Deni ficou preocupado, olhou para mim e falou algumas palavras pra me tranquilizar:
- Agora eu preciso correr, mas tudo ficará bem, neném.Segurou a minha mão fortemente, engatou a quinta marcha do carro e pisou com força no acelerador. Eu não conseguia falar sequer uma palavra, só queria sair daquela situação.
O carro que vinha atrás também acelerou ignorando às regras da estrada. E eu só conseguia pensar onde estaria o outro carro, então alertei Deni do segundo carro, que a qualquer momento ele poderia aparecer e nos cercar. Ele balançou a cabeça afirmando que estava ciente do alerta.
Tentei ligar para os meus pais pra avisar sobre o que estava acontecendo, mas como Deni estava a mais de 100 km/h, o celular ficou fora de área. Liguei à polícia, como havia muito barulho de vento, eles não conseguiram nos entender. Neste momento eu fiquei sem chão e não sabia mais o que fazer.
Deni teve uma ideia, pegou o retorno e fez sinal de perigo piscando o pisca-alerta por várias vezes. O outro carro continuou a nos seguir e foi nesse momento que ele ficou lado a lado do nosso veículo.
Apontou uma arma em direção a nós e ordenou que parasse, senão iria atirar. Deni não obedeceu, freou bruscamente e entrou em uma via lateral. Essa rua era contramão e muito movimentada, ele começou a desviar como se tivesse jogando num vídeo-game.
Eu fechei os olhos, tudo que eu ouvia eram barulhos de buzina, xingamentos e o vulto dos outro carros. Quando eu e Deni pensamos que ele tinha desistido. Apareceu o outro carro que Deni tinha despistado logo na nossa frente. Não tinha mais o que fazer, Deni parou o carro, abriu a porta, desceu, levantou as mãos para o alto e disse que poderia levar tudo. Eu não conseguia me mexer, estava totalmente em pânico e desmaiei.
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Por favor, não vá!
RomansaSavannah Vitti é uma moça de 18 anos que foi vítima de sequestro e conseguiu sobreviver a 12 anos de cativeiro porque desenvolveu uma relação afetiva com o homem que a raptou, estuprou e com quem teve uma filha.