Quando olho pro lado vejo uma luz que devia estar vindo de uma lanterna ou de algo parecido.
E a cada segundo parecia estar mais perto , o barulho começou novamente e ficava mais audível .
Parecia alguém andando cuidadosamente sobre o mato pra que ninguém ouça , mas era impossível .
E dois toques ocos foram dados no vidro do carro . A Jéssica se assustou e pulou de medo , olhei suspeitosamente .
- Saiam do carro
Pensei , boa hora pra ser revistado por um policial mequetrefe.
O policial era moreno , realmente ele era bem forte , nada que um chute no meio das pernas não resolvam. A Jéssica tentava se recompor , mas infelizmente o policial já tinha visto todo conjunto de lingerie .
- Não é isso que você está pensando ?
Digo sem exitar . Já com as mãos sobre o carro.
Ele sorri
- Não é a primeira vez que vejo você aqui.
A Jéssica tenta vestir a roupa .
- Não senhor, você deve está enganado , nunca estive aqui .
Ele sorri novamente.
- Não você , estou falando com ela.
Depois de revistado , envergonhado , humilhado , esculhambado , ele nos deixou entrar e deu mais um recado.
- Vão pra casa , e quando precisarem de um lugar escondido , vão pro motel .
Se eu tivesse quase são , eu daria na cara dele. Ainda bem que não estava .
Depois daquele clima , eu peguei o volante e dirigi sem dizer nada.
Minha mente tava trabalhando , e só pensava " cara , ela me levou pra um lugar que ela leva todos os caras " não que eu me importasse de ser levado ao mesmo lugar , o pior é ela ter levado vários pra fazer a mesma coisa. Vi que essa menina não é fácil , e eu gostava daquilo. Tanto que passei meu número pra ela .
Depois de ter deixado ela em casa , eu fui pra minha, estava quase amanhecendo e percebi que passei muito tempo fora de casa .
Quando abro a porta dou de cara com com o meu pai indo pro trabalho.
- Isso é hora de chegar em casa Mateus ?
O olhar dele é de decepção e desânimo.
- E isso é hora de sair de casa Sr. Erbet em pleno sábado?
Ele não olha pra mim e vai até a garagem pegar o carro dele.
Minha mãe ainda estava na cama , aliás era umas 7 da manhã . Não estava muito bem e as horas não me importava .
Cheguei no meu quarto , tirei meus tênis e cai na cama como estava.
Dormir por várias horas , até ser interrompido pela chamada do meu celular . Não ia atender, mas o número insistia e acabei atendendo .
- Oi
Minha voz quase não saiu.
- Oi , sou eu .
Meu cérebro começou a trabalhar bem devagar .
- Já se esqueceu de mim ?
Eu pensei em várias, mas não disse nome algum.
- Claro que não .
Decidi fingir que reconheci a voz.
- Gostou de ontem?
Nessa hora meu cérebro captou , e pensei logo em desligar pra poder dormir mais.
- Foi bom.
Ela não parava de puxar assunto , e eu não tava nenhum pouco interessado nas conversas dela.
Quando finalmente a Jéssica desligou , minha mãe aparece no quarto.
- Mateus , você precisa tomar juízo.
Mal tinha acordado e já estava ouvindo sermão.
Levantei e fui pro banheiro.
Enquanto tomava banho pensei no que minha mãe disse, mas rapidamente dissipou como a fumaça do banheiro.
Então notei que tinha esquecido minha toalha .
- Maae ?
Ela chega até o banheiro rapidamente.
- Esqueci minha toalha
- Denovo Mateus ? Pensei que estava acontecendo algo com você.
Ela com muita calma foi até o meu quarto e trouxe pra mim.
Como sou filho único , tenho essa vantagem de não ter que dividir nada com ninguém , principalmente o dinheiro dos meus pais. Eles me dão de tudo , e mais do que eu mereço , assumo. Pais são pra isso mesmo , não pedi pra nascer. Minha vida aqui Contagem é tranquila, meu pai tem uma empresa aqui , vivemos em paz . Estudo psicologia , sempre tive interesse em psique , acho muito interessante . Meu pai não aprovou de início , acha que deveria fazer algo pra continuar os negócios dele , minha mãe sempre aprovou todas minhas escolhas , até quando faço escolhas erradas. Eu conto quase tudo pra ela , e ela sempre me aconselhou .
Quando saio do banheiro , vi que havia várias chamadas no telefone. Era o Felipe , sabia que era rock . Não tive dúvidas que eu ia pra outra noite sem fim , retornei a ligação.
- Oi , fala comigo
- Mateus , vai ter uma festinha na casa da Ana . Os pais dela não estão em casa. É curtição garantida.
- Claro, não tô querendo dirigir hoje. Você dá um pulo aqui ?
- Beleza mano. Já já chego aí.
Tinha acabado de recuperar de uma night e já tava indo pra outra. Isso que é vida boa .
Pensei em ligar pra Jéssica , apesar de ser um chiclete a noite passada foi boa. Mas decidi abrir oportunidades pras outras.
Quando o Felipe buzinou , eu saí correndo. Não queria ouvir sermão dos meus pais , e quando desço vejo que o carro já tava cheio de mulher.
- Oi Mateus
Todas elas dizendo ao mesmo tempo , parecia que foi combinado.
Fico com um pouco de vergonha no início , não por muito tempo.
Sentei no banco da frente.
Fiquei sem graça de perguntar pro Lipe quem era a Ana , a dona da festa , porque ela poderia está dentro do carro.
Não sabia quem era aquelas meninas , não havia conhecido elas ainda , ou talvez eu conheça . São tantas festas e rock's que não dá pra guardar todas.
Quando chegamos na porta de longe vi a Jéssica . Ela estava bem bonita ou melhor tava quase sem roupa . Aquela noite seria melhor que a anterior .Amores, espero que estejam gostando . Votem e comentem . beijooos :*
VOCÊ ESTÁ LENDO
Temos Que Saber A esperar 2
SpiritualMateus é um universitário sem juízo e compromisso . O que mais faz é se meter em encrenca , venha acompanhar essa história e descobrir sobre o Mateus e a transformação que a Luana ajudou acontecer !