A noite chega e eu a sinto com o vento
É negro, é pálido, é frio, este mundo de sofrimento
Não, não venha até aqui, não queira espreitar com inocentes olhos.
Verá que aqui já houve paz, paz devorada por fantasmas odiosos
Morto e vivo eu sigo, por estas descarnadas ruas de fogo
Queimando meus pés, queimando o que eu sinto
Observando os demônios enquanto me distorço
Quem sou eu se não uma turva e opaca sombra?
Quem eu sou perante o vil passado que me assombra?
Futuro nenhum há para mim, não aqui onde a morte é um mero detalhe
Não existe um lar neste mundo ingrato para quem anseia por liberdade
Morto e vivo eu ando, por estas desalmadas ruas em chamas
Fitando o luar que é meu único amigo
Dialogando com os demônios de minhas amargas lembranças
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A vida, os sentimentos, e tudo mais
PoetryLivro de poemas sobre tudo que eu vejo, percebo, e sinto, enfim, sobre tudo que acontece ao redor de minha vida.