POV HARLEEN
Senti um arrepio ao ouvir esse nome.
Meu novo paciente matou o antigo psiquiatra, cortando a garganta dele.
E riu enquanto o sangue se tornava uma poça sobre a mesa.
Essa foram as exatas palavras da agente Waller.
- Não precisa se preocupar, dra. Quinzel. Vamos vigia-lo atentamente!
- Sim. - falo sem muita convicção.
- Bom, está na hora de ir! - Dra. Burton fala, enquanto eu acompanho o segurança até o meu quarto.
...
Passamos por um corredor, que tinha uma clara vista para o refeitório.
Não tinha comido nada e estava com fome.
Os detentos estavam comendo algo que deveria parecer com um mingau...
Eles pareciam meio aéreos.
A medicação aqui deveria ser muito forte.
Isolado no canto, um rapaz ruivo brincava com o garfo de plástico.
Deus.
Ele era jovem demais para estar nesse lugar.
Vejo um outro detento , completamente louco chegar perto do rapaz.
Parecia estar incomodando ele.
Paro pra ver.
O rapaz finca o garfo de plástico em uma fisura na mesa. Escutei claramente o que ele disse em seguida:
- Está vendo esse garfo?
- Aham. - o outro fala.
- Então... - ele faz gestos de "magia". - eu... vou fazer esse garfo desaparecer. Quer ver?
- Quero. - o outro sorriu, completamente abobalhado.
- Olha. - o rapaz continua com os gestos e, num movimento repentino, colocou a mão na nuca do doido e a baixou violentamente. O olho esquerdo do doido encontrou-se com a ponta do garfo, matando-o na hora.
Fiquei chocada.
Ele...
Ele morreu.
O refeitório ficou em polvorosa. Guardas entraram na mesma hora, e atacaram o rapaz com choques elétricos. Ele saiu de lá, em convulsão.
Meu Deus.
- Bem-vinda ao Arkham. - o segurança fala e me leva até o quarto.
Fico com aquela imagem entranhada na cabeça.
Ele morreu.
Deito na cama e tento dormir um pouco. Nem comecei a exercer minha profissão no Arkham e já vi alguém morrer.
Depois de uma rápida soneca, logo deu a hora do jantar.
Foi um ensopado que até estava bom. Jantamos somente eu e alguns funcionários. Os detentos não comem à noite?
Fui acompanhada até o meu quarto e logo dormi.
...
No dia seguinte, vou até a minha sala. As consultas com o paciente começariam hoje.
Arrumo a sala, rapidamente.
Minutos depois, o guarda entra, trazendo meu paciente em uma camisa de força.
Congelo.
Era aquele mesmo rapaz.
Ele era o paciente?
Já matou o psiquiatra antigo e homem no refeitório. Aquilo não seria nada fácil.
O guarda o coloca na cadeira.
Olho mais atentamente pra ele.
A pele clara, os cabelos ruivos arrepiados, os olhos verdes; ele estava com o olho roxo e uma cicatriz no pescoço.
Ele sofreu maus tratos.
Tentei não me prender a isso e fazer o meu trabalho. Ele me olhava, sério.
- Doutora... - a voz dele era sinistra. E o olhar provocante tornava tudo ainda mais assustador.
- Jerome... - Droga! Me lembrei das instruções de Amanda Waller. Ele me olha, ainda sério.
- Não me chame assim! - a voz estava carregada de raiva.
- Desculpe... Coringa.
Ele sorri, de forma sinistra. O guarda atrás dele se prepara. Mas o Coringa fica calmo. Ele fala:
- Vamos começar?
(O que estão achando da fic?)
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O Meu Coringa!
Mystère / ThrillerFanfic de Gotham, Esquadrão Suicida e do universo DC. A jovem e inexperiente doutora Harleen Quinzel é transferida para Gotham, onde trabalhará no Asilo Arkham, uma instituição que trata criminosos insanos. Lá, ela é designada para cuidar do psicóti...