Horrortale

O começo do pesadelo... ?

Monte Ebott. Lembrava-me desse nome enquanto caía em sua 'cratera'. Foi um enorme erro ter desobedecido meus pais... Eles me avisaram sobre isso, por quê eu não quis acreditar? Eu queria ver com meus próprios olhos o quê diabos tinha naquele maldito Monte. Mas foi o motivo de meu sofrimento
   Quando cheguei ao chão, senti a falta do ar. Minhas costelas doíam, apesar de haver uma cama de flores amarelas para amortecer um pouco minha queda, não foi o bastante. Quando consegui me recompor, me levantei e olhei ao redor. Parecia que ainda estava de olhos fechados, pois não enchergava absolutamente NADA. Se não fosse pela claridade que aquele buraco acima de mim, eu estaria perdida

·Olá? ... -O som de minha voz ecoou por todo o lugar, me fazendo estremecer.

Era assustador, mas... O quê eu poderia fazer? Ficar ali e esperar que alguém me salvasse? Isso não daria certo
   Respirei fundo e pus-me a caminhar, mesmo que sem ver nada. Na queda, o vestido que usava acabou rasgando, se estivesse sem shorts por baixo, iria aparecer minha roupa íntima. Continuei a caminhar, parecia ser um corredor, pelas paredes que seguiam reto, sem me darem chances de mudar de caminho. Por onde eu passava, sentia um cheiro esquisito... Era ruim, sentia ânsia mesmo sem ver oquê era. Logo, vi uma luz no fim de toda aquela escuridão, corri pra lá, encontrando uma sala horrível! Havia grama no centro e sangue por toda a parte! Podia ver os membros de pessoas espalhados pelo chão como braços, pernas e até cabeças de alguns monstros. Distraída, observando aquela coisa, nem havia percebido que uma flor surgiu no meio da grama que havia ali

·Ei... -Me assustei, sobressaltei e olhei para a criatura. Uma... flor? Com um único olho no centro. Sua voz era estranha e ficava ecoando por minha cabeça- Você é uma humana? -Parecia ser gentil, mesmo que não tivesse uma expressão facial para me dizer isso, mas ele/a não demonstrava ser perigoso
·S-sou... Sou sim! -Minha voz falhou no começo, mas refiz a frase com mais confiança. Pude ouvi-lo dar gargalhada, aquilo me deixou intimidada
·IDIOTA! VOCÊ MORRERÁ COMO TODOS OS OUTROS QUE CAÍRAM AQUI!! -Uma longa gargalhada foi feita no fim de sua fala, e eu desaproximei dali quase chorando. Ele desapareceu no meio da terra.

Não queria morrer. E... O quê ele quis dizer com "Como todos os outros"? Mais alguém caiu aqui? Na esperança de encontrar mais alguém, eu me levantei e fui para a próxima sala, atravessando uma grande porta ensanguentada. Haviam muitas armadilhas, algumas podiam me matar rapidamente, outras eram bem fáceis. Demorei alguns minutos até conseguir resolver o último que me levava à algumas escadas. Vi uma estrela brilhante próximo as escadas, e quando a toquei, senti todo meu medo indo embora, e uma onda de choque percorrer minha espinha, mas nada grave
   Subi as escadas e olhei pra dentro da próxima sala que entraria, era escuro... Não enxergava nada, mas peguei um tipo de tocha que estava ali na parede e entrei, de nada adiantou, continuava tudo muito escuro. Ouvia sons de passos, e algo metálico arrastar-se pelo chão. Meu corpo tremia, queria sair dali logo... Os sons ficavam mais altos e meu medo passou-se a ser dessespero, comecei a correr e a coisa atrás de mim correu também, me perseguindo. O fogo da minha única iluminação se apagou, e eu me senti perdida. No silêncio, fiquei assustada e hesitei, mas mesmo assim perguntei:

·O-o-olá? Tem alguém a-- -Não pude completar, a "coisa" que me perseguia avançou em mim pelas costas, me fazendo cair no chão com ele por cima.

Gritava, esperneava e me debatia, sentindo as mordidas dolorosas em meu ombro, arrancando a carne junto com o nervo. A dor era insuportável, o sangue escorria e quando eu pensei que não podia piorar, senti um machado perfurar minhas costas, atravessando pela barriga, me fazendo gritar ainda mais, mesmo estando já sem voz ou forças para fazer algo contra. Queria que acabasse, eu morreria de qualquer forma. E então, fui fechando os olhos e perdendo os sentidos, morri.

Acordei no lugar onde havia encontrado aquela estrela. Toquei ela de novo e tive a mesma sensação de antes. Voltei a ficar em frente a porta da sala onde fui morta, mas sentia que agora daria certo! Peguei a mesma tocha de antes e entrei....

Estava DETERMINADA!