, meus cabelos e braços. Ele adorava me acariciar, mostrar que amava tudo em mim.

- Richard, repita comigo as seguintes palavras...

- Eu Richard, prometo amá-la, respeitá-la e sempre estar contigo, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza e nos momentos mais difíceis até o dia da nossa morte. – eu havia gravado cada som que sua voz fazia ao pronunciar aquelas palavras.

- Agora Rebeca, repita...

- Eu Rebeca, prometo amá-lo, respeitá-lo e sempre estar contigo, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza e nos momentos mais difíceis até o dia da nossa morte. Eu te amo. – disse a última frase sussurrando.

- Eu te amo mais. eu havia gravado a expressão dele ao dizer aquelas quatro palavras.

Eu.

Te.

Amo.

Mais.

Minhas quatro novas palavras favoritas.


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