PRELÚDIO.....(Em Revisão)

Capítulo 6

{Ela}

KNock..knock escuto, levanto-me.

- Comida! - diz Dan passando uma bandeja pela portinhola. Faz duas semanas que estou presa, me pergunto se a general pretende me deixar aqui pra sempre...

- Sopa radioativa de novo? - pergunto sem ânimo.

- Estamos em baixa com os suprimentos ultimamente. - diz Dan, seu semblante parecia preocupado.

- O que está havendo? - pergunto curiosa.

- Nada! Apenas coma! Não podemos desperdiçar. - ele diz e suspira. Um barulho..

Outro barulho. Fico em alerta. Dan saca sua arma.

- isso foi uma explosão? - pergunto.

- Fique aqui! - ele diz se afastando.

- E pra onde eu iria. - retruco de mal humor. Fumaça de cor verde começa a preencher todo o local. - DAN! - grito. Ele corre em minha direção e destranca a "jaula". - Se soubesse que tinha a chave todo esse...

- AGORA NÃO É HORA MAIA! - ele grita me puxando. Saímos pelo corredores...

Oh não.. Estão mortos?

- NÃO PARE ARIJA! - Dan grita. A fumaça é toxica e sim são corpos..

Corremos o mais rápido possível para que a fumaça não nos alcance, ouço tiros .. Explosões, gritos.

- Dan.. O que você está escondendo? Os mercantis acharam a entrada da base? Foi isso? - pergunto desesperada.

- Quieta Arija - ele diz irritado e tampa minha boca com as mãos. Ouço passos, não eram mercantis como pensei, eram... Não sei o que eram... Nunca vi essas roupas estranhas... Sinto-me paralisada pelo medo...

Dan me solta.

- Vem! - ele diz, o sigo relutante.

Havia mais desses com roupas estranhas. Não quero olhar .. Não quero... Alguns corpos jogados no chão. O meu instinto de procurar pela minha família e amigos entre os corpos é imensa... Mais tiros.. Olho de onde vem os disparos, os estranhos atiram, fazendo os corpos dos soldados caírem com um baque horroroso no chão. Me alarmo.

- eu sei... Não funciona! - diz Dan. Tento respirar com dificuldade, o medo me comprime.

Com cuidado nos escondemos atrás de uma pilastra que fica perto do pátio. Uma confusão de gritos e choros, pessoas amarradas... Avisto meus pais, tento ir até eles, mas Dan me segura.

- Me solta! - digo tentando me soltar.

- Maia! - ele me puxa e segura meu rosto. - Você tem duas escolhas a fazer: Ir ate lá e morrer com eles ou fugir e depois tentar salva-los. - diz ele em lágrimas.

- E se não tiver a quem salvar? - pergunto me esforçando para não desabar.

- Não disse que as escolhas seriam fáceis.

- Eu vou salva-los, porém será agora. Se as nossas munições não os ferem, isso talvez funcione. - digo convicta criando uma mini bola de magia. Quando estou prestes a ir, Dan segura minha mão.

- Certo! - diz ele.

Fico feliz que ele esteja ao meu lado, porque ambos sabemos que quando isso acabar, já não teremos mais um lar...

Nos esgueiramos até onde nossos pais estavam amarrados. Nos agachamos e tentamos retirar as cordas, mas fomos pegos, eles começam a disparar, finalmente vejo o escudo de proteção do Dan em ação. É como uma grade bolha azul que envolve todos nós. Olho para todos com seus semblantes horrorizados. Aproveito o tempo e desamarro alguns. - Desamarre os outros e fujam. - dou a ordem. Mesmo perplexos eles acatam.

- Não vou conseguir por muito tempo! - diz Dan.

Minha vez de fazer parte do show. Mas... Como? Vamos poder apareça...

- Maia..- diz Dan muito fraco, quase morrendo. Meus braços começam a formigar, minhas pernas esquentarem, minhas veias queimam... Meu corpo... Meus pés.. Ele estão flutuando. Como fiz isso? É como se não estivesse em controle do meu próprio corpo. Minhas mãos fazem gestos que desconheço... Vejo tudo se transformar em fogo. Estou paralisada, mas ao mesmo tempo me mexendo. Está tudo se transformando em cinzas tão rapidamente... Sinto meu corpo caindo... Caindo... Espero pelo baque no chão, mas ele nunca chega. Braços fortes me envolve. Não preciso ver o rosto para saber quem era.

- Dan... - digo. Minha voz... Volto ao controle do meu corpo.

- Precisamos fugir agora. - ele diz me colocando de pé. Olho para trás... Um mar de fogo. O que foi que eu fiz? Um disparo.

- CORRE! - Dan grita.

E corremos, como nunca em nossas vidas.